A História da Psicologia

Introdução: uma breve história sobre a Psicologia

A Psicologia possui um fundamento paradoxal: é uma das disciplinas mais antigas, mas também uma das mais modernas. A observação do comportamento humano inicia-se no século V a.C., no qual os filósofos gregos, como Platão e Aristóteles, buscavam compreender certos processos que hoje são estudados no campo psicológico, como a memória, a aprendizagem, a motivação, o pensamento, etc. Esse estudo teve impulso meio ao século XVI, em que o Iluminismo deu espaço para o conhecimento científico. No século XVII, René Descartes traça a primeira distinção entre corpo e mente, defendendo a existência de um corpo mecânico e uma mente pensante e imaterial. É nesse plano de fundo que nasce o primeiro laboratório de psicologia experimental, fundado por Wilhelm Wundt na Alemanha em 1879. Esse fato demarcou o início da psicologia moderna e a sua caracterização como ciência. O conhecimento foi expandindo aliado ao método científico, resultando em diversas correntes e pensamentos.

Na década de 1890, o fisiologista russo Ivan Pavlov provou que animais podiam ser condicionados a reagir a um estímulo, idéia que se ampliou como behaviorismo. Por meio de experimentos - inicialmente em animais e depois em humanos – formou-se uma teoria objetiva que buscava compreender a interação entre o comportamento e o ambiente. Ao mesmo tempo, nascia outra corrente desenvolvida por Sigmund Freud. Baseada na observação e no histórico de seus pacientes, o neurologista cria a teoria psicanalítica, que estuda a mente de forma subjetiva e destaca o inconsciente como determinante do comportamento.

Em meados do século XX, as duas correntes principais entram em desuso e surge uma nova abordagem adepta ao estudo científico de Gestalt. Foi o início da psicologia cognitiva, que focava na percepção holística. O rápido avanço da comunicação fez com que essas teorias ramificassem em diversas outras, como a cognitiva-comportamental e a humanista. Contanto, as observações tomaram rumo ao ambiente em específico, surgindo a psicologia social. Nela são revelados fatos curiosos sobre nossas atitudes, como preconceitos, manipulações, comportamentos agressivos e altruístas. A influência de Freud foi voltando e moldando a psicologia do desenvolvimento, que inicialmente estudava a evolução das crianças e, tardiamente, estendeu-se a todas as fases da vida. No final do século XX, surge a psicologia da diferença, que identifica os traços de personalidade e os fatores compositores da inteligência.

Atualmente, a psicologia encontra-se em perspectivas diversas, sendo multidisciplinar. Ela vai além dos laboratórios e consultórios clínicos, atuando nas escolas, nas empresas, no esporte, na política, no jurídico, etc. Ela vem crescendo imensamente, tomando conta dos mistérios que a rodeavam e mostrando cada vez mais sua importância para a humanidade.

A história do 1º semestre de Psicologia da UNISANTOS

Iniciamos nossa história de classe com a Adolescência no Bairro. O intuito era agrupar pessoas de um mesmo bairro (ou de localizações próximas) para construir e relacionar a idéia de espaço/tempo presente. Tivemos a oportunidade de nos conhecer melhor em um ambiente diferente da sala de aula, criando uma comunicação mais descontraída. Essa atividade foi muito significativa, pois pudemos nos aproximar mais. Isso é de extrema importância, já que estamos nos tornando psicólogos e um de nossos critérios é evitar reduzir a história do outro em uma pequena parcela de sua vida.

Assistimos aos filmes ‘Freud além da alma’ e ‘Um método perigoso’ para compreender melhor o acréscimo do paradigma psicológico ao paradigma orgânico. Vimos a distinção do consciente e inconsciente e as suas atuações sobre o indivíduo. Adoecer não está necessariamente associado ao corpo físico, mas também à mente, a qual pode ocasionar diversos sintomas que diminuem a qualidade de vida.

Realizamos a atividade Janela de Johari, que teve como objetivo auxiliar no entendimento das comunicações intersubjetivas. Pudemos pensar mais sobre nós e os outros e as interpretações e julgamentos nos envolvem.

Outra atividade importante foi a Caixa Preta, que envolvia a sensibilidade dos alunos para perceber estímulos desconhecidos. Foi necessário atribuir o método científico, aplicando pensamentos dedutivos e indutivos para tentar desvendar a incógnita presente na caixa. Por fim, vimos que muitas das deduções não estavam corretas e relacionavam-se a falácias. Concluímos que não é possível identificar o inconsciente de imediato, é necessário analisar e apronfundar-se a todos os seus aspectos, para então, ter uma idéia sobre o mesmo.

O que é a Psicologia para nós

Acima de nós e de todos, a Psicologia é o estudo científico da mente e do comportamento. Foi a partir dessa breve explicação que nosso interesse pela área se despertou. Aliás, a mente humana sempre foi alvo de muitas especulações e são poucos os que não apresentam nenhum interesse sobre a mesma. Mas ao tratar de um conceito tão amplo, é necessário tomar cuidado com as pseudociências atreladas a ele.

O pensar cientificamente é um dos pontos essenciais da Psicologia. Existem diversos conceitos e práticas não regulamentados pelo método científico que disseminam popularmente e distorcem a realidade sobre o psiquismo. A importância de uma base científica é que a todo o momento existem pessoas tentando provar o contrário do que tomamos como verdade. Ou seja, a ciência testa a si mesma todos os dias, sempre permitindo a evolução do pensamento, enquanto muitas práticas são baseadas em fatos antigos, ou até mitos, que já foram descartados experimentalmente.