A História da Psicologia

Platão (428 a.C.- 348 a.C.)

Platão, aluno de Sócrates e mestre de Aristóteles, é um dos filósofos da Grécia antiga mais conhecido e estudados até os dias de hoje e que deu início aos pensamentos Racionalistas. Este grande filósofo marcou profundamente o pensamento humano, já que muitas das suas ideias são utilizadas no mundo ocidental até a atualidade. A sua obra mais conhecida A República, fundou a filosofia política ocidental.

Parte de uma definição de Racionalismo, de raciocínio como uma operação mental discursiva, pautada pela lógica, e utilizando proposições para extrair conclusões; realista, em relação à existência de universais, as formas ideais; idealista, com sua teoria das ideias, na qual a verdadeira realidade estaria no mundo das ideias, sendo acessível apenas à razão; e dualista, concepção baseada na existência de duas substâncias irredutíveis uma a outra. Embora estas posições não tenham sido completamente desenvolvidas por Platão, suas ideias iniciais inspiraram a formação destas posições filosóficas, a tal ponto que, por exemplo, o realismo, na forma apresentada acima, é hoje conhecido como "Realismo Platônico".

As obras de Platão tratam de praticamente todas as áreas da vida, privada ou pública, entre os principais tendo como temas a política, arte, religião, justiça, medicina, vício e virtude, crime e castigo, sofrimento e prazer, sexualidade e a natureza humana, metafísica, amor e sabedoria, entre outros. Muitos dos suas idealizações racionais são utilizadas didaticamente até hoje para simplificar o entendimento filosófico da condição humana. Dentre elas temos duas principais:

Teoria das Ideias

Teoria das Ideias ou Mundo das Ideias é um dos mais importantes desenvolvimentos filosóficos de Platão. De acordo com esta teoria, o mundo metafísico onde estão as formas não-materiais, as coisas abstratas,  possuem o tipo mais elevado e fundamental de realidade, mesmo não possuindo existência física estas formas são substanciais e imutáveis. Tudo que existe no plano manifesto existe no mundo das ideias onde tudo foi concebido antecipadamente. O mundo concreto é espelho do mundo das ideias onde nele se reflete paulatinamente o ideal transportado para o plano concreto. O mundo concreto é considerado por Platão como ilusório composto por sombras.

 O mundo material mutável, também chamado de mundo manifesto ou plano concreto, que conhecemos através das sensações físicas, teria existência secundária e dependente das concretizações das ideias. Platão defendeu a existência de uma conexão metafísica, portanto abstrata, entre a maneira como procuramos ter acesso às formas, descrevendo tal procura, bem como as dificuldades inerentes a este processo de transporte das ideias de um plano para o outro, em sua Alegoria da caverna;

O mito da caverna

O “mito da caverna” é uma metáfora idealizada por Platão. Uma alegoria filosófica que fala sobre a condição humana em relação à realidade e do ser humano em sua essência. E com o decorrer dos séculos a intepretação desse simbolismo milenar vem sendo visto por várias óticas, porém, nunca perde a atualidade em vista de retratar a imutável natureza humana.

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