A Historia da Psicologia
Por: ambaldo • 14/3/2017 • Resenha • 3.409 Palavras (14 Páginas) • 534 Visualizações
Prefácio
Psicologia se inicia no final do século XIX – se torna uma disciplina separada e independente, um novo e distinto campo de estudo.
O que tinha antes? Filósofos, teorias, pensamentos.
Inicio em 1879. Pessoas – ideias – escolas de pensamento. Seus objetos de estudo mudavam a medida que cada ideia nova atraia adeptos, passando a dominar a área por um período. Desde então houve uma sequencia evolutiva nas abordagens que definem a psicologia.
Escolas de pensamento – surgiam como um movimento inserido no contexto histórico e social.
Forças contextuais: o zeitgeist, fatores sociais, políticos, econômicos, efeitos das guerras, preconceitos, discriminações, etc..
*Zeitgeist – Espirito intelectual de cada época, clima cultural.
Fluxo: Escrevem artigos – realizam pesquisas – apresentam os trabalhos – divulgam as ideias – transmitem o conhecimento.
Observando a historia traçamos a evolução da psicologia, mas essa historia não é estática nem acabada, está em continuo processo de desenvolvimento.
Capitulo 1 – O estudo da historia da psicologia.
- Desenvolvimento da psico moderna:
A historia tem muito a nos ensinar. Experimentos feitos na atualidade trazem resultados similares de estudos feitos à 150 anos atrás. Precisamos nos inteirar sobre o que foi feito no passado.
A psicologia é a única ciência em que estudar sua historia é relevante, associações e institutos guardam um material imenso e rico em dados.
Assim como para compreender os pacientes é explorado o passado, o que fomos pode nos mostrar algo sobre o que somos agora, estudar a historia da psicologia nos permite entender a evolução para chegarmos até aqui.
As origens da psico podem ser determinadas em dois períodos distintos:
- Século V a.c. – Platão, Aristóteles e outros filósofos gregos já discutiam questões comuns aos psicólogos nos dias de hoje, tais como: Memoria, aprendizagem, motivação, pensamento, percepção e comportamento anormal. (“os pontos de vista de nossos antepassados ao longo dos últimos 2500 anos estabeleceram a estrutura para todo o trabalho feito subsequente”) Possível inicio nos antigos textos filosóficos. Seria a pré historia da psico.
- 200 anos atrás - quando surgiu da filosofia, proclamando sua identidade como área formal de estudo.
Psicologia moderna X suas raízes – a distinção não está nos tipos de perguntas sobre a natureza humana e sim com os métodos para responder tais perguntas. As abordagens e as técnicas que evoluíram, transformando a psicologia numa área de estudo com fundamento cientifico.
Até o século XIX os filósofos estudavam a natureza humana intuindo, especulando, generalizando, com base nas suas próprias experiências, quando os filósofos começaram a aplicar ferramentas e métodos já utilizados nas ciências biológicas e físicas , confiando na observação e experimentações controladas a psicologia adquiriu uma identidade distinta das raízes filosóficas.
Depois dessa separação com as raízes filosóficas se iniciou um desenvolvimento continuo de ferramentas, técnicas e métodos para atingir a precisão e objetividade, melhorando não só as perguntas que eram feitas, mas as respostas obtidas.
Entre os séculos XVII e XIX época de muitas pesquisas fisiológicas.
Os fisiólogos estavam fazendo grandes progressos para compreensão dos mecanismos corporais e os filósofos estavam abrindo caminho para uma investida experimental ao funcionamento da mente.
Filosofia e Fisiologia se uniram e formaram uma nova área de estudo.
- Dados históricos: reconstruindo o passado a psicologia:
Historiografia: princípios, métodos e questões filosóficas da pesquisa histórica.
Psicólogos podem recriar uma experiência, estudo, observação, pesquisa em épocas e lugares diferentes estabelecendo condições similares aos do estudo original e repetindo observações.
Uma situação ocorrida em algum momento do passado não pode ser reconstruída ou replicada. Uma situação ocorrida à séculos talvez não tenha recebido o cuidado devido em se registrar particularidades, detalhes com exatidão.
Os dados sobre o passado estão disponíveis em fragmentos, descrições escritas em cartas, diários, fotos, entrevistas, peças de laboratório, etc e é com base nesses fragmentos que é recriado os eventos e experiências do passado.
Assim como os arqueólogos, que estudam fragmentos das civilizações passadas para descrever estas civilizações.
Alguns fragmentos são mais detalhados que outros permitindo uma reconstrução mais precisa, porém outras podem ser distorcidos ou comprometidos.
- Dados perdidos ou omitidos:
Em alguns casos os registros estão incompletos porque foram realmente perdidos, em outros foi omitido.
Ao descobrir os novos fragmentos de historia mais peças do quebra cabeça podem se encaixar.
Watson fundador do behaviorismo queimou todos seus registros (Cartas, manuscritos, notas de pesquisa) antes de morrer, estes dados foram perdidos para sempre na historia.
Outros dados foram extraviados e foram encontrados posteriormente, muitas vezes depois da morte dos autores e de estudos sobre o tema já terem sido desenvolvidos.
Há casos de roubo também, como o de Rene Descartes, que teve suas cartas roubadas em 1641 e somente em 2010 foram localizadas e devolvidas à França.
Outras informações podem ter sido ocultadas ou alteradas a fim de proteger a reputação dos envolvidos.
- Ernest Jones biografo de Freud minimizou o uso de cocaína de Freud.
- Carl Jund teve sua autobiografia escrita por um assistente e sua imagem ficou de acordo com a desejada pelos seus familiares e seguidores.
- Um admirador devoto de Kohler – fundador Gestalt – apresentou um perfil favorável do mesmo ao publicar o material.
Esses exemplos mostram as dificuldades pelos pesquisadores em avaliar o material histórico, se questionando se são realmente representações precisas da vida e trabalho da pessoa ou foram escolhidos para causar certas impressões (positiva, negativa, neutra).
Alguns palpitam que não existe verdade absoluta, pois os registros são baseados em ilusões, pois a visão é distorcida pela vaidade, parcialidade e sentimentalismo.
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