História Psicologia do trânsito
Por: mirellyswensson • 10/4/2015 • Relatório de pesquisa • 1.535 Palavras (7 Páginas) • 1.119 Visualizações
PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
História da Psicologia do Trânsito
Na Idade Média já existia a consciência de que um dos grandes problemas da nossa atualidade estaria relacionado com o trânsito.
Os primeiros estudos relacionados a esta área foram feitos pelo psicólogo Hugo Munsterberg, por volta de 1910. No qual, submeteu os motoristas dos bondes de Nova Iorque a uma bateria de testes de habilidade e inteligência, tornando assim a avaliação psicológica um requisito fundamental para a condução de veículos.
Pode-se considerar que Munsterberg foi o precursor da Psicologia do Trânsito, pois ainda hoje os testes de nível mental fazem parte da bateria de testes obrigatória para se obter a Carteria Nacional de Habilitação (CNH).
No Brasil a história da Psicologia do Trânsito iniciou-se em São Paulo em 1913, devido à grande necessidade de mão de obra para construção da Estrada de Ferro Sorocaba.
Entre 1940 e 1950 com a grande decorrência de acidentes no trânsito se fez necessário a implementação de medidas preventivas, com o objetivo de restringir o acesso ao volante das pessoas consideradas propensas a se envolver em acidentes de trânsito.
Em 1951 surgiram as primeiras avaliações psicológicas para o trânsito. Com a contribuição de Campos em apresentar os instrumentos utilizados no exteriror.
Diante disso, começou as primeiras contratações de psicólogos pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN).
Somente em 1953 o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) torna obrigatório o exame psicotécnico para motoristas.
Em 1966 ocorreu a aprovação do novo Código Nacional, sendo substituindo o de 1942 e a criação dos Conselhos CRP (Conselho Regional de Psicologia) E CFP (Conselho Federal de Psicologia).
Em 1968, foi regulamentada a criação dos serviços psicotécnicos nos Departamentos de Trânsito dos estados.
A partir de 1998 com a aprovação do Código de Trânsito em 1997, começa uma visão humanizada com foco não só na segurança como também na saúde e educação.
Em 1998 surgi a Resolução nº 80/98 que deve contemplar.
- Da Da Avaliação Psicológica
- O exame de Avaliação Psicológica é preliminar, obrigatório, eliminatório, e complementar para os condutores e candidatos a obtenção, mudança de categoria, da Carteira Nacional de Habilitação, aferindo-se psicometricamente as seguintes áreas de concentração de características psicológicas:
- área Percepto – Reacional , Motora e Nível Mental
- área do Equilíbrio Psíquico
- Habilidades Específicas
- A Avaliação Psicológica do Infrator Contumaz e envolvidos em acidentes com vítima é obrigatória e focalizará preferencialmente a análise das situações de risco ou acidente, em que o mesmo tenha se envolvido, visando orientação de encaminhamento específico , para melhoria de sua conduta.
- O candidato a CNH, portador de defeito físico será avaliado do ponto de vista psicológico a partir de técnicas psicológicas que sejam compatíveis com a condição de cada um .
- A área percepto-reacional e motora será avaliada através de técnicas psicológicas permitindo aferir de forma integrada e interdependente o que se segue:
- atenção;
- percepção;
- tomada de decisão;
- motricidade e reação.
- cognição;
- nível mental.
- A área de equilíbrio psíquico será avaliada através de entrevistas, observação durante os exames e de técnicas psicológicas, considerando-se:
- ansiedade e excitabilidade
- ausência de quadro reconhecidamente patológico;
- controle adequado da agressividade e impulsividade;
- equilíbrio emocional;
- ajustamento pessoal-social;
- demais problemas correlatos (alcoolismo, epilepsia, drogadição, entre outros), que possam detectar contra-indicações à segurança do trânsito.
- As Habilidades específicas e Complementares dizem respeito a :
- tempo de reação;
- atenção concentrada;
- rapidez de raciocínio;
- relações espaciais;
- outras, desde que necessárias ao aprofundamento da avaliação psicológica.
- A entrevista psicológica deve investigar história pregressa e atual do candidato
- Os instrumentos de avaliação psicológica e seus parâmetros para as diferentes categorias serão estabelecidos pelo órgão executivo máximo de trânsito da União.
- O candidato a Carteira Nacional de Habilitação - CNH ou condutor de veículo automotor, será considerado segundo o parecer do psicólogo:
- APTO quando apresentar desempenho condizente na Avaliação Psicológica para a condução de veículo automotor na categoria pretendida.
- APTO COM RESTRIÇÃO quando apresentar distúrbios ou comprometimento psicológico, que estejam no momento temporariamente sob controle, fazendo constar o prazo de validade para a revalidação da CNH.
- INAPTO TEMPORARIAMENTE quando apresentar alguma deficiência psicológica nos aspectos psicológicos avaliados, que sejam porém passíveis de recuperação ou correção
- INAPTO quando apresentar inadequação nas áreas avaliadas que estejam fora dos padrões da normalidade e de natureza não recuperável .
No ano de 2002, o CFP, divulgou pela Res. 16/02 atributos quanto à forma de atuação do psicólogo na avaliação psicológica.
Em 2003, publicou a Res. 002/2003, definindo a regulamentação pela qual o instrumento deve ser construído, de acordo com os princípios reconhecidos pela comunidade científica, especialmente os desenvolvidos pela Psicometria, o que deu ênfase as pesquisas.
Problemas com a Resolução 80 - Câmara Temática de Saúde e Meio Ambiente (CTSMA) e Conselho Federal de Psicologia: Conclusão a Resolução nº. 80/98 estava desatualizada sob o ponto de vista científico e com lacunas no ponto de vista técnico.
Com as mudanças, a Resolução nº. 80/98 do CTB foi revogada, passando a vigorar a Resolução nº. 267/08 do CTB. Essa nova resolução conceitua os itens a serem avaliados e ainda requer na entrevista dos candidatos à CNH, o fornecimento de informações pertinentes ao trânsito, com a finalidade de realizar pesquisas e ações eficazes. As avaliações passam a ser realizadas nas clínicas credenciadas ao Detran.
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