A História Da Psicologia

História da Psicologia no Brasil : precursores e perspectivas.

Podemos dizer, que a Psicologa deu iniciu no Brasil, desde a colonização, pois a abordagem que os representantes da Igreja ou intelectuais orgânicos do sistema português, faziam para “controlar” os indigenas, mulheres e crianças, eram considerados pertencentes ao campo da psicologia. Com base no artigo de Ana Bock, os portugueses o observavam e estudavam sobre suas características, e em decorrencia disso, tinham base de conhecimentos, para tornar eficiente o cotrole sobre eles.

A tradição da Psicologia no Brasil, tem sido marcada pelo compromisso com os interesses das elites, poucas têm sido as contribuições da Psicologia para a trasformações das condiçoes de vida, tão desiguais em nosso país. As novas ideias demonstraram, entre outras coisas, que o País estava doente: povoado por uma população inculta, que habitava centros urbanos longe dos graus mínimos de civilidade europeia, era necessário higienizar as cidades, os corpos e as mentes (Schwarcz, 1993; Herschmann & Pereira 1994). Esse é o esforço a que se dedicam os intelectuais na Primeira República – médicos, juristas, literatos, todos estão interessados em elevar o País a um patamar que o afaste de suas origens viciosas – aqui consideradas, pela maioria dos autores da época, como a herança africana e, em menor grau, a indígena. Trata-se de uma geração de intelectuais que pretendiam reinventar o País, organizá-lo em novas bases, fazê-lo transpor rapidamente as enormes barreiras arcaicas que o separavam da civilização contemporânea (Campos, 2002, p. 24). Porém foram feitas de formas desumanas.

A marca da psicologia no Brasil, é baseada em compromissos com os interesses das elites brasileiras, em momentos para higienizar, diferenciar e categorizar, tanto em desenvolvimentos sociais, quanto educacionais.

A profissão é reconhecida desde 1962, pela Lei 4.119, o exercício da profissão, na forma como se apresenta na lei, está relacionado ao uso (que é privativo dos psicólogos) de métodos e técnicas da Psicologia para fins de diagnóstico psicológico, orientação e seleção profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento. Porém, antes da lei entrar em vigor, nasceram as primeiras Associações de Psicologia no Brasil, bem como os primeiros periódicos, são criados na década de 40: a Sociedade de Psicologia de São Paulo (hoje oficialmente Associação de Psicologia de São Paulo) é fundada em 1945, e seu periódico, o Boletim de Psicologia, surge em setembro de 1949 (Angelini, 2011). A Associação Brasileira de Psicotécnica (hoje Associação Brasileira de Psicologia Aplicada), criada, por sua vez, por técnicos e frequentadores das atividades do ISOP em setembro de 1949, lança, na mesma data, o primeiro número de seu periódico, Arquivos Brasileiros de Psicotécnica – nome alterado para Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada e, finalmente, para Arquivos Brasileiros de Psicologia (Castro & Alcântara, 2011). É importante ressaltar que tanto essas associações quanto os periódicos continuam existindo até os dias de hoje.

Conforme entrevista com a professora Ana Bock, Doutora em Psicologia Social pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo, na revista Psicologia: Ciência e profissão.

“A Lei nº4.119/62, foi uma certidão de nascimento antes que o bebê tivesse nascido, ou seja, não tínhamos, naquele momento, algo que pudesse ser denominado profissão: não havia uma categoria profissional, não havia (a não ser os teste) um conjunto de ferramentas de trabalho, não havia um discurso que identificasse os psicólogos, enfim, não havia nenhuma condição social para o reconhecimento oficial, legal, de uma profissão de psicólogo.” (ANA BOCK, 2010, p.248)

Após a lei ser aprovada, restou aos psicólogos da época, o desafio de construir uma profissão. Em busca de amplas pesquisas, que oferecerão ciências seguras e modelos típicos, caracterizando uma progressão no estudo da psicologia brasileira, como também ocorreu, em outras nações.

À princípio, a psicologia era conhecida apenas pela elite, a sociedade em geral desconhecia, os anos 70 e o

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