A História da Psicologia
Por: cpsmaia • 26/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.010 Palavras (5 Páginas) • 160 Visualizações
[pic 1]CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
PROFª
TEXTO:
UMA VISÃO PANORÂMICA DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA DE WILHELM WUNDT
ALUNO:
FORTALEZA
2020.1
Leia atentamente o artigo “Uma visão panorâmica da psicologia científica de Wilhelm Wundt”, escrito por Saulo de Freitas Araujo, publicado na Revista Scientiæ Zudia (ARAUJO, 2009).
A partir da perspectiva de Wundt,
- No que se refere a definição de Psicologia, defina e diferencie:
- Experiência mediata – para Wundt, a experiência em geral é um todo unitário e coerente, que pode ser criado cientificamente a partir de dois pontos de vista distintos. Quando analisada por seu conteúdo puramente objetivo, trata-se da experiência mediata. Nesse caso, abstrai-se o sujeito da experiência e coloca-se toda a ênfase nos seus objetos (mundo externo). A experiência externa é mediata porque o acesso aos objetos da natureza é sempre mediado pelas características constitutivas do sujeito da experiência e, portanto, indireto.
- Experiência imediata – já nesse caso, a experiência é analisada por seu conteúdo puramente subjetivo. Aqui investigam-se os aspectos da experiência e sua relação recíproca com todos os conteúdos da mesma (mundo interno). No caso do mundo subjetivo, não há mediação, uma vez que cada um de nós tem acesso direto à sua própria experiência subjetiva.
- Ciência Natural – a partir desses dois pontos de vista (das experiências mediata e imediata), surge a possibilidade de se fazer ciência empírica. A ciência natural – física, química, fisiologia etc – se ocupa com os conteúdos específicos da experiência mediata (objetos do mundo exterior).
- Ciência Psicológica – aqui, na ciência psicológica, o objeto é toda a experiência imediata (aspectos subjetivos da experiência).
- No que se refere a seus métodos de observação:
- Experimentação – consiste na interferência proposital (manipulação) do pesquisador sobre o início, a duração e o modo de apresentação dos fenômenos investigados (ex. física, química, fisiologia etc).
- Observação – refere-se à mera apreensão de fenômenos ou objetos, sem que haja qualquer interferência por parte do observador (ex. botânica, anatomia, astronomia etc).
- Processos psíquicos – não são objetos reais do mundo externo, mas possuem o caráter de objetos psíquicos, na medida em que sua natureza é relativamente estável e independente do observador. São objetos inacessíveis pelo método experimental.
- Processos psíquicos inferiores – são produtos mentais tais como a sensação, a percepção e a representação existentes dentro da psicologia individual (ou fisiológica), reconhecidos através do método investigativo experimental.
- Processos psíquicos superiores – são produtos mentais surgidos ao longo da história, como a linguagem, a religião, os mitos e os costumes, que dependem de certas condições psíquicas gerais, que podemos inferir com base em suas características objetivas. São inacessíveis à experimentação. É necessário o método da observação.
- No que se refere às suas duas propostas – Psicologia Experimental e Psicologia dos Povos – defina-as e diferencie-as em relação a objetivos e métodos.
Para Wundt a Psicologia Experimental deve ser utilizada diretamente nos estudos sobre a sensação, a percepção e a representação, uma vez que se pode investigar cuidadosamente tanto o início quanto o curso desses processos, tendo sempre em vista a análise do complexo em termos de seus elementos constituintes. Já no caso da Psicologia dos Povos, a única alternativa possível é a observação, pois trata-se de fenômenos culturais e coletivos que escapam do controle experimental. Por estarem ligados a uma comunidade, a um grupo étnico ou a uma totalidade cultural, Wundt chamou esse domínio de investigação psicológica de Psicologia dos Povos – a Völkerpsychologie. Ela complementa a psicologia individual (ou experimental) na busca de uma compreensão das leis geral da vida psíquica.
- Uma das principais críticas recebidas por Wundt à sua proposta da Psicologia Experimental se refere ao uso da introspecção como método de observação. De que maneira Wundt justificava o uso desse método?
Para Wundt a observação pura de nossa existência subjetiva (introspecção ou auto-observação) é ilusória. Uma auto-observação planejada, como é recomendada por muitos psicólogos, é apenas uma fonte de autoilusões. Nesse caso, o sujeito que observa coincide com o objeto observado e é óbvio que o direcionamento da atenção para os fenômenos modifica os mesmos. Além disso, uma vez que em nossa consciência o espaço para muitas atividades simultâneas diminuiu com o aumento na intensidade das mesmas, tal modificação consiste quase sempre na supressão geral dos fenômenos que se querem observar. Então, para resolver esse impasse da psicologia, Wundt estabeleceu uma diferença entre a introspecção tradicional (ou auto-observação) e a percepção interna. Somente esta última poderia ser utilizada como recurso metodológico, devido ao fato de poder ser reforçada pelo controle experimental das condições externas da experiência, o que, segundo Wundt, eliminaria os riscos da introspecção tradicional e, igualmente, livraria a psicologia das duras críticas feitas por diversos autores ao introspeccionismo.
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