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A IDEOLOGIA ALEMÃ

Por:   •  20/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.693 Palavras (11 Páginas)  •  447 Visualizações

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A IDEOLOGIA ALEMÃ

  1. Qual é a crítica de Marx aos hegelianos? Estabeleça uma relação entre os velhos e os novos hegelianos. 

Marx fala que todo o sistema filosófico alemão foi determinado pela filosofia hegeliana. Hegel acreditava que a religião estava na base de tudo, já Marx afirmava que “a religião é o opio do povo”. Dessa forma Hegel acreditava que o mundo inteligível determinava o mundo material, Marx critica os hegelianos nesse ponto, pois ele acredita que a base material é quem determina as ideias (a infraestrutura determina a superestrutura), em razão de acreditar que o ponto de partida de tudo é a matéria. Outra critica diz respeito a existência do homem, Marx acredita que o homem é de carne e osso sofrendo mudanças e Hegel acreditava que o homem é imutável e absoluto.  Hegel possuía alguns seguidores, os jovens e velhos hegelianos, os primeiros criticavam tudo introduzindo sorrateiramente representações religiosas por baixo de tudo, eles faziam fraseologias das ideias de Hegel; já os velhos hegelianos compreenderam tudo que fora reduzido a uma categoria da lógica hegeliana. Ambos concordavam com o domínio da religião e com os conceitos universais do mundo existente.

  1.  Explique o que é produção da vida material. 

A produção da vida material consiste na produção dos meios de vida. Os homens começam a se diferenciar dos animais quando passam a produzir os seus meios de vida (esses são aquelas coisas que permitem a sua vida tais como alimentos, roupas, casa...), passo este que é condicionado por sua organização corporal. Trata-se de muito mais de uma , determinada forma de manifestar sua vida.  Produzindo seus meios de vida, os homens produzem, indiretamente, sua própria vida material. O que os indivíduos são depende das condições de sua produção material.  O que da condição a ele de produzir a vida material é a divisão do trabalho.

  1.  Como Marx define o poder social? 
    O poder social é a força produtiva multiplicada que nasce da cooperação de vários indivíduos exigida pela divisão do trabalho, aparece a estes indivíduos, porque sua cooperação não é voluntária, mas natural, não como seu próprio poder unificado, mas como uma força estranha situada fora deles, cuja origem e cujo destino ignoram, que não podem mais dominar e que, pelo contrario, percorre agora uma série particular de fases e de estágios de desenvolvimento, independente do querer e do agir dos homens e que, na verdade, dirige este querer e agir.

O poder social é uma força produtiva que nasce pelo contato dos trabalhadores exigida pela divisão do trabalho. A cooperação dos indivíduos é natural, eles nascem condicionados a isso, não controlam seu querer e agir. Quando passam a ter consciência da sua força surge o poder social, buscando transformações no sistema.

  1. Marx não se preocupa com a natureza individual, pois para ele só existe o indivíduo historicamente determinado. Explique.

Para Marx só existe o individuo em contado com os outros, esses são produtores e como tal estabelecem relações entre si sociais e politicas determinadas. As estruturas sociais e o estado nascem constantemente do processo de vida de indivíduos determinados (possuem uma relação de produção- não possui mobilidade dentro da sociedade), mas destes indivíduos não como podem aparecer na imaginação própria ou alheia, mas tal e como realmente são, isto é, tal e como atuam e produzem materialmente e, portanto, tal e como desenvolvem suas atividades sob determinados limites, pressupostos e condições materiais, independentes de sua vontade. O individuo é determinado pela sua atividade material.

O indivíduo é determinado pelo modo de produção da sua vida material que independe da vontade humana, ele vê o individuo inserido no meio social por isso afirma que são determinados, ou seja, agem de modo determinado em suas relações sociais e políticas.

  1.  A divisão do trabalho domina os homens ao invés de ser controlada por eles. Por que? Explique detalhadamente como Marx apresenta a divisão do trabalho. 

A divisão do trabalho faz com que ocorra a definição de papeis dentro da sociedade, as pessoas ficam condicionadas a exercerem determinada função e não possui mobilidade, eles devem permanecer naquela profissão para não perder seus meios de vida. Dessa forma a própria ação do homem converte-se num poder estranho e a ele oposto, que o subjuga ao invés de ser por ele dominado.  

A divisão do trabalho é pré-determinada,  as atividades são distribuídas de maneira involuntária e o trabalhador não tem poder de controlar suas próprias ações.

Em cada fase a divisão do trabalho se apresenta de uma forma, na tribal a divisão é pouco desenvolvida na comunal está desenvolvida,  já na feudal há uma pequena divisão na sociedade capitalista a divisão do trabalho é muito desenvolvida.

  1.  Marx associa o desenvolvimento da divisão do trabalho com as diferentes formas de propriedade. Explique. 
    A cada nova fase da divisão do trabalho determina igualmente as relações dos indivíduos entre si, no que se refere ao material, ao instrumento e ao produto do trabalho, a cada forma de divisão do trabalho surge uma nova forma de propriedade.

A primeira forma de propriedade: Tribal, o povo se alimenta da caça e da pesca, da criação de gado ou, no máximo, da agricultura. Nessa fase a divisão do trabalho esta pouco desenvolvida e se limita a uma maior extensão da divisão natural no seio da família. É uma relação de exploração.

A segunda forma de propriedade: Comunal e estatal, reunião de muitas tribos para formar uma cidade, por contrato ou por conquista, e na qual subsiste a escravidão. A divisão do trabalho já é mais desenvolvida. Já encontramos a oposição entre o campo e a cidade.  É uma relação de cooperação.

A terceira forma de propriedade: Feudal ou estamental ocorre à expansão da agricultura. Houve uma pequena divisão do trabalho. É uma relação de exploração, os senhores feudais explorando os seus servos.

A quarta forma de propriedade: Propriedade privada no mundo capitalista, uma classe detentora dos meios de produção (burguesia) explora a classe que possui a força de trabalho (proletariado). Nessa fase a divisão do trabalho está extremamente desenvolvida e a exploração é máxima.

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