A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA EM SALAS DE AULA REGULARES
Por: Bruna Moutinho • 28/2/2019 • Artigo • 4.488 Palavras (18 Páginas) • 387 Visualizações
FACULDADE ATUAL
PROGRAMA DE INCLUSAO SOCIAL
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
MÔNICA DOS SANTOS MOUTINHO
A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA EM SALAS DE AULA REGULARES
Chaves /Pa
2018
MÔNICA DOS SANTOS MOUTINHO
A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA EM SALAS DE AULA REGULARES
Artigo apresentado à Coordenação de Pós Graduação da Faculdade Atual, Núcleo de Estudo Chaves – Pa, como requisito para obtenção do título de Especialista em Educação Especial e Inclusiva
Orientadora: Profa. Esp. Guajarina do Socorro Carmo de Sousa Camarão
Chaves/Pa
2018
A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA EM SALAS DE AULA REGULARES
Artigo apresentado à Coordenação de Pós Graduação da Faculdade Atual, Núcleo de Estudo Chaves-Pa, como requisito para obtenção do título de Especialista em Educação Especial e Inclusiva
______________________________Doraci Dantas____________________________
Orientadora: Prof[a]ª.Mestre
Conceito:______________
Data:_________________
Chaves/Pa
2018
A INCLUSÃO DO ALUNO AUTISTA EM SALA DE AULA REGULARES
Mônica dos Santos Moutinho[1]
Doraci Dantas[2]
RESUMO
A partir da década de 90, deu-se início, no Brasil, movimentos que visavam a democratização da educação com a inclusão de crianças com deficiências em escolas do sistema regular de ensino. Diante deste contexto, o propósito principal desta pesquisa é investigar a possibilidade de uma educação inclusiva para crianças com autismo em escolas do sistema regular de ensino. Em sua trajetória, este trabalho, se desenvolve em uma abordagem qualitativa. Sabemos que a escola inclusiva pretende desenvolver uma pedagogia centrada em todas as crianças, de modo a educá-las com sucesso. É neste âmbito da educação inclusiva e educação especial relacionadas com alunos autistas que este estudo descritivo trata. Desta forma, pautando-se em documentos oficiais e em autores que defendem a educação inclusiva como MAGALHÃES (2003), RABELO (1999) e RIVIÉRI (1991) a pesquisa buscou elencar as observações a partir de três categorias: as metodologias de ensino, as relações sociais no contexto escolar e a qualificação dos profissionais, concluindo ser possível a realização de inclusão de crianças com autismo em salas de aula de sistema regular de ensino e que o Brasil ainda precisa avançar bastante no que refere-se à educação de qualidade para todos.
ABSTRACT
Ever since the 90´s, Brazil started movements with the goal to democratize the education system by including deficient children in the public school system. Given this context, the main purpose of this research is to investigate the possibility of an education that includes children with autism in the public school systems of Fortaleza. In the direction of this report, this work develops a qualitative approach. The field investigation used a case study including two austistic children in a public classroom, using observations of the participants and interviews to obtain sufficeint data relevant to the study. Also the following official documents and authors defend the inclusive education; MAGALHÃES (2003), RABELO (1999) and RIVIÉRI (1991). The project sought observations from three categories; teaching methods, social relationships in the school context, and profesional qualification. The result of the research is that it is possible to include autistic children in the classroom and that Brazil still needs to go a long way to have "quality education for all."
PALAVRAS-CHAVE: Educação, autismo, inclusão.
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa discorre sobre a inclusão de crianças autistas na sala de aula de ensino regular buscando apresentar as dificuldades encontradas nesse contexto assim como as vantagens existentes do processo de inclusão de crianças com deficiência no ensino regular. A educação inclusiva é atualmente uma realidade em termos de legislação e faz parte da rotina de escolas e da vida de crianças e adolescentes. Contudo, essa modalidade de ensino permanece como um dos maiores desafios do sistema educacional devido a concepções históricas sobre as pessoas com deficiência, as políticas públicas brasileiras e em decorrência da formação e atuação de profissionais para essa área.
A educação especial no Brasil caracterizou-se historicamente pela exclusão de uma significativa parcela da população do sistema escolar, visto que, durante muitos anos, houve um descaso da sociedade, inclusive pelo poder público no atendimento às pessoas com deficiências. A Lei de Diretrizes e Bases 9.394/961 define que o atendimento às pessoas com necessidades educacionais especiais deve ser oferecido, preferencialmente, pela rede regular de ensino público, e ter início na faixa etária de zero a seis anos. Os documentos legais, elaborados e redigidos pelos setores responsáveis pela Educação Especial no Ministério da Educação (MEC) defendem a perspectiva inclusiva e apontam a importância no relacionamento de crianças público-alvo da educação especial com crianças sem deficiência, afirmando que ambas se beneficiam nesse processo comum de ensino. Baseado em documentos oficiais podemos considerar que escolas regulares devem oferecer modelos educacionais adequados para as necessidades de cada aluno e, principalmente, professores especializados para que possa efetivar sua integração no convívio escolar e social.
. O estudo sobre o autismo tem aumentado nas últimas décadas devido à sua complexidade e ao não consenso sobre suas causas. O que existe é um consenso de que não se trata de um transtorno adquirido. Kanner (1943), em sua publicação sobre o autismo, sugere que este tem caráter inato. Os sintomas iniciais mais notórios existem na criança em maior ou menor grau, como pouca motricidade, ausência de resposta a estímulos sonoros e visuais, insônia, distúrbios alimentares, são os sintomas mais frequentes, porém somente tornam-se perceptíveis pelos pais quando seus filhos apresentam um desenvolvimento mais tardio que outras crianças da mesma idade. Nessa época observou-se o surgir no contexto mundial os movimentos que levantavam a bandeira da inclusão dos alunos com deficiência no sistema regular de ensino. Magalhães (2003, p.66) explica o contexto vivido nos anos 80 e 90, Nas décadas de 80 e 90, os dispositivos legais continuam a corroborar com a garantia de educação gratuita aos portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede de ensino regular, no contexto da redemocratização do Brasil e da promulgação de uma nova Constituição em 1988. Mesmo sendo recente o movimento sobre inclusão o conhecimento de hoje, o grande desafio é a elaboração de uma política educacional voltada para o estabelecimento de uma escola realmente inclusiva, acessível a todos, independentemente das diferenças que apresentam, dando-lhes as mesmas possibilidades de realização humana e social.
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