A INSATISFAÇÃO CORPORAL, DIETAS E PATOLOGIA ALIMENTAR

INTRODUÇÃO

Há evidencias literária que a prática regular de exercícios físicos para a saúde são evidenciados na literatura por meio de estudos epidemiológicos. Dentre os benefícios apresentados é citado a manutenção do peso corporal, prevenção de doenças cardiovasculares e osteoarticulares, controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol, obesidade, depressão, câncer, melhora da autoestima e do convívio social, prevenção de depressão e estresse. Entretanto em indivíduos com transtornos alimentares frequentemente não se beneficiam, na medida em que podem utilizá-los como estratégia para perder peso de forma inadequada e por vezes de forma compulsiva.

Segundo Torres, notou nos pacientes, elevados índices de atividade física comentando que “parece dificilmente possível que um corpo tão emagrecido possa suportar o exercício que inclusivamente parece agradável” (cit. In TORRES, 1986, pág. 14)

Vários autores descrevem a relação entre o comportamento compulsivo e a prática de exercícios físicos, apontando através de pesquisas o alto percentual de atividade física com a diminuição da ingestão de alimentos em ratos derivando o modelo chamado de anorexia induzida por atividade física.

Segundo Pierce e Epling (1984) fatores biológicos e ambientais são responsáveis pela evolução dos transtornos alimentares como a valoração da magreza incentivada culturalmente, principalmente em culturas do Ocidente, reforçam a adesão a dieta e exercícios

Na busca de alterações biológicas desencadeando e perpetuando o ciclo de anorexia.

CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS

Para atender a necessidade de tratamento da anorexia, sendo essa difícil de diagnosticar devido à falta de compreensão neurobiológica, os neurocientistas estão usando um modelo animal para estudar como os circuitos neurais. Anorexia baseado em atividades é um fenômeno bio-comportamental descrito em roedores sendo um modelo voltado para os principais sintomas de anorexia nervosa.

Segundos os resultados sugeridos nas pesquisas com animais, o incentivo a pratica da atividade física e restrição alimentar seria considerada como fator de risco para o desenvolvimento de problemas alimentares, o que explicaria uma grande prevalência de anorexia e bulimia em especial em atletas. (Rubio,2003).

Pierce e Epling (1984) em seus estudos apresentaram que os ratos em regime de duas horas diárias de alimentação tiveram acesso à roda de atividades por períodos de tempo variados, de 2h, 6h, 12h, 18h e 22h. Os resultados demostraram que, quanto maior o tempo de acesso à roda, maior exercícios dos animais, e menor o peso e a quantidade de comida ingerida quando havia oportunidade. Em outro estudo, Pierce, Epling e Boer (1986) avaliaram também a possibilidade de que atividade física e privação/saciação alimentar pudessem alterar o valor reforçador um do outro. A maioria deles responderam mais vezes em uma barra que dava acesso à roda, e passaram mais tempo em atividade, na condição em que houve restrição do que na de oferta livre de alimentos. Por outro lado foram alcançadas menores taxas de resposta de pressão à barra que liberava o alimento após exercício espontâneo ou forçado na roda de atividades.

Compreende-se com base na pesquisa, que a interpretação dos resultados indica variáveis favorecedoras do desenvolvimento dos transtornos alimentares, onde toda condição que possibilite o reforço da combinação de dieta e exercícios físicos, possivelmente seria um risco a evolução para anorexia, como exemplo a cultura, sociedade.

IMPLICAÇÕES DESTE MODELO PARA A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL