A INVISIBILIDADE EM MEIO A SOCIEDADE
Monografias: A INVISIBILIDADE EM MEIO A SOCIEDADE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lanuce • 23/3/2015 • 2.273 Palavras (10 Páginas) • 474 Visualizações
GENESLUCE LUCENA DIÓGENES: RA 372063
KARIELE SOUZA DO NASCIMENTO: RA 398582
LANUCE RAFAELE DE QUEIROZ: RA 365947
MARIA LAURICLEIA DE OLIVEIRA: RA 370433
TAÍSE MARIA DA CONCEIÇÃO LUCENA: RA 365952
Relatório apresentado ao curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera – Uniderp, como requisito avaliativo referente á Disciplina de Psicologia Social.
A INVISIBILIDADE EM MEIO A SOCIEDADE
PAU DOS FERROS/RN
ABRIL/2013
INTRODUÇÃO
O documentário de Filho (2006) busca ressaltar e analisar a experiência individual da desigualdade social, com suas implicações psicológicas, considerando o ponto de vista de quem é oprimido por essa desigualdade, por meio do relato de pessoas que viveram e vivem essa experiência cotidianamente. Tendo como base o referencial teórico da Psicologia Social, utilizou-se o conceito de retificação, por permitir analisar um dos fatores predominantes na origem da desigualdade entre os homens.
Objetiva-se colocar em discussão conteúdos, crenças e valores do sistema que determinam formas de relacionamento, facilitando a reflexão e conscientização na busca pelo retorno ao humano. Para coleta de dados foram realizadas entrevistas semi dirigidas, elaboradas com o método da pesquisa qualitativa. Conclui-se que se trata de uma experiência de humilhação social, geradora de angústia, decorrente de uma sociedade visivelmente marcada pelas relações capitalistas, que frequentemente tendem a anular a essência do homem.
A INVISIBILIDADE EM MEIO A SOCIEDADE
Compreendemos que a humilhação se transforma em um problema político na medida em que ela impede ou ameaça a aparição do sujeito na esfera pública. É quando vai a publico, quando está em sociedade que o bloqueio de sua humanidade se torna um fato ainda mais cruel e extremo para o humilhado.
A humilhação social conhece, em seu mecanismo, determinações econômicas e inconscientes. Deveremos propô-la como uma modalidade de angústia disparada pelo enigma da desigualdade de classes. Como tal, trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político. O humilhado atravessa uma situação de impedimento para sua humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo – em seu corpo e gestos, em sua imaginação e sua voz – e também reconhecível em seu mundo – em seu trabalho e em seu bairro (FILHO, 1998, p. 13).
Após a leitura do texto “A desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira” vimos que estes temas centrais em constituição da identidade do povo brasileiro são analisados a partir de uma interlocução entre a sociologia e a psicologia brasileira (CARNEIRO, 2009), em relato o sociólogo Jessé Souza e o psicólogo Fernando Braga da Costa, estes dois autores apontam em suas obras a desigualdade social como um fenômeno constituinte da sociedade brasileira no sentido de observar como é que eles enxergam a questão da desigualdade e da invisibilidade social brasileira.
Uma mostra como surge a desigualdade brasileira a partir de análises feitas da sociologia e o outro vai colocar em prática como é você passar ser um invisível em meio à sociedade que é altamente excludente e desigual.
Para Souza (2006) A sociologia parece traçar uma crítica muito dura e seu trabalho rema contra a maré de ideias retificadas no senso comum e no ambiente acadêmico, na tentativa de mostrar qual a verdadeira origem desta sociedade brasileira, ou melhor, qual a verdadeira origem da desigualdade desta sociedade.
Provoca um desconforto inicial no leitor por desfazer com rapidez obras que há décadas são difundidas nas ciências sociais e que invadiram o imaginário social deste povo. Mas o que Jessé Souza quer não é causar desconfortos, mas apenas mostrar uma nova ordem, apresentar teorias sólidas que possam explicar o Brasil e sua gente.
O Autor não acredita que a pura descrição da realidade das pessoas socialmente humilhadas possa definir o que é desigualdade e sua origem social. Para o autor é preciso articular a história de vida desses sujeitos invisíveis com teorias sólidas, buscar explicações macrossociológicas para compreender a constituição social dos brasileiros. Para explicar a invisibilidade social enfrentada no trabalho cotidiano dos garis e construir uma psicologia social crítica, o autor recorre a textos clássicos da sociologia, da antropologia e da filosofia.
Segundo Souza, a desigualdade no país surgiu da modernização periférica onde a mesma não incluiu todo mundo e sim foi desigual, porque só algumas pessoas tinham acesso ao trabalho como também de se inserir nas indústrias. Já o autor Freud deixa claro que a humilhação é enfrentada no âmbito da formação do modo de produção capitalista que gira em torno do ser humano.
Por outro lado Marx enfoca que o fator presente na sociedade capitalista é a alienação do trabalho, onde executamos tarefas e produzimos algo sem que possamos escolher os meios para tal tarefa, no final do processo não seremos nós que obteremos o resultado, mas os donos desses meios, baseado neste contexto passaram a não existirmos como pessoa, pois o que conta é aquilo que possuímos.
Ao criticar a obra de DaMatta por sua vez, Souza (2000) ressalta que este autor conduz sua interpretação da identidade brasileira a partir de uma abordagem cultura lista das práticas sociais e cotidianas.
Costa (2004) não se limita à sua área de atuação, nem mesmo à sala de aula. Em A invisibilidade da desigualdade brasileira, Souza (2006) também critica trabalhos mais recentes como a tese do cientista social Luis Eduardo Soares. Já Gilberto Freyre ele tentava na sua obra falar de uma democracia racial e Souza, acha que não é possível porque a própria sociedade já é altamente excludente e seria quase impossível pensar nesse conceito de democracia racial, embora ele concordasse com o pensamento do autor sobre os valores e normas que se tornaram dominantes na sociedade brasileira. Principalmente no que diz respeito à forma específica de organização da escravidão e da esfera privada.
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