A Inteligência Emocional
Por: Izabella Loureiro • 31/3/2021 • Trabalho acadêmico • 3.132 Palavras (13 Páginas) • 105 Visualizações
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO EMOCIONAL INFANTIL ENTRE OS ALUNOS DO 3º. ANO DO ENSINO BÁSICO DO COLÉGIO BERTONI
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar a assertividade e nível de maturidade emocional entre 16 crianças de sete e oito anos do terceiro ano do ensino básico do Colégio Bertoni, de Foz do Iguaçu. O projeto foi desenvolvido ao longo de seis encontros onde várias atividades lúdicas foram desenvolvidas e questionários foram respondidos pelos alunos, no intuito de averiguar se tais crianças poderiam ser consideradas maduras emocionalmente ou se algum trabalho deveria ser desenvolvido para ajuda-las a desenvolver a assertividade frente a situações cotidianas que envolvessem algumas das emoções básicas.
PALAVRAS-CHAVE: Emoção, Inteligência, Inteligência emocional
INTRODUÇÃO
O uso inteligente das emoções, ou fazer com que nossas emoções trabalhem ao nosso favor tornando-as agentes auxiliadoras na administração do comportamento, é uma habilidade geral que fragmentada consiste basicamente em reconhecer os próprios sentimentos e emoções, possuir a habilidade de controla-los, equilibrar expectativas e reger os próprios impulsos, bem como a automotivação, e também a aquisição da empatia, que é a habilidade de perceber intenções e desejos de outras pessoas para reagir apropriadamente a partir dessa percepção, o que trás também como consequência autoconhecimento emocional, e permite relacionamentos mais eficazes. Esse conjunto de descrições serve para caracterizar um indivíduo que possui inteligência emocional.
Tais habilidades, esperadas de um indivíduo emocionalmente inteligente, podem ser adquiridas, e podem ser administradas a favor ou contra o desempenho do indivíduo. Baseando-nos no conceito de Daniel Goleman sobre Inteligência Emocional, temos a visão de que a educação emocional trabalhada com crianças tem um progresso mais amplo e efetivo, visto que sua formação emocional e cognitiva está ainda em desenvolvimento. O aprimoramento emocional ajuda a criança a ser menos agressiva, mais sociável e afetiva, e permite que ela tenha uma vida mais tranquila. E foram nesses ideais que empenhamos nossas expectativas, acreditando que essa pesquisa e essa integração da criança com suas emoções, gerariam pequenas mudanças, pois as crianças aprenderiam que suas emoções associadas às suas ações podem gerar consequências, que algumas emoções podem prejudicar sua vida, contudo é possível gerenciá-las, e assim essas crianças estariam mais aptas a lidarem consigo e com a sociedade.
A fim de identificar o grau de maturidade emocional dessas crianças, foram realizadas atividades dissertativas e objetivas, onde se pode averiguar o quanto eles já sabiam sobre o assunto, além de serem aplicadas dinâmicas de grupo e atividades lúdicas com o intuito de reforçar e também ensinar sobre emoções básicas, tais como: felicidade, raiva, tristeza, ciúme, vergonha e medo. Por fim, receberam orientações de como agirem de uma maneira emocionalmente mais madura, consciente e assertiva.
Nossa pesquisa sobre Inteligência Emocional foi realizada entre 18 crianças de 07 a 08 anos, alunas do 3° ano do ensino básico do Colégio Bertoni, onde tivemos como questão norteadora a seguinte indagação:
“O quanto crianças de 07 e 08 anos conseguem compreender, controlar, e expressar suas emoções de maneira assertiva?”
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Ao nos basearmos teoricamente para o presente artigo, nos fundamentamos de 3 autores principais especializados em psicologia da inteligência e emoções, tais quais:
Howard Gardner (1943) ingressou na universidade em 1961 com a intenção de estudar História, mas com a influência de Erik Erikson, ele se interessou em relações sociais tais como a psicologia, antropologia e sociologia, com interesse em particular pela psicologia clínica.
A sua teoria das Inteligências Múltiplas (M.I) revolucionou a psicologia cognitiva. Gardner propõe “uma visão pluralista da mente”, ampliando o conceito de inteligência única para o de um leque de capacidades.
Gardner buscou observar os diferentes estilos, tanto gênios, no quesito de ser uma inteligência elevada específica e não generalista quanto pessoas com alguma lesão ou difusão cerebral onde estabeleceu uma relação entre habilidades individuais e diferentes regiões do cérebro.
A inteligência, para ele, é definida como a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Com isso, ele propõe uma nova visão da inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interligam, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas.
Embora existam predominâncias, as inteligências que se integram são:
• Inteligência Verbal ou Linguística
• inteligência Lógico-Matemática
• Inteligência Cinestésica Corporal
• Inteligência Espacial.
• Inteligência Musical.
• Inteligência Interpessoal.
• Inteligência Intrapessoal.
As emoções e os sentimentos refletem diretamente no desenvolvimento, no aprimoramento e no conhecimento dessas inteligências. Por exemplo, se olharmos mais diretamente a Inteligência Verbal ou Linguística, veremos como ela nos ajuda a nos comunicar com o mundo. Quem a possui consegue se expressar de uma maneira mais assertiva e direta.
Quando falamos de inteligência Interpessoal nos referimos a uma inteligência “para fora”, no sentido de se comunicar bem, se expressar bem e conseguir se relacionar e se conectar com outras pessoas.
Já a Inteligência Intrapessoal é uma inteligência voltada para si, na qual o indivíduo se conhece, conhece suas características, suas habilidades, o que te faz bem, o que não lhe é confortável e assim por diante.
Gardner diz que todos nós nascemos com um potencial para várias inteligências. Com a convivência com outros, relações com o ambiente e aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas que outras.
Outro importante escritor deste nicho da psicologia é Daniel Goleman (1946), ele trouxe um novo ambito na questão das inteligências, a inteligência emocional.
Goleman é escritor, jornalista e psicólogo formado pela universidade de Harvard. Ao decorrer da sua carreira, ele se especializou na pesquisa e na definição da inteligência emocional e as suas contribuições para a construção do caráter de todo indivíduo.
Em sua obra “Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária que Redefine o Que é Ser Inteligente”, Goleman postula a importância das emoções, como a encaramos e ainda como o indivíduo pode trabalhar para trazer inteligência às suas emoções.“Se há um remédio, acho que deve estar em como preparamos nossos jovens para a vida. No momento, deixamos a educação emocional de nossos filhos ao acaso, com consequências cada vez mais desastrosas” GOLEMAN (1986).
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