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A Introdução A Psicologia Hospitalar

Por:   •  19/8/2023  •  Resenha  •  1.936 Palavras (8 Páginas)  •  59 Visualizações

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  • INTRODUÇÃO Á PSICOLOGIA HOSPITALAR

A concepção de acompanhamento psicológico parte da concepção puramente religiosa e missionária para psicológica profissionalizada. A primeira pessoa que começou a cuidar de pessoas doentes foi a Madre Paulina (1865 – 1942) com o modelo de assistência missionária. Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) os hospitais passaram a constituir equipes interdisciplinares, com o intuito de oferecer respostas diferenciadas às complexas demandas da sociedade, com um sistema de atenção integral. Na década de 50 houve uma crítica ao modelo biomédico, até que a psicóloga Mathilde Neder começou uma construção de metodologias específicas e consistentes na área hospitalar.

A psicologia da saúde é uma disciplina que difere da psicologia hospitalar e combina os saberes educacionais, científicos e profissionais da psicologia em ações integradas para a prevenção de doenças e para a promoção do bem-estar e manutenção da saúde.

O psicólogo da saúde precisa de equilíbrio e de um conhecimento ampliado das questões que cercam cada caso.

A psicologia da saúde no contexto hospitalar brasileiro se deu na década de 90, com a inserção do psicólogo no âmbito sanitário brasileiro com o modelo de atenção integral á saúde, visando o atendimento.

O psicólogo deve ser visto como um observador qualificado, um porta voz dos anseios do paciente e da família. Ele deve atuar como um guardião da pessoa na relação com as tecnologias e como um agente de transformação, capaz de apresentar as possibilidades para o surgimento de um novo ser no processo de reabilitação. A assistência do psicólogo no hospital geral se refere a entender a rotina do paciente e as imposições relacionadas à doença e considerar as rotinas hospitalares, a cultura médica e o regime vigente na instituição.

O atendimento psicológico no hospital tem o sentido de:
01. Promover o bem estar biopsicossocial dos pacientes e seus familiares;
02. Trabalhar de forma integrada com os demais profissionais da saúde;
03. Visão global do paciente dentro de um enfoque interdisciplinar;
04. Possibilitar apoio e assistência técnica à equipe.

Avaliar o paciente nos âmbitos médicos-biológicos, sociais-culturais e psicológicos inclui:
01. Assistir ao paciente e aos fatores que influenciam sua estabilidade emocional;
02. Orientar e informar sobre as rotinas hospitalares;
03. Avaliar a adaptação do paciente à hospitalização;
04. Avaliar o estado psíquico do paciente;
05. Avaliar sua compreensão do diagnóstico;
06. Avaliar as reações emocionais frente à internação e à doença.

Os psicólogos que atuam na área da saúde enfrentam o desafio de ultrapassar as fronteiras da sua prática profissional para participar do esforço de construção do campo da saúde coletiva.

A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou enfermidade. O sistema único de saúde (SUS), foi criado pela constituição federal em 1988 com a finalidade de alterar a situação de desigualdade na assistência à saúde da população, tornando obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibidas cobranças de dinheiro sob qualquer pretexto. Fazem parte do SUS centros e postos de saúde, hospitais, hospitais universitários, hemocentros além de fundações e instituições de pesquisa. Tem como um dos objetivos os níveis de atenção básica à saúde.

  • Atenção primária de saúde (APS): ações de promoção, prevenção e proteção à saúde. De responsabilidade do município.
  • Atenção secundária de saúde: prestada por meio de uma rede de unidades especializadas como ambulatórios e hospitais. Além dos serviços de urgência e emergência.
  • Atenção terciária de saúde: integra os serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de alta complexidade.

  •       PSICOLOGIA HOSPITALAR x PSICOLOGIA DA SAÚDE
  • Psicologia da saúde: é um subcampo da psicologia mundialmente reconhecido.
  • Psicologia hospitalar: prática do psicólogo que atua exclusivamente no ambiente hospitalar.

Os princípios básicos da instituição hospitalar são o bem-estar e a melhoria na qualidade de vida. É a prática de levar o indivíduo em busca do bem-estar físico, mental e social, englobando assim, a performance de uma abordagem que teria de incluir a presença de outros profissionais da área. O objetivo primordial da atuação do psicólogo hospitalar é justamente a humanização do sofrimento gerado pelo adoecimento e hospitalização, visando evitar as possíveis sequelas emocionais dessa vivência. Ele deve atuar essencialmente ao nível de comunicação, das relações interpessoais sobre a tríade paciente, família e equipe. Ao realizar isso, engaja-se a essência da prática hospitalar: a humanização da assistência prestada ao nível da saúde. No hospital, o psicólogo desenvolve a psicoterapia com o paciente, pois ele precisa de técnicas da psicologia para conseguir ajudar o paciente, além de buscar conhecer o ambiente e o estado do paciente.

A doença passa a ser vista como um estado de crise agravado pela hospitalização, que interfere diretamente sobre o estado emocional do indivíduo, refletindo um desiquilíbrio total.

O foco do psicólogo hospitalar são exatamente os aspectos psicológicos em torno do adoecimento.

A psicologia hospitalar pode ser considerada então, como os estudos de todas as relações que ocorrem no âmbito hospitalar, ou seja, as relações ocorridas entre paciente e médicos, paciente e equipe profissional, paciente com sua doença, paciente com sua família, paciente com a sua instituição de saúde e, além disso, tem como objetivo facilitar o processo de tratamento e recuperação.

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