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A Leitura Crítica Sobre o Texto: Freud, S. (1930). O Mal-estar na Civilização.

Por:   •  10/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  99 Visualizações

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MATHEUS NOVAES PACHECO – 1SMA

Leitura crítica sobre o texto: Freud, S. (1930). O mal-estar na civilização.

A leitura dos textos de Freud, mesmo após tantos anos abordam assuntos atuais e convocam à muitas reflexões e discussões importantes.

Discorra sobre os temas a seguir, trazendo suas reflexões sobre eles, a partir da leitura indicada:

  1. O  mal estar na civilização;

A civilização poda e corta o indivíduo de maneira que, ele tem que abrir mão dos instintos agressivos e libidinosos em prol da ordem e da moral, o problema é que ele vive com desejo e aos poucos ele começa a rachar porque a culpa que advém da repressão de seus desejos é muito grande, essa culpa que chega a ser causada por uma ignorância em relação ás suas pulsões pois ocorre um conflito entre o desejo e o que é certo, e então ele busca alternativas como: A entrega á religião onde se encontra a idéia do sacrifício pela ordem pois esta figura (Cristo) santificada se sacrifica pelo indivíduo/ser-humano, logo ele deve agir de acordo com o que é certo, de acordo com o ‘’modelo’’ socialmente aceito, e a culpa se acumula da mesma maneira que se acumula o desejo, o que o leva á uma ‘’explosão violenta’’. A outra é o prazer destrutivo, onde ele vai em busca do prazer e acaba tendo conseqüências destrutivas em sua vida, em suas relações etc.

2.     Sentimento oceânico e religiosidade;

        Sentimento oceânico para Freud é um desejo de proteção paterna na infância que continua sendo sustentado na vida madura,  

        Freud coloca a religião como uma neurose infantil, pois ela surge do complexo de Édipo, sendo assim, Deus seria este grande “pai” para os seus “filhos” que seriam esses, os seres humanos, e nesta mesma relação encontramos uma ambivalência, onde ao mesmo tempo que existe o amor pelo pai, existe também o medo por parte do homem. Ademais, Freud fala com respeito em relação á religião mas discorda em certos pontos.

3.     Busca da felicidade;

        Freud afirma que é impossível chegar em um estado de felicidade plena, pois o indivíduo deve se adaptar em relação á felicidade, de modo que identifique as fontes que lhe são importantes e prazerosas de acordo com seu entendimento de felicidade.

4.     Fontes do sofrimento humano e métodos para evitar o sofrimento;

O corpo (sofrimento por conta da doença, também por conta da projeção, ter um desejo de ter um determinado corpo), o mundo externo (mundo ideal e o mundo que nós temos) e as relações pessoais (relações com outros humanos, que inevitavelmente geram desprazer). Pode-se “evitar” tais sofrimentos através de entorpecentes, fazer parte de comunidades que praticam, por exemplo a meditação e/ou oração com o objetivo de controlar os instintos, e o deslocamento da libido, ou, a sublimação dos instintos, que seria canalizar os impulsos incômodos para outros tipos de atividades ou construções, podendo até mesmo ter um resultado benéfico. Freud diz que o amor pode ser uma potencial fonte de felicidade, mas que depende de um outro alguém, algo que pode ser prejudicial, assim como outras fontes podem ser: artes, ciências e através da beleza.

Obs: Referente ao amor, gostaria de dar uma interpretação minha que tive a partir deste ponto negativo (de acordo com o que eu entendi) que Freud coloca, que seria depender do outro para ter sua felicidade, seu prazer, o que me veio a cabeça é a relação com a mãe, no seguinte sentido: A mãe é quem provém alimento e consequentemente, prazer, e que neste caso a criança pode apenas chorar pelo alimento para sanar suas necessidades, o que no caso do amor, pode ser algo violento, uma vez que o indivíduo sinta que não está sendo devidamente “alimentado”, possa gerar conseqüências violentas, um exemplo que me veio a cabeça são os casos de feminicídio e violência doméstica. Só queria deixar aqui esta observação que talvez não faça muito sentido.

5.     Civilização e liberdade individual;

        Na civilização não existe liberdade individual, o que existe é uma falsa concepção de escolha pois alguém mostra as ‘’opções’’ para o individuo, relaciona a civilização com tribos primitivas, a maioria é muito mais forte que o indivíduo, impotência em relação aos números. Dois fundamentos principais: Compulsão pelo trabalho, viver a vida para o trabalho, canalizar a pulsão para algo externo. Regulamentar o amor, deixar as coisas específicas dentro de uma ordem que não pode ser quebrada, mulher passa a ser o objeto para o homem obter a satisfação sexual, e a mulher não vai dispensar aquele que ela deu á vida, os filhos, construção de família na civilização.

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