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A MOTIVAÇÃO PARA ADOÇÃO

Por:   •  19/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.746 Palavras (7 Páginas)  •  551 Visualizações

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MOTIVAÇÃO PARA ADOÇÃO

Sumário

  1. Introdução_____________________________________________ 3
  2. Desenvolvimento________________________________________ 4-11
  3. Considerações Finais____________________________________ 12
  4. Referência_____________________________________________ 13

Introdução

O tema escolhido e abordado nesse trabalho apresentará os motivos mais comuns que levam um individuo a adotar uma criança.

A importância desse estudo, é afirmar que, não se pode negar a necessidade de uma família na vida de uma criança, sendo o processo de adoção, de valor essencial para a sociedade.

Abordaremos possíveis conseqüências em uma adoção com motivação errônea, onde o principal objetivo no processo, não foi o bem estar da criança e sim a intenção do adulto.

Segundo a Gabriela Schereiner (2000- pág1):

Adotar é reconhecer no filho gerado por outro, nosso filho. Olhar em seus olhos a procura não de uma cor conhecida, um formato herdado, mas o brilho do olhar de quem é amado e reconhecido como único.

Desenvolvimento

Em uma pesquisa realizada com pais adotivos foi traçado o perfil de indivíduos que adotaram ou desejavam adotar crianças, principalmente no que se refere às motivações.

Os resultados encontrados foram de que aproximadamente 91% dos casais estavam casados à época da adoção (legal e ilegal); 54,77% não possuíam filhos naturais devido à infertilidade ou problemas de saúde que traziam risco de vida à mãe e/ou ao bebê; 60,61% dos casais que possuíam curso superior completo ou incompleto tinham como motivação principal a ausência de filhos naturais; 65,79% dos casais que possuíam pouca escolaridade (até 8° série) adotaram com o objetivo de ajudar a criança.

Por meio desses dados, observa-se que as motivações parentais estão ligadas essencialmente à satisfação de interesses próprios. Nesse contexto, a preparação para a adoção faz-se necessária para a conscientização das motivações, desejos e expectativas do casal, além da compreensão das necessidades de uma criança e do seu desenvolvimento.

De modo geral, as motivações podem estar ligadas à concepção equivocada de que um filho pode ser objeto e ser utilizado para atingir outros fins que não a realização plena da paternidade/maternidade. É preciso estar muito seguro e consciente das dificuldades e dos conflitos que surgirão. Muitas pessoas vêem nos filhos adotados, ou que desejam adotar, a possibilidade de aumentar o número de filhos, fazer caridade, solucionar problemas conjugais, encontrar companhia, passando pela síndrome do ninho vazio, encontrar a realização pro criativa, complementar uma identidade pessoal, evitar a pressão social, substituir um filho que se perdeu ou simplesmente satisfazer o desejo de um dos cônjuges.

Portanto, neste trabalho, vamos apresentar algumas motivações e as possíveis conseqüências desagradáveis, caso o motivo real não seja proporcionar à criança tudo que ela precisa para sobreviver, além de muito amor e carinho.

Aumentar o número de filhos

Neste tópico analisaremos a situação de um casal ao adotar uma criança, mesmo já tendo filhos biológicos. Essa atitude às vezes pode não partir diretamente dos pais, e sim do próprio filho biológico.

O desejo de ter um irmão, a impossibilidade de uma segunda gravidez ou mesmo a vontade do casal pela adoção, podem ser algumas das principais motivações para que esse desejo seja realizado. O processo é o mesmo de uma segunda gravidez, o primogênito precisa ser acostumar com a ideia e entender que não será mais o único foco da atenção dos pais, porém deve ganhar dos adultos a certeza de que continuará recebendo amor, cuidado e proteção.

A chegada do novo filho,cria muitas expectativas para os pais, é um misto de emoções positivas e negativas, alegrias e medos, preocupação e dificuldades, afinal envolve o interesse de todo o grupo familiar e principalmente a aceitação do filho biológico.

Além disso, é preciso ter cuidado para não se dobrar frente às dificuldades de relacionamento entre as crianças, e ao sentimento com o filho adotivo de super proteção, pelo fato dele ser fruto de rejeição e abandono por parte das famílias biológicas. Nunca separar uma situação, por menor valor que ela tenha respaldado no fato de um ser o "queridinho, que chegou primeiro" tampouco o "coitadinho, que já sofreu tanto".  Tratá-los com igualdade, lembrando sempre de que independente das diferenças de características genéticas, eles são irmãos e são amados igualmente.

Motivado pelo ato de caridade

Para outras pessoas, tornar-se pai ou mãe por adoção é uma decisão que independe de possuir ou não filhos biológicos, mas sim o desejo de construir um lar ou de fazer o bem a quem precisa.

Deste modo, não se trata de ajuda humanitária, mas de sensibilidade social. Há alguns anos, esse tipo de motivação não era bem aceito. Hoje vale qualquer adoção que garanta a melhoria da qualidade de vida da criança que vive em diferentes instituições. Dentro da nova visão, a prioridade deve ser o respeito à prerrogativa de a criança ter um lar, ser amada.

 "Quem tem direito a ter uma família é a criança", afirma Lidia Weber, psicóloga, autora de Pais e Filhos por Adoção no Brasil. 1

1. Livro Adote com Carinho (2011)  Ed. Juruá.

Encontrar uma companhia

Temos relatos de pessoas que optaram pela adoção, motivados pela sensação de solidão, acreditando encontrar a companhia permanente em um filho. Contudo, vale ressaltar que é o adotante que deve companhia ao adotado. Se a motivação para essa adoção for diferente disso, com certeza a frustação é certa!

Conseguirão companhia por algum tempo, ou seja, enquanto a dependência do menor for acentuada, esse vazio estará preenchido, porém, na medida em que a criança ou adolescente se desenvolve, conquistando sua autonomia, o sonho da companhia, desfaz-se. 

“Se você precisa de um filho para preencher o seu vazio, arrume um cachorro!” (Gloria Maria).2

2. http://www.futilish.com/2014/12/a-geracao-das-mulheres-que-nao-querem-filhos/

Motivado pela Síndrome do Ninho Vazio

Quando finalmente o Ninho está vazio e parece ser hora de descansar, muitos pais que se veem com a casa vazia, mas ainda com fôlego e disposição de cuidar de crianças, estão optando pela adoção tardia.

Geralmente são crianças mais velhas ou que têm necessidades especiais. É raro uma pessoa mais velha adotar um bebê. Isso justamente se dá devido a maior necessidade do momento que é ter companhia e não buscar a realização pessoal ou porque está sendo pressionado etc.

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