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A Motivação Segundo As Perspectivas Históricas e Contemporânea

Por:   •  18/9/2019  •  Resenha  •  930 Palavras (4 Páginas)  •  270 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA – UFRB

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

GABRIELA MEDEIROS MOTA

RESENHA

A Motivação Segundo As Perspectivas Históricas e Contemporânea

Santo Antônio de Jesus – BA

2018

A história da motivação é um assunto tão complexo e ao mesmo tempo tão recente, menos de um século, que a compreensão sobre o tema foi uma tarefa árdua de ser completada, sofrendo modificações e aprimoramentos ao longo dos anos. Para discutir as dificuldades envolvendo o estudo do conteúdo, é imprescindível pontuar os fatos de que: não existiam cursos que tratassem sobre isso, e, o primeiro livro-texto a respeito da motivação só foi lançado no ano de 1964. Informações que ilustram ainda mais o motivo pelo qual existiam tantas incógnitas quando se tratava do conceito em pauta.

Os estudos em relação a motivação, tiveram o seu início com os importantes filósofos gregos: Platão, Aristóteles e Sócrates. Platão acreditava que a motivação acontecia a partir de uma alma, mente ou psique, sendo dividida em três partes de uma hierarquia, onde o nível mais alto era capaz de controlar o mais baixo e assim seguidamente. No nível inicial, encontrava-se a presença do apetite da alma, que basicamente lidava com os desejos corporais, como a fome ou o sexo. O segundo nível referia-se aos aspectos competitivos, como a honra e a vergonha. Já o nível mais alto da classificação, auxiliava na competência da tomada de decisões, como a razão e a escolha. Esta ideia, futuramente acabou por se relacionar com a psicodinâmica de Sigmund Freud.

Do mesmo modo, Aristóteles perpassou a teoria da alma tripartida de Platão, porém com algumas alterações nas nomenclaturas: nutritiva, sensível e racional. Ele acreditava que na concepção nutritiva, era onde aconteciam as necessidades relacionadas à subsistência da vida, sendo relacionada com o corpo. Já a concepção sensível, era relacionada ao prazer e a dor. E a parte racional, pertencia somente aos seres humanos, sendo referente ao intelecto e as ideias, definindo a vontade.

Estes conceitos foram reduzidos e alterados, e na época pós-renascentista, René Descartes trouxe o conceito de que a principal força motivacional era a vontade, e que se fossemos capazes de compreendê-la seríamos aptos a entender a motivação. Criando assim a grande teoria da motivação, a qual considerava que a vontade movia todas as ações. Porém, essa teoria acabou por ser reducionista pois a motivação foi limitada a compreensão da vontade. Visto que, os filósofos ao invés de superarem obstáculos acabaram por criar mais barreiras, para que por fim entendessem que a vontade é uma faculdade mental profunda e trabalhosa de ser desvendada. Diante disso, pesquisadores na década de 80, buscaram por um princípio motivacional mais entendível, saindo do campo da filosofia e encontrando na fisiologia o: instinto.

William James foi o primeiro psicólogo a disseminar a teoria instintiva da motivação, se baseando nos conceitos abordados por Darwin, e acreditando que a utilização da motivação acontecia de acordo com cada necessidade em um determinado ambiente. Necessitando então, apenas de um estímulo para que acontecesse um comportamento direcionado para a meta a ser concluída. Na geração seguinte, William McDougall propôs uma outra abordagem da teoria instintiva, porém de uma forma extrema de modo que os humanos não seriam capazes de fazer qualquer coisa sem o instinto. Essa teoria foi muito disseminada, acabando por diminuir os comportamentos aos instintos, como se as diversas experiências de vida não importassem nada quando comparadas ao mesmo.

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