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A PROJETO DE PESQUISA

Por:   •  26/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.280 Palavras (18 Páginas)  •  324 Visualizações

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Sumário

1.        INTRODUÇÃO        2

1.2 Contexto histórico        3

1.3 Conceito de deficiência        7

1.4        Políticas Públicas        8

1.5        O papel do Psicólogo        11

2.        OBJETIVOS        13

2.2  Objetivos específicos        13

4.        JUSTIFICATIVA        14

5.        MÉTODO        14

5.1 Participantes        15

5.2  Local        15

5.3 Instrumentos        15

5.4Aparatos        15

5.5  Procedimentos        15

5.6 Ressalvas Éticas        16

6.        CRONOGRAMA        17

REFERÊNCIAS        18

9.APÊNDICE        20

9.1        Questionário        20

9.2 Termo de Consentimento        22

  1. INTRODUÇÃO

        A deficiência física pode ser entendida como um problema individual, relacionada causalmente a lesão ou a doença e a experiência de ser deficiente; é vista como uma limitação do corpo o que interfere de algum modo em sua relação social. Dessa maneira a deficiência física se torna também uma questão social. A sociedade se torna responsável pelas desvantagens das limitações corporais ao não prever e se ajustar a elas de maneira realmente inclusiva. (BAMPI;GUILHEM; ALVES, 2010,p.3).

        A inclusão social e a garantia dos direitos das pessoas são temas intrínsecos aos direitos humanos. A inclusão social das pessoas com deficiências representa a valorização do aspecto da diversidade humana. (SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, 2012, p.12).

Para garantir esses direitos, ao longo das últimas décadas foram criadas diversas leis, um exemplo é a Lei n° 7.853/89: “que visa promover a integração social e as punições caso alguma empresa negar emprego a pessoas com deficiência, ou não prestar assistência hospitalar”. (PAGLIUCA; ARAGAO; ALMEIDA, 2007.p.582).

Apesar da legislação existente e do conjunto de normas disponíveis, observa-se que ainda existem a falta de comprometimento em cumprir essas normas por parte das autoridades, estabelecimentos públicos e privados. (PAGLIUCA; ARAGAO; ALMEIDA, 2007.p.581)

Frenk (1985 apud CASTRO et all, 2011.p.100 ) define a acessibilidade “como o produto da relação entre a disponibilidade efetiva de serviços de saúde e o acesso por parte dos indivíduos a esses serviços”.        

     A acessibilidade é essencial para que as pessoas com deficiência física possam ter acesso a seus direitos básicos previsto nas leis, entretanto, não é oferecida essa acessibilidade de maneira efetiva na maioria dos lugares, o que dificulta a inclusão social dessas pessoas.

1.2 Contexto histórico

Para fazer uma contextualização histórica sobre deficiência física deve-se pensar que todo conceito surge e é reforçado dentro de uma cultura. A cultura de cada povo influencia na maneira como se percebe as pessoas com deficiências físicas. (FERNANDES; SCHLESENER; MOSQUERA, 2011, p. 113).

A origem do termo “cultura” refere-se ao termo latino colere que significa “cultivar”, “habitar”. A maneira como se origina e evolui a cultura, irá definir o processo da educação de um povo. Isso significa que cultura e educação estão associadas.

         

          Cabe pensar a trajetória dos indivíduos com deficiência na perspectiva das produções de cultura dos povos. As pessoas que fugiam dos padrões da normalidade de cada época e em cada povo variaram muito. Junto com as particularidades de cada cultura, também podemos pensar sobre os pressupostos, preconceitos e estigmas sobre as pessoas com deficiências físicas  ao longo da história (FERNANDES;SCHLESENER; MOSQUERA, 2011,p. 133).

          Ao longo da história da humanidade, a imagem das pessoas portadoras de alguma deficiência era a imagem de deformação, a imperfeição humana, do corpo e da mente. (FERNANDES; SCHLESENER; MOSQUERA, 2011,p.134).

Segundo Gugel (2007 apud FERNANDES; SCHLESENER; MOSQUERA, 2011, p. 134).:

há relatos de pais que abandonavam as crianças dentro de cestos ou outros lugares considerados sagrados. Os que sobreviviam eram explorados nas cidades ou tornavam-se atrações de circos. O nascimento de indivíduos com deficiência era encarado como castigo de Deus; eles eram vistos como feiticeiros ou como bruxos. Eram seres diabólicos que deveriam ser castigados para poderem se purificar. Nesse período, a Igreja se constitui como um grande aliado dos deficientes, pois os acolhiam.

Como não se entendia o porquê as crianças nasciam com deficiências, as explicações mais aceitas eram associadas a questões religiosas, como castigos e misticismos.

           Na idade média os religiosos entendiam que os deficientes eram pessoas sagradas, suas marcas eram sinais de suas diferenças. Algo sagrado cercava a pessoa com deficiência de acordo com os pensamentos da época. A pessoa cega, por exemplo, podia ser tomada como adivinho. (INSTITUTO BRASILEITO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, 2008, p.28).

           No Império Romano, com o surgimento do cristianismo, adota-se a doutrina da caridade e amor. Assim, a Igreja buscou combater a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. (GUGEL,2007 apud FERNANDES;SCHLESENER; MOSQUERA, 2011,p.135). Sendo que no século IV, os primeiros hospitais de caridade surgiram e neles se abrigavam os indigentes e as pessoas com deficiências físicas e mentais.

No Brasil, existia a prática do abandono, como em várias culturas. Em 1726, surge a roda dos expostos, as crianças eram deixadas em locais de caridade religiosa, o anonimato de quem abandonava era preservado. Eram abandonadas as crianças rejeitadas, bastardas e ou com deficiência. (FERNANDES; SCHLESENER; MOSQUERA, 2011,p.135).

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