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A PSICOLOGIA CIENTIFICA E SEU PROCESSO DE AUTONOMIZAÇÃO NO BRASIL

Por:   •  17/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.555 Palavras (15 Páginas)  •  312 Visualizações

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BIANCA DE OLIVEIRA LEONARDO JUSTO RA: N375531

CAROLYNE CYNDEL INGLES BONINI RA: N263844

GIULIA BATISTELA RA: D66EHD0

LUMA BORGES

RESUMO DOS CAPITULOS I,II E III

“A PSICOLOGIA CIENTIFICA E SEU PROCESSO DE AUTONOMIZAÇÃO NO BRASIL”

SOROCABA 2018

A PSICOLOGIA CIENTIFICA E SEU PROCESSO DE AUTONOMIZAÇÃO NO BRASIL

No final do século XIX, a psicologia passou por transformações, juntamente com a sociedade brasileira.

O Brasil adquiriu o modelo republicano e ao mesmo tempo passava por desenvolvimento e pelo processo de industrialização do pais. Os brasileiros passaram a ter maior participação em questões políticas e culturais, contribuindo assim para o progresso e para a modernidade.

Já a psicologia adquiriu o estatuto de ciência autônoma; processo seguido de uma acelerada evolução. Na virada do século, ocorreu intenso desenvolvimento da ciência psicológica, tanto no plano teórico quanto no prático. A concomitância desses dois conjuntos de fatores, estabeleceu uma relação entre eles, em função da articulação entre a potencialidade e necessidade, permitindo assim um avanço na história da psicologia

Os problemas que o Brasil enfrentava, se agravaram e o processo do desenvolvimento do pensamento psicológico encontrou uma possibilidade de caminhar para sua autonomia teórica e prática. O desenvolvimento da ciência psicológica e a ampliação de seu campo de ação, maximizaram as possibilidades de a psicologia contribuir com respostas às questões que se impunham, contribuindo com soluções para os problemas relacionados à saúde, educação, e organização, no interior de uma formação social, buscando a modernidade representada pelo ingresso do Brasil no mundo industrializado.

 A psicologia se desenvolveu a partir de instituições médicas e educacionais, sendo essas, a base para seu desenvolvimento e conquistando assim sua autonomia em relação às áreas do saber, delimitando cada vez mais o seu objeto de estudo e seu campo de ação.

 A produção psicológica no interior de algumas instituições delineia-se com maior clareza, pela diferenciação de outras áreas de conhecimento, pela penetração das ideias e práticas já constitutivas do que era considerado como psicologia científica.

Muitos profissionais passaram a se dedicar exclusivamente à psicologia, sendo assim, considerados os primeiros psicólogos brasileiros, ministrando cursos, palestras e assistências técnicas específicas.

  • A psicologia em instituições médicas

As preocupações psiquiátricas foram se mostrando com maior clareza e delimitando mais explicitamente suas fronteiras com a psicologia no interior da medicina. ocorreram até criações de laboratórios de psicologia em instituições psiquiátricas.

 Os saberes psiquiátricos e psicológicos foram fatores fundamentais para que ambas as áreas adquirissem contornos mais nítidos é uma maior delimitação entre si. A situação do país era precária, no que se dizia respeito às condições de saneamento e saúde do povo brasileiro.

 Haviam muitas reclamações da medicina, por conta disso, foi desenvolvido um projeto com a finalidade de erradicar as inúmeras doenças infectocontagiosas. Nessa situação o pensamento psiquiátrico e psicológico, encontraram um terreno fértil para ampliar os conhecimentos por meio da higiene mental.

Sob influências dos estudos europeus, a loucura passou a ser estudada e tratada com base no alienismo. O pensamento psiquiátrico acreditava que os negros eram mais propensos a sua degeneração por sua inferioridade biológica. O alienismo expressava a medicina social e se preocupava com a pobreza, marginalidade social, crime e com a loucura e como solução bicavam por um controle sobre a massa urbana. A preocupação com a ordem urbana e com o progresso tiveram como base os princípios positivistas, excluindo assim, do convívio social aqueles que eram denominados “desordeiros”

O hospício de juquery foi o representante em São Paulo do pensamento psiquiátrico hegemônico no Brasil. O hospício vai abandonando sua preocupação com a loucura e assume tarefas no que se diz respeito ao controle da força de trabalho. A psiquiatria e a psicologia, tratam sob fundamentos diversos, fenômenos de uma mesma natureza que é inquestionável, havendo intersecções entre o objeto de estudo e o ponto de vista prático, buscando responder às suas demandas

Após a proclamação da República o hospício Pedro II passou a ser chamado de hospital Nacional dos alienados. Após a detecção de inúmeros problemas na instituição, foi necessário a troca da direção na qual Inaugurou fundamentos teóricos, práticos e institucionais que contribuíram com um sistema psiquiátrico coerente. Esse hospício pode ser visto como o primeiro no Brasil que tratou a loucura do ponto de vista eminentemente médico. Em 1907 foi criado nesse hospício o segundo laboratório de psicologia. O primeiro teria sido o Pedagogium, no qual abrigava criminosos loucos. O vínculo com a psicologia concretiza a existência deste laboratório e ele é visto como produtora de conhecimentos psicológicos abrigando profissionais que produziram grandes obras através da vivência neste hospital.

         A colônia dos psicopatas do engenho de dentro produziu contribuição psicologia por meio fértil laboratório no qual foi patrocinado pela Fundação Gaffrée Guinle.

O laboratório tinha vários funcionários com a instituição de auxílio médico, auxílio nas necessidades reais e práticas, de pesquisa científica do tico para a formação de novos psicólogos. A preocupação com a formação de novos psicólogos e a difusão do conhecimento psicológico. O trabalho clínico e a aplicação da psicologia a questões relacionadas ao trabalho executados dentro do laboratório contribuíram para o reconhecimento da autonomia científica e prática da psicologia no Brasil.

A colônia foi uma das mais importantes instituições que geraram condições para o estabelecimento da psicologia no Brasil quer pela consolidação desta área do saber como ciência ou em relação ao reconhecimento da sua autonomia teórica e prática.

A Liga Brasileira de higiene mental era formada pelos mais eminentes psiquiatras intelectuais da época, com objetivo inicial melhorar assistência ao doente mental. Esse objetivo foi cedendo lugar ao ideal Eugênio, A profilaxia e a educação dos indivíduos transferindo as ideias de doente para normal, de cura para a prevenção. A liga reconhecia a psicologia como ciência e a psiquiatria estimulava sua produção.

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