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A Paralisia Cerebral

Por:   •  29/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  935 Palavras (4 Páginas)  •  591 Visualizações

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Universidade Autónoma de Lisboa

3º Ano – Psicolinguística e Genética Experimental

Docente: Profª Cláudia Castro

Discente: Inês Silveira, nº 20130840

PARALISIA CEREBRAL

De acordo com Bobath (1990), a paralisia cerebral é definida como 'uma desordem do movimento e da postura devida a um defeito ou lesão do cérebro imaturo' [...].  A lesão cerebral não é progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da ação muscular, com resultante incapacidade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais. Esta deficiência motora central está frequentemente associada a problemas da fala, visão e audição, com vários tipos de distúrbios da perceção, um certo grau de retardo mental e/ou epilepsia.                                                                  A característica básica da paralisia cerebral é que a lesão interfere no processo maturativo do sistema nervoso central, pois o cérebro é afetado antes de ter alcançado seu desenvolvimento pleno, ou seja, antes, durante ou após o nascimento, até que se complete a maturação neurológica. (Bobath, 1990, p.l).                                                 Embora as sequelas da paralisia cerebral sejam fundamentalmente de ordem motora, existe um elevado índice de crianças portadoras de tal enfermidade que apresentam comprometimentos linguísticos.                                                Quando um indivíduo apresenta alterações linguísticas, a linguagem é encarada pela área médica como um objeto de diagnóstico, ou seja, um sinal que indica a existência de algum dano orgânico, geralmente relacionado com lesões cerebrais e/ou com órgãos fona articulatórios.

Em casos específicos de alterações linguísticas em crianças portadoras de paralisia cerebral essa situação não se modifica. A medicina tem como preocupação fundamental detetar a origem dessas alterações.                                                        Para Tabith (1995), a paralisia cerebral está frequentemente associada a retardos de linguagem, com graus de severidade variáveis, em função da interferência de fatores tais como: problemas percetuais, distúrbios de audição, envolvimento dos centros cerebrais relacionados com a linguagem, deficiência mental e aspetos ambientais.

A deficiência mental, para o autor, também pode determinar comprometimentos linguísticos em crianças com paralisia cerebral, pois muitas delas apresentam, no seu ponto de vista, um desenvolvimento intelectual anormal. Nos termos de Tabith (1995), "o desenvolvimento intelectual é um dos pré-requisitos básicos para a aquisição da linguagem". Nesse sentido, propõe a aplicação de testes psicológicos para que, somente então, sejam estabelecidos os objetivos terapêuticos e o prognóstico da educação e reabilitação de tais casos.

A causa do retardo de linguagem em quadros de paralisia cerebral pode estar relacionada, segundo o autor, os aspetos ambientais. Assim, sugere que a criança necessita de modelos linguísticos apropriados para poder desenvolver sua linguagem. Segundo seu ponto de vista, métodos de estimulação inadequados podem desencadear atrasos no desenvolvimento linguístico da criança.

Ao propor um método terapêutico a ser desenvolvido com crianças portadoras de paralisia cerebral, Tabith (1995) afirma: o ensinamento da linguagem deverá passar por uma fase prévia na qual a criança é ensinada e adestrada na execução de diversas atividades: chupar, mascar, soprar e aspirar por um tubo, beber e fazer exercícios de ginástica com a língua entre outros.                                                                

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