A Psicologia Hospitalar
Por: fasousa28 • 27/11/2018 • Monografia • 3.186 Palavras (13 Páginas) • 195 Visualizações
Perda gestacional e neonatal
Resumo
Esse trabalho foi desenvolvido com o intuito de identificar os principais aspectos a serem enfrentados por familiares no momento imediato à perda gestacional ou neonatal, bem como refletir sobre a conduta do profissional da área da Psicologia e a equipe da obstetrícia . O lidar com a morte e com o luto é subjetivo de cada individuo, não vamos encontrar um manual com os procedimentos a serem adotados , lidar com sepultamento, atestado de óbito e parte burocrática é um momento que consome a família. Nesse momento a família tem a decisão ter ou não contato com o bebê morto, conflito sobre tomar decisões quanto a ter ou não mais filhos, ambivalência frente à alta hospitalar e importância da presença de familiares ao longo do processo da perda. Reflete-se sobre cada um destes aspectos, salientando a importância da atuação de uma equipe hospitalar continente nos momentos imediatos a perdas na gestação.
Palavra Chave: Luto; Perda Gestacional; Perda neonatal; Morte; Equipe hospitalar; psicologia.
Abstract
This work was developed with the aim of identifying the main aspects to be faced by family members at the time the gestational loss or neonatal as well as reflect on the conduct of professional psychology and the team of obstetrics. The deal with death and grief is subjective to each individual, we will not find a manual with procedures to be adopted, dealing with burial, death certificate and bureaucratic is a time consuming family. At that time the family has the decision or no contact with the dead baby, conflict over decisions about whether or not children, ambivalence front discharge and importance of family presence during the grieving process. Reflected on each of these aspects, highlighting the importance of the work of a hospital team in immediate losses moments continent in pregnancy.
Keyword: Grief; Gestational Loss; Neonatal loss; Death; Higher team; Psychology
Conteúdo
Perda gestacional e neonatal 2
Resumo 2
Abstract 2
Introdução 4
Objetivo 5
Justificativa 5
Método 6
Discussão 10
Considerações finais Erro! Indicador não definido.
Referencias Bibliográficas 11
Anexos 18
Introdução
Existem várias fases na vida de uma mulher, mas a maternidade é considerada uma das mais marcantes, é o inicio de um novo ciclo de vida, construção de sonhos e projetos futuros. Por isso a gestação e o parto costumam se associar-se a fantasias e tendem a construir episódios fundamentais na história da mulher.
De acordo com (CUNHA 2015), alguns estudos sobre perda gestacional indicam que, sendo a mulher a pessoa que carrega o bebê em seu ventre, pode manifestar maior sentimento de culpa em relação à perda, se comparada ao homem.
A perda de um bebê durante a gestação ou logo após o seu nascimento, é um fato marcante na vida de um casal, por momentos traumatizante que serão lembrados e temidos em uma próxima gestação.
A perda não passa apenas pelo bebê, mas também por todas as fantasias e expectativas que se criaram ao longo de vários meses, por vezes, antes mesmo de sua concepção (SANTOS 2015).
Esses processos de luto tanto gestacional, quanto o neonatal se tornam complexos, pois nem sempre o luto pela perda de um feto é devidamente reconhecido e validado pela sociedade. Portanto é fundamental a saúde psíquica da mãe, o reconhecimento dessa perda, tanto a mulher quanto o homem precisam ser acolhidos em sua dor e necessitam de um espaço para chorar, ficar triste, com raiva e revoltar-se com a realidade tão dolorosa que se vivencia. Existem processos realizados para a dor ser amenizada como rituais.
O ritual é definido com ato simbólico no qual se termina o processo da morte, confere significado a certos eventos da vida ou experiências. Permitem que a comunidade testemunhe e interprete um acontecimento. Os rituais são um direito frequentemente, negado aos enlutados por perda não reconhecida. De modo geral, o luto é considerado finalizado quando a pessoa enlutada consegue falar da perda sem dor. Entende-se que isso significa que o afeto daquela relação já foi reinvestido, de modo que pode ser observada a saudade e até mesmo tristeza, mas não o mesmo aspecto doloroso de antes (WONDEN 1998). Pretende-se com esse estudo, aprofundar os conhecimentos e intervenções sobre esse tipo de luto, auxiliando no entendimento de algumas particularidades da vivencia da perda gestacional e neonatal.
Objetivo
O objetivo desse trabalho é o de despertar o conhecimento relacionado ao luto na perda gestacional e neonatal, assim como, desenvolver o conhecimento das ferramentas disponíveis para apoiar pais enlutados e familiares na elaboração do luto e as formas de acolhimento que podem ser oferecidas nesse momento, e também, propor uma reflexão quanto ao preparo dos profissionais de saúde frente ao processo de perda gestacional e neonatal.
Justificativa
O tema perda gestacional e neonatal foi de suma importância para nós futuros psicólogos, pois começamos a analisar as perdas, entender o luto e respeitar a dor do próximo. A partir desse estudo passamos a ter uma melhor percepção em relação ao luto não reconhecido pela sociedade.
O tema abrange grande parte da população, pois todos conhecem alguém que já passou por uma perda ou por um luto não reconhecido.
Entretanto devemos divulgar e conscientizar toda a comunidade que nos rodeia, podemos usar como exemplo as irmãs Larissa Rocha e Clarissa que passaram por perdas gestacionais. Ambas tiveram abortos espontâneos e resolveram dar voz a essa dor criando um site onde todos compartilham suas perdas, outro exemplo é a mãe de José que escreveu o lindo livro “Até breve, José” contando suas experiências com o intuito de ajudar outras famílias que passaram pela mesma situação dolorosa.
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