A Psicologia Hospitalar
Por: Cleidiane Almeida • 10/9/2019 • Resenha • 459 Palavras (2 Páginas) • 143 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A psicologia hospitalar se desenvolve atualmente em meio a um cenário que se caracteriza pelo surgimento de um interesse recorrente em humanizar os serviços de saúde, propondo práticas alternativas e intervenções mais humanas.
Essas intervenções visam auxiliar o tratamento medicamentoso, buscando acelerar o tempo de recuperação e promoção do bem-estar, o que consequentemente otimiza o uso dos leitos nos hospitais (BRASIL, 2013).
Nesse contexto as necessidades e demandas da psicologia, foram surgindo no campo da saúde de forma natural com o passar dos anos, ao serem encontrados limites às intervenções médicas comuns (PIRES & BRAGA, 2009).
O que contribuiu para que na contemporaneidade o modelo mais bem aceito em prática nos hospitais, seja o da equipe multiprofissional, nele o psicólogo se encaixa como parte deste grupo que discute e planeja as intervenções, afim de que o cliente receba o melhor tratamento para sua enfermidade, levando em consideração as diferentes esferas que o compõe – biológica, psicológica e social (PEDUZZI, 2001).
Segundo Pires & Braga (2009), algumas contribuições da psicologia às pessoas envolvidas no contexto hospitalar podem ser o suporte à equipe de saúde, e, o cuidado com os aspectos psíquicos da pessoa hospitalizada e de seus familiares, seja com o atendimento psicoterápico ou com a elaboração de atividades para trabalhar essa situação totalmente nova que está sendo vivenciada.
Nesse sentido, Vieira (2010) afirma que a atuação do psicólogo no contexto hospitalar, não se refere apenas à atenção direta ao paciente, refere-se também à atenção que é dispensada à família e a equipe de saúde.
Sabendo que a hospitalização, na maioria das vezes, gera um momento de crise na família que possui um parente internado, este torna-se um fator que demonstra a necessidade da extensão do cuidado para além do cliente, levando em consideração a saúde de ambos, família e paciente.
Salienta-se a “importância da força afetiva da família, pois ela representa os vínculos que o paciente mantém com a vida e, é, quase sempre, uma motivação para o paciente no enfrentamento da situação de crise”. (CHIATTONE, 2006, p. 32).
Portanto para Chiatone (2006), fortalecer o familiar no enfrentamento desse momento doloroso, está ligado diretamente a proporcionar bem-estar e confiança ao paciente que tomado pelas circunstâncias possuem como único elo entre o conhecido (vida) e o desconhecido (morte) a própria família.
Segundo Jurkiewicz (2003), a doença, a internação, o afastamento de familiares, a espera, o abandono e principalmente a impotência e o desamparo, são indicativos de que a internação no hospital geral se caracteriza como situação de risco, também psíquico.
Dessa forma, o papel da psicologia nos hospitais, bem como o de diversas outras áreas do conhecimento que cresceram dentro do campo hospitalar, é de trabalhar e cuidar de áreas, que eram por vezes negligenciadas dentro de um ambiente focado na terapia medicamentosa.
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