A Psicologia do Desenvolvimento
Por: Marcela Fernandes • 11/4/2017 • Trabalho acadêmico • 2.637 Palavras (11 Páginas) • 279 Visualizações
SUMÁRIO
1. Introdução teórica 03
2. Métodos 06
a) Sujeito 06
b) Instrumentos 06
c) Aparatos de pesquisa 06
d) Procedimentos 06
3. Resultados 07
4. Discussão 08
5. Conclusão 09
6. Referências Bibliográficas 10
7. Anexos 11
Introdução
Nesse trabalho, apresentaremos comentários, resultados e conclusões do primeiro trabalho desenvolvido em campo, que consiste na observação de uma criança na faixa etária de três anos de idade (segunda infância). Baseado no conhecimento adquirido nas aulas da disciplina P.D.C.V. (psicologia do desenvolvimento humano: ciclo vital) e também através da leitura do livro “Boyd, a criança em crescimento”. Ao longo do trabalho relataremos em detalhes sobre os aspectos físicos, perceptual, cognitivo, social e a personalidade da criança observada.
A segunda infância é um marco de extrema importância para os pais e para as crianças. É a fase em que nós nos impressionamos com os movimentos da criança. “Elas sobem nas coisas, arremessam coisas, correm, saltam, e constroem fortalezas usando blocos”. (Denise Boyd e Helen Bee, 2011, p.201).
São perceptíveis mudanças físicas ao longo dessa fase, as crianças ganham peso e altura, porem é mais sutil, comparado com a primeira infância, pois a tendência do crescimento é ir se estabilizando cada vez mais.
Uma das maiores mudanças ocorrerá no desenvolvimento motor, pois a criança será capaz de realizar atividades como, por exemplo: correr, pular, empurrar, desenhar, andar de bicicleta, entre varias outras, possibilitando uma maior independência e capacidade exploratória. Outro ponto importante é que nesse período de 2 a 6 anos, vai haver a preferência no uso de uma das mãos (tendência de utilizar a mão direita ou esquerda), definindo se a criança vai ser destra ou canhota.
Segundo Piaget a criança entra no estagio pré-operatório do desenvolvimento cognitivo da qual as crianças constroem esquemas simbólicos, tais como linguagem e fantasia, que utilizam para pensar e comunicar-se.
As mudanças na linguagem serão avançadas, as crianças que entram no período da segunda infância começam produzindo um numero limitado de palavras e frases, mas sairão com a linguagem ampla e desenvolvida. Segundo Vygotsky a criança de 2 a 3 anos se encontra no estagio da psicologia ingênua, onde se caracteriza o uso da linguagem sem compreensão de sua natureza simbólica.
O processo de socialização será muito importante nessa etapa, a criança começará a frequentar a pré-escola, desenvolvendo mais aspectos sociais. A criança que passava a maior parte do tempo brincando sozinha vai começar a brincar em grupos de crianças da mesma idade, aprendendo a conviver em sociedade. Haverá novas habilidades desenvolvidas, como a percepção de pessoas (capacidade de classificar os outros de acordo com categorias como traços, idade, gênero e etnia), compreensão de regras, compreensão de intenções, e sua autocompreenção (self categórico, emocional, e social).
O self categórico aparece desde a primeira infância e sendo que na segunda, ele sofre um amadurecimento. A criança cada vez mais vai se autocaracterizando, podendo se descrever fisicamente e falar dos seus gostos, como por exemplo, sua brincadeira favorita ou seu desenho predileto.
Self Emocional se caracteriza principalmente na regulação emocional, que é a capacidade de controlar os estados emocionais. Outra característica do self emocional é a empatia que é desenvolvida na segunda infância, onde a criança consegue identificar o sentimento do outro e também corresponder a esse sentimento. É também nesse contexto que pode ser construído o sentimento de solidariedade da criança, onde a mesma sente tristeza ou preocupação por outra pessoa. Além disso, as crianças dessa fase começam ter consciência do certo e errado de acordo com sua cultura, gerando sentimentos morais, como por exemplo, vergonha, culpa e orgulho.
De acordo com os estágios do desenvolvimento de empatia propostos por Hoffman “A criança de 3 anos se encontra no estagio de empatia pelos sentimentos de outra pessoa. “A partir dos 2 aos 3 anos e continuando durante os primeiros anos de escola, as crianças percebem os sentimentos dos outros, correspondem parcialmente àqueles sentimentos e respondem ao sofrimento dos outros de modos não egocêntricos. Durante esse período, as crianças se tornam capazes de distinguir um leque mais amplo de emoções”. (Denise Boyd e Helen Bee, 2011, p.271).
Self social, a criança começa a entender os papeis sociais, desenvolvendo mais suas habilidades sociais. É nessa fase que a criança começa brincar em grupos, interagindo com as outras crianças. Um ponto importante é o brincar sociodramático, que as crianças fingem assumir papeis, como brincar de casinha, escolinha. Essas brincadeiras são extremamente saudáveis, além de contribuir para a compreensão de papeis, ajuda as crianças a ser mais independentes.
Métodos
- Sujeito
A criança observada do sexo feminino possui três anos de idade, a mesma vive com seus pais e duas irmã, sendo uma de 13 e a outra de 15 anos. Seu nível sócio econômico é de classe media baixa, onde somente seu pai possui a renda fixa para o sustento da casa. Na maior parte do tempo ela passa com a sua mãe em casa, ou vai para a escolinha na parte da manhã.
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