A Psicologia do Desenvolvimento
Por: patita • 4/6/2015 • Trabalho acadêmico • 836 Palavras (4 Páginas) • 261 Visualizações
Faculdade Anhanguera de Bauru
Psicologia
Caroline Sophie do Amaral-RA: 8686294017
Gabriele Camargo da Gama -RA: 8463186691
Patrícia Apda. Simões Ramos - RA: 8417985738
Priscila Moreira – RA: 8430115697
Atividades Práticas Supervisionadas (ATPS)
Psicologia do Desenvolvimento
Prof. Adriane Folkis Pontalti
BAURU/ SP
2015
O Método Biográfico em Sartre: Contribuição do Existencialismo para a Psicologia
O inicio do século XX foi marcado pelo questionamento do desenvolvimento de algumas disciplinas que buscavam se consolidar como ciência e uma delas era a Psicologia. Vários teóricos como Vigotski e Politzer, questionavam o divisão ou subdivisão entre a subjetividade e objetividade em sua linha de pensamentos sem conseguir evoluir de maneira positiva.
Sartre buscando a como base a fenomenologia, adere ao movimento crítico e faz da crítica e da elaboração de novos fundamentos da psicologia um dos elementos constantes de sua obra, perseguindo a constituição de uma nova teoria para a Psicologia.
Na abordagem biográfica, a principal fonte de estudos é a própria vida do autor. Segundo Sokal, esse tipo de perspectiva é importante por abordar aspectos internalistas e externalistas, pois virão a tona, situações pessoais e sociais vividas na época.
Diferente do que aborda Husserl na fenomenologia, Sartre defende a idéia de que existe uma relação entre Homem/História. Sartre foi certamente influenciado pela sua história no desenvolvimento de sua pesquisa. E a teoria sartriana por tanto afirma que o sujeito somente poderá ser compreendido levando-se em conta sua história. Basicamente a psicologia existencialista pauta-se nessa antropologia, vida social, família, grupos de convívio.
A compreensão do se Humano vai além da escuta de sua fala, é preciso envolver-se em sua história, nas marcas que trás de sua vida. Nesta concepção o concreto é a história, e a ação humana e a história vivem numa dialética. Os fatos, ou os fenômenos acontecidos na vida de um ser humano nunca são isolados, sempre estão entrelaçados ou envolvidos um no outro.
Sartre então, defende a psicanálise como um método que permite estudar o ser humano dentro desse contexto histórico pessoal, ou seja, a fase da infância pode sim influenciar a vida adulta. Também pode se conceber que um indivíduo não pode ser compreendido sem levarmos em conta a relação grupo/indivíduo. O ser é influenciado pelo ambiente e por sua vez também o influencia. Sendo assim o homem faz história ao mesmo tempo em que é feito por ela. Nem por isso significa que a história está sob seu poder, é importante levar em conta que ao conviver em grupo, e levar em consideração essa convivência o outro também “faz”!
A história faz com que o homem se objetive nela e as vezes até se aliene, e as vezes parece que tem uma força desconhecida que o impulsiona e influencia em suas ações. A ação humana sustentada nas condições dadas sempre influencia e transforma o mundo, isto porque o homem sempre faz alguma coisa com o que fizeram dele, ou sempre responde a um “estímulo” causado por uma atitude de outra pessoa. Uma história não conhecida poderá trazer problemas, pois quando se conhece os terrenos pisados melhores os passos serão dados.
No existencialismo a ação de um sujeito não pode ser julgada pela sua intenção e sim quando essa intenção ou esse projeto torna-se concreto, realizado em fim. Um projeto é uma apropriação subjetiva da objetividade, cujo sentido é objetivar-se em atos, concretizar, realizar.
Este projeto pode ser gerido desde a infância e tomar diversas facesao longo da vida. A experiência e vivencia pode moldar de diversas formas um determinado sonho ou projeto até a vida adulta.
Sartre por volta da década de 40 propõe então uma dialética entre o existencialismo e a psicanálise. Para ele a vida discorre em forma de espiral, passa pelo mesmo ponto várias vezes em níveis diferentes.
O método biográfico de Sartre é basicamente diluição de abordagem psicanalítica e existencial, pois demonstra como a atuação do ser homem em uma atualidade carrega traços de experiências passadas, de sonhos ou projetos que estão sob sua gestão e também, experiências ou escolhas que não estão sob sua gestão, ou seja, foram decidida por outro ou outros que convivem em um grupo, uma vez que coexistimos.
Conclusão
A Psicologia clínica tem muito a ganhar com a metodologia de Sartre, uma vez que não é possível compreender um indivíduo em uma realidade singular e tão somente subjetiva. Existe uma dialética entre objetividade e subjetividade tanto quanto a progressão e regressão. O homem deve ser compreendido em sua individualidade e coletividade, pois o ambiente o influencia a também é influenciado pelo homem.
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