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A Psicologia escolar e educacional em busca de novas perspectivas

Por:   •  23/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  451 Visualizações

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O médico higienista na escola: as origens históricas da medicalização do fracasso escolar.

Psicologia escolar e educacional em busca de novas perspectivas.

Devido à grande influência europeia no ensino de medicina no brasil no século XIX, os médicos observaram a falta de higiene urbana e começaram a levantar estudos de higienização da sociedade no âmbito escolar.

No século XX a segregação dos anormais era prática social de competência médica, onde os mesmos tiveram uma grande participação na constituição teórica e instrumental da psicologia educacional.

 

Que então passa a definir regras para um novo modelo de organização e funcionamento escolar.

“Do ponto de vista histórico, a psicologia escolar e educacional permaneceram como campos distintos: a primeira como campo da prática e a segunda enquanto área de pesquisa em psicologia”. (pag. 179)

Passou então a ser criticada, pois foi considerado que teoria e prática são indissociáveis.

Para os médicos higienistas a educação seria uma forma de instaurar uma ordem e civilizar o homem no meio da sociedade.

Na década de 1980 os psicólogos passaram a repensar na necessidade de reformulações nos referencias teóricos nas questões voltadas à escola, no intuito de promover práticas pedagógicas de uma melhor qualidade.

As críticas fortaleceram o campo da psicologia escolar, ampliando seu campo de intervenção e pesquisa.

A idéia de regeneração teve influência nas teorias raciais onde procuravam explicações para a desigualdade social e natural embasando-se em diferenças biológicas entre as raças.

O profissional então passou a compreender o fenômeno educacional oriundo das relações que são estabelecidas dentro da escola, Instituição essa atravessada por questões políticas e históricas.

Os médicos higienistas brasileiros baseando-se nas teorias raciais, tomaram a ideia para si, sem uma análise crítica do contexto onde estava sendo aplicada.

Ao contrário do modelo médico a psicologia vê a necessidade de buscar novos referencias teórico-metodológicos, para a compreensão e adaptação da criança no ambiente escolar.

Houve também a necessidade da consolidação da psicologia e a constituição de sua identidade na mesma.

A higiene escolar passa a ser considerada a maior relacionada ao tema de higiene pública e higiene geral. Onde o fracasso escolar era visto como consequência da desnutrição e disfunção neurológica.

Com as reformulações da atuação do psicólogo escolar/educacional oriundas das críticas, tornou –se necessário a luta dos profissionais por uma escola democrática e de qualidade social, onde ocorra a formação de um cidadão critico com pensamentos científicos na direção de uma sociedade democrática.

“Em 1869 a Higiene pública é definida como prevenção de doenças. Em 1885 a concepção higiênica passa a ser a preservação da saúde do corpo e do espírito. ” (pag.141) (Não adoecimento das crianças).

Em 1898 higiene passa a ser considerada a magna questão que soluciona “o problema social”. ” (pág. 141) (elevar a educação brasileira a um nível das nações civilizadas).

Houve uma intensa procura da psicologia por um referencial teórico que pudesse explicar o processo da escolarização, constituídos pelos processos pedagógico, relacional e institucional. Que também pudesse explicar o desenvolvimento humano e aprendizagem como processos indissociáveis, articulados nas dimensões histórica e psicológica de cada indivíduo.

Os médicos higienistas criticam o modelo escolar do brasil, onde apresenta uma contrariedade criando seres deformados e raquíticos devido à falta de higiene.

Houve a construção de uma prática psicológica frente a queixa escolar, que deve ser considerado a demanda educacional, a participação de todos os setores do processo educativo e do fortalecimento do trabalho do educador.

A higiene escolar teria como objetivo o aperfeiçoamento da raça, influenciado pelas “teorias raciais” no pensamento médico.

Os avanços nos referenciais teóricos reformularam o objetivo da psicologia escolar/educacional, visando o encontro entre o psicólogo e a educação.

Em 1895 o papel do médico se intensifica nas escolas, controlando as doenças e “perversões” dos alunos (ananismo e pederastia), como defensores da moral.  

 

Houve ampliação no campo da psicologia escolar/educacional, destacando-se nas áreas emergentes as instituições educativas, educação inclusiva, direito da criança e do adolescente, direitos humanos e educação e saúde.

O modelo ideal de escola seria a escola higienizada, e precisa estar de forma efetiva em todas as suas dimensões. (Aluno, corpo docente e a instituição)

Tornando-se uma obsessão da medicina, controle absoluto.

Cabe ao psicólogo escolar/educacional compreender que as queixas escolares não são meros reflexos de problemas emocionais, mas sim das relações escolares.

Os médicos higienistas afirmavam que classes populares, de pobres e não-brancos seriam incapazes de escolarização. Onde crianças trabalhadoras são mais debilitadas, apresentando desnutrição e doenças e consequentemente teria problemas na escolarização, ao não ser que houvesse uma intervenção médica.

O compromisso profissional do psicólogo é promover a emancipação.

O fracasso escolar em relação a criança são problemas em sua grande maioria resultante de questões temporal, política e social em que vivem.

O papel do psicólogo escolar, não é patologizar o estudante, mas sim ajuda-lo a adaptar-se no ambiente escolar.

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