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A Psicopatologia Psiquiátrica e Psicofármacos

Por:   •  5/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.407 Palavras (10 Páginas)  •  355 Visualizações

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Faculdade Pitágoras Divinópolis MG

Curso de Pós-Graduação – Psicanálise e Saúde Mental

Disciplina:   Psicopatologia Psiquiátrica e Psicofármacos

Professor:   Wladimir

Pós graduandas:    Francielle Orsini Rabelo

                               Luciana Dias da Silva

SINOPSE DO FILME GAROTA INTERROMPIDA

O filme é baseado em fatos reais da história de vida de Susanna Kaysen que é uma escritora norte-americana conhecida por ser autora do livro Garota Interrompida (Girl, Interrupted) nessa obra Susanna relata as suas experiências em um hospital psiquiátrico, na década de 1960.  O Filme foi lançado em 1999 nos cinemas e interpretado pela atriz Winona Ryder.  

Devido à transição da adolescência para a vida adulta, tem vários conflitos psicológicos e problema de comportamento. Ingeriu um frasco de aspirina e uma garrafa de vodka, caracterizando um suicídio.  Com esse comportamento seus pais a levaram a uma sessão com um psicanalista. Susanna Kaysen foi diagnosticada como vítima de Transtorno de Personalidade Limítrofe (ou borderline).

Foi enviada para o Hospital Psiquiátrico Claymoore, onde permaneceu por dois anos. Ela conhece uma nova realidade, outro conceito de mundo, outras garotas com diversos transtornos: Georgina Tuskin (Clea DuVall) é uma mentirosa patológica, Daisy Randone (Brittany Murphy) foi abusada sexualmente e é viciada em laxantes, Janet Webber (Angela Bettis) é anoréxica, Polly “Torch” Clark (Elisabeth Moss) é uma vítima de queimadura que tem um comportamento infantil. E Lisa Rowe (Angelina Jolie), uma sociopata que manipula todos a sua volta, e se torna grande amiga de Susanna e sempre uma tenta ajudar a outra.

Conforme a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 nos define o seguinte conceito:

F60. 3 Transtorno de Personalidade emocionalmente instável.

                                      È um transtorno de personalidade no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente sem consideração das consequências, junto com instabilidade afetiva. A capacidade de planejar pode ser mínima e acessos de raiva intensa podem com frequência levar a violência ou a “explosões” comportamentais; estas são facilmente precipitadas quando atos impulsivos são criticados ou impedidos por outros. Duas variantes desse transtorno de personalidade são especificadas e ambas compartilham esse tema geral de impulsividade e falta de autocontrole.

 

A personagem do filme Susana Kaysen apresenta essa instabilidade de humor, relacionamentos interpessoais conturbados, teve a tentativa de suicídio quando ingeriu um frasco de aspirina com uma garrafa de vodka, vários atos impulsivos, apresentava explosões, raiva e ofende quem está ao seu redor, conflitos psicológicos, e sexo com mais de um parceiro, dentre outros, que se apresenta no decorrer do filme. Todas essas características apontam para um transtorno de personalidade Limítrofe conhecida como Borderline; como define a classificação abaixo:

F60. 31 Tipo borderline (limítrofe)

                                         Várias características de instabilidade emocional estão presentes; em adição, a autoimagem, objetivos e preferências internas (incluindo a sexual) do paciente são com frequência pouco claras ou perturbadas. Há em geral sentimentos crônicos de vazio. Uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos e instáveis pode causar repetidas crises emocionais e pode estar associada com esforços excessivos para evitar abandono e uma série de ameaças de suicídio ou atos de autolesão (embora esses possam ocorrer sem precipitantes óbvios).

                                         Inclui: personalidade (transtorno) borderline (limítrofe)

Nota-se o sentimento de vazio e as dúvidas que tem sobre as situações, as pessoas, sobre ela mesma, não sabe o que senti quando o psicanalista a interroga. Tentou suicídio e negou várias vezes, disse que tomou aspirina para acabar com a tristeza e não tentou se matar. Apresentava sexualidade casual, incerteza sobre seus objetivos, e era impulsiva nas atitudes.  Susanna ficou furiosa por ter sido separada de Lisa.

Após a morte de Dayse, Susanna ficou muito abalada não se sentia decente, indicando perturbação da identidade, caracterizada por instabilidade acentuada e persistente da imagem ou da percepção de si mesmo , porque não conseguiu enfrentar e fazer Lisa calar a boca, pois devido às falas de Lisa direcionadas a Dayse sobre o abuso que sofria e outras ofensas, Dayse se suicidou no quarto, e Susanna se sentiu culpada por não ter feito nada para impedir e tem uma crise emocional intensa.

Susana diz para a enfermeira “que tenta se encaixar e não consegue tenta sorrir e dói, como você se fere por fora para matar a coisa lá dentro.” Questiona como que vai se recuperar se nem mesmo ela, entende a própria doença... Se sente muito má, e chora intensamente são sentimentos muito avassaladores e pensamentos conflituosos.

Após conversar com a enfermeira começa escrever em seu diário tirando os pensamentos que a incomodava. Susanna diz “o pensamento é algo difícil de controlar... e começa a sentir as coisas de novo”, diz que só tinha um caminho de volta pro mundo era usar o lugar de falar... Susanna via a Dra. Wick três vezes por semana e deixava-a ouvir cada pensamento que vinha a sua cabeça e aos poucos vai recuperando o limite e consegue ter alta do hospital.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM -5

Cita as definições sobre o transtorno de personalidade.

                                        As pessoas com transtorno da personalidade borderline apresentam um padrão de relacionamentos instável e intenso (Critério 2). Podem idealizar cuidadores ou companheiros potenciais em um primeiro ou segundo encontro, exigir ficar muito tempo juntos e partilhar os detalhes pessoais mais íntimos logo no início de um relacionamento. Entretanto, podem mudar rapidamente da idealização à desvalorização, sentindo que a outra pessoa não se importa o suficiente, não dá o suficiente e não está “presente” o suficiente.                                          

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