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A REAÇÃO DA CRIANÇA FRENTE AO DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA, EM PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO

Por:   •  19/7/2022  •  Artigo  •  4.911 Palavras (20 Páginas)  •  72 Visualizações

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A REAÇÃO DA CRIANÇA FRENTE AO DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA, EM PROCESSO DE HOSPITALIZAÇÃO

Aluna xxx;

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O presente trabalho tem o objetivo de compreender as reações da criança diante do diagnóstico de leucemia, em processo de hospitalização, Para o alcance do objetivo fez- se necessário o conhecimento sobre o câncer e a leucemia; a caracterização das fases de desenvolvimento da criança e o procedimento de  internação em  uma  Unidade Hospitalar. Como metodologia, foi realizada uma pesquisa de revisão de literatura de cunho qualitativo, para a obtenção da fundamentação teórica. Ao final do trabalho, contempla-se algumas conclusões acerca da temática que direcionam para a criança que ainda não está com seu desenvolvimento social, cognitivo e emocional amadurecido o suficiente para interagir com o mundo externo, possibilitando uma diversidade grande de efeitos na criança a partir da informação recebida por ela que está acometida pelo câncer.

Palavras-chave: Criança. Câncer. Leucemia. Hospitalização.

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O presente Trabalho de Conclusão de Curso – TCC tem como propósito estudar como as crianças reagem diante de um diagnóstico de leucemia, ou seja, qual a reação da criança quando ela recebe tal notícia, e qual seu comportamento a partir dali sabendo que entrará em um processo de hospitalização. Diante disso, o trabalho terá como título: “As reações da criança frente ao diagnóstico de Leucemia, em processo de hospitalização”.

O trabalho tem como interesse a temática da oncologia infantil, que surgiu desde o início dos estudos acadêmicos do presente pesquisador. Além disso, tem-se como interesse pesquisar como as crianças conseguem lidar com a doença, como elas conseguem superar o fato de estar hospitalizada e ter que deixar seu lar. É relevante para a pesquisa, saber a relação da criança com a doença e não somente o papel da família e dos cuidadores.

O estudo tem importância tanto para a compreensão da criança no contexto hospitalar, como para as reações que se seguem a partir do diagnóstico de câncer. É importante saber como a criança vai vivenciar o dia a dia do hospital acarretado das consequências da doença. Além disso, o estudo tem importância para o desenvolvimento de possíveis trabalhos sobre essas reações, devido à grande dificuldade encontrada na pesquisa sobre o tema.

Entender as reações da criança diante de um diagnóstico de câncer, é preciso entender essa criança e como ela é constituída, ou seja, que fatores se inserem em seu desenvolvimento.

A história da criança desde a Antiguidade até a sociedade moderna, indica que a noção sobre infância surgiu desde o século XII ao XVII. No século XVII, o que se pensava sobre esse termo, começou a se aproximar da modernidade. Para ele, o conceito de infância se relacionava com o conceito de dependência, ou seja, a criança era criança quando necessitava de cuidados para sobrevivência (Ariès, 1981).

A criança mostrava que poderia ingressar na vida adulta quando tinha alguma autonomia, podendo ser entre os cinco ou sete anos, ou seja, a criança passava a ser considerada como um adulto pequeno, pois exercia funções de adultos, além de que os assuntos das pessoas mais velhas eram resolvidos na frente delas. A partir disso, a criança passou a conviver com os trabalhos domésticos e os valores humanos das famílias, logo, os sentimentos das crianças se dispersavam (Mota & Silva, 2011).

O câncer tem seus vestígios desde tempos antigos. Não existiam muitos conhecimentos sobre as doenças, e os médicos não tinham muita capacidade para evitar o sofrimento que ela causava. Foi somente com a escola de medicina de Hipócrates na Grécia, que essa doença foi definida com um tumor duro, e mesmo depois de retirado poderia reaparecer, se espalhando pelo corpo podendo ser letal. O câncer foi denominado como carcicoma ou cirro, e entendido como algo que desestrutura os fluidos que compõem o organismo (Teixeira & Fonseca, 2017).

A partir do século XV, o que se entendia por desestruturação ou desequilíbrio dos fluidos, passou a ser entendido como desequilíbrio da linfa, desde que foi descoberto o sistema linfático. A princípio, o pensamento que se tinha sobre a doença era apenas como um problema orgânico mais geral, em que os tumores se manifestavam visivelmente. No século XVIII, a visão sobre o câncer mudou, fazendo-se necessário o conhecimento sobre as células, um anatomista italiano Giovanni Battiste Morgani (1962-1771), definiu o câncer como uma doença alojada em determinada parte do corpo. Já um médico francês Marie François Xavier Bichat (1771-1802), mostrou que os órgãos são constituídos de diferentes tipos de tecidos, logo, compreendeu-se que existiam diferentes tipos de câncer. (Teixeira & Fonseca, 2017)

A partir disso, o médico Joseph Claude Anthelme Recamier (1774-1852), iniciou o conceito de metástase no câncer, ou seja, identificou-se que as células cancerosas invadiam a corrente sanguínea ou linfática dando origem a outros tumores no corpo. Depois de um período sem grandes descobertas de tratamentos eficazes, no ano de 1860 surgiu uma real

possibilidade de cirurgia, que era facilitada tanto pelos anestésicos como pelas técnicas de assepsia e anti-sepsia, desenvolvidas por Joseph Lister (1827-1912) (Teixeira & Fonseca, 2017).

Diante da contextualização histórica do tema, este trabalho também visa compreender as questões do câncer na criança, porém na perspectiva da percepção da criança quando recebe o diagnóstico de câncer, a luz da psicologia hospitalar.

O presente trabalho tem como objetivo geral compreender como a criança reage com o diagnóstico de Leucemia e nas diversas situações no decorrer do tratamento junto a equipe hospitalar e a família.

Para a realização do objetivo geral desse trabalho, torna-se necessário a realização dos objetivos específicos, os quais podem ser descritos como: conhecer a doença do câncer, para a compreensão de suas especificidades e ramificações, dentre elas a leucemia, a qual será focalizada. Após o estudo da doença, foi preciso caracterizar as fases de desenvolvimento da criança para se interligar sobre as reações que elas podem ter após saberem seu diagnóstico.

Além disso, definir as etapas do tratamento da leucemia, o que levará ao desenvolvimento do processo de conscientização da criança para o tempo de sua hospitalização. Continuando com os objetivos específicos, torna-se importante para o estudo conhecer os profissionais que compõem a equipe multidisciplinar responsável por esse tratamento que serão de grande ajuda no entendimento pela criança do seu diagnóstico e da apresentação das possibilidades de apoio familiar, nos aspectos afetivo, cognitivo e social.

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