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A atuação do psicólogo escolar nos casos de bullying

Por:   •  26/3/2022  •  Resenha  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  368 Visualizações

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A atuação do psicólogo escolar nos casos de bullying

     

        A resenha tem por objetivo analisar 3 artigos que tratam da atuação do psicólogo na prevenção e combate ao bullying, Os artigos foram extraídos do site Pepsic e da Scielo , por serem sites de referência na área da Psicologia.

        O Bullying é uma palavra de origem inglesa, é uma prática que compreende todas as atitudes violentas praticadas dentro ou fora das escolas. O Bullying é muito mais comum do que imaginamos e causa sofrimento e dor nas pessoas.

No primeiro artigo “Contribuição da Psicologia escolar na prevenção e no enfrentamento do Bullying “, a autora Alana Novais Freire que é psicóloga escolar, caracteriza o Bullying por atitudes ameaçadoras que afetam crianças e adolescentes. Apesar de o Bullying ocorrer nas escolas esse problema não deve se restringir somente ao campo escolar e sim em toda sociedade visto que gera problemas psicológicos na criança e no adolescente ao longo prazo.  

O bullying sempre existiu nas escolas, mas era visto como brincadeiras entre os estudantes, sendo assim não era dada importância. Nos anos 80 que surgiram mais estudos sobre o fenômeno e se intensificaram em 1983 quando 03 alunos noruegueses entre 10 a 14 anos cometeram suicídio e a provável causa seria os bullyings sofridos na escola.

A atuação do psicólogo escolar requer a capacidade de analisar e identificar as necessidades e possibilidades de aperfeiçoamento das relações no ambiente escolar. Nesse cenário, o psicólogo trabalha na mediação de valores, normas, atitudes positivas, ensinando os alunos a lidarem com as emoções e sendo empáticos uns com os outros melhorando as relações sociais nas escolas.

O papel do psicólogo é analisar e intervir na realidade escolar, considerando a especificidade de cada instituição. O profissional deve criar um lugar de escuta, possibilitado espaços de discussões em busca da solução dos problemas.

Na prática o psicólogo deve mapear o local e as relações existentes entre os membros da escola, as famílias e a comunidade. Assim, ele pode atuar sobre os problemas e promover o desenvolvimento de habilidades. Outra vertente de atuação também é capacitar os professores e diretores com cursos e atualizações para que consigam resolver os conflitos de maneira dialogada.

Outra ação possível é mediar a criação de regras no ambiente escolar. Os alunos ao se sentirem ativos na elaboração dessas regras ao lado dos professores e gestores, tendem a cumprir as diretrizes com mais facilidade.

O segundo artigo pesquisado foi “Fatores psicológicos e sociais associados ao Bullying” , esse artigo é do autor Jose Leon Crochik, doutor em Psicologia Escolar e desenvolvimento humano, que foi publicado em agosto de 2012 pelo site Pepsic.

O autor propõe ao leitor a pensar sobre quais os elementos chaves determinantes da violência escolar. Para ele, esses elementos atinge as esferas psicológica e política que permeia a formação da consciência que pode resistir a violência que visa a destruição irracional ou em sua falta, promover essa mesma violência.

Jose Leon entende que tanto a psicologia quanto a política são mediadas pela sociedade, motivo pela qual a violência seria pensada, neste contexto, em geral é associada a esta sociedade, ainda que sejam destacados aspectos psicológicos como: 1) uma contradição social recente, presente na escola: o convívio da violência escolar com a educação inclusiva. Não é de agora que a violência é uma angústia social e específica de uma sociedade conflitante e contraditória uma vez que seus membros são pertencentes a classes diferentes e tem interesses incomuns no qual naturalmente leva ao confronto e 2)Uma contradição: Violência escolar e educação inclusiva. O Bullying nas escolas tem sido permanente e um dos papeis da escola e desenvolver a civilidade de seus alunos, que todos possam aceitar as diferenças de forma respeitosa e pacífica. Sem contar que há uma deficiência por parte das instituições na inclusão desses alunos uma vez que muitos são integrados nas escolas, porém não incluídos. É muito importante o trabalho do psicólogo nessas relações sociais, o psicólogo deve lutar por uma qualidade social, deve ficar atento as possíveis falhas no processo e deve desenvolver programas de prevenção de combate ao Bullying nas escolas.

O artigo também menciona alguns possíveis fatores relacionados ao Bullying, como por exemplo: hierarquias sociais e escolares, uma vez que a sociedade é formada por hierarquias: o mais forte e o mais fraco, o mais inteligente e o menos inteligente e assim por diante e é através dessas hierarquias que baseiam os confrontos e também os complementam.

Falar de Bullying nas escolas é falar de violência física e psicológica. É falar de desrespeito ao colega, é deixar marcas e cicatrizes para toda a vida. É falar de lembranças não tão boas no período escolar.

O terceiro artigo “O bullying como fenômeno sociorelacional: só estamos bem, se todos estivermos todos bem”, de autoria da Sylvia London, que é mestre e terapeuta licenciada de famílias e casais, sócia-fundadora, docente e terapeuta do Grupo Campos Elíseos da Cidade do México foi publicado em 2017. Ele retrata a experiencia da autora como consultora escolar implantando medidas colaborativas baseadas na psicologia positiva e terapias construcionistas para prevenir e remediar o bullying.

Pesquisas apontam que os grupos se formarem de acordo com o papel desempenhado por seus integrantes. Dentre os grupos escolares observados, 15% correspondem a alunos extrovertidos e seguros de si mesmos, são os populares. Por sua vez, 45% desses grupos são compostos por crianças “aceitas”, isto é, aquelas que têm um melhor amigo ou vários amigos dentro do grupo, já 20% são crianças ambíguas, que não pertencem claramente a nenhuma das categorias acima, mas têm um amigo ou um pequeno grupo de amigos que lhes permite coexistir dentro do grupo. Os 20% restantes são crianças em risco social, pois são crianças rejeitadas, agredidas e ignoradas pelo grupo, para quem a vida escolar é uma fonte de sofrimento. Dentro desse grupo também se encontram os alunos que tendem a lutar contra a sua exclusão, fazendo uso de agressividade e crueldade social. Essas crianças ficam presas em um dilema: por um lado, não estão dispostas a aceitar a sua exclusão; mas, por outro lado, pioram a situação de exclusão ao tentar combatê-la. A esse subgrupo pertencem os que se comportam como agressores ou bullies. Ao contrário do que parece em um primeiro momento, eles não fazem parte do setor popular. Assim, devemos entender que não é apenas a vítima que é submetida ao sofrimento social crônico, mas também o agressor.

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