A dinâmica da transferência
Por: Luciana Puresa • 26/4/2016 • Trabalho acadêmico • 365 Palavras (2 Páginas) • 127 Visualizações
Matéria: Técnicas Psicoterápicas
Como a transferência é gerada na análise?
É gerada através de uma combinação de disposição inata e das influências sofridas durante os primeiros anos que levam a uma forma especifica própria de conduzir a vida erótica. Há um clichê estereotípico constantemente repetido.
Somente parte dos impulsos que determinam o curso da vida erótica é que estão a disposição do consciente, a outra parte é retirada do curso de desenvolvimento afastada do consciente e da realidade. Se a necessidade que alguém tem de amar não é inteiramente satisfeita pela realidade, essa pessoa estará fadada a aproximar-se de cada nova pessoa que encontre com ideias libidinais antecipadas.
Qual a relação entre transferência e resistência?
Parte da libido dirigida para a realidade é diminuída, parte dirigida para longe da realidade, ou seja o inconsciente e é aumentada. “A libido, inteira ou em parte entra num curso regressivo revivendo assim as imagos infantis. O tratamento passa a rastrear a libido, torná-la acessível à consciência e, enfim, útil à realidade. Todas as forças que fizeram a libido regredir erguer-se-ão como resistência a fim de conservar este estado. Mas essa não é a única fonte da resistência. Há a atração dos complexos inconscientes. Esta atração do inconsciente precisa ser superada.
A análise tem que lutar contra as resistências oriundas de ambas essas fontes.
Cada ato da pessoa em tratamento tem que levar em conta a resistência. Forças que lutam no sentido do restabelecimento e forças que lhe opõem.
Quando algo do material serve para ser transferido para a figura do médico isso acontece e a transferência produz a associação seguinte, anunciando-se por sinais da resistência. Por exemplo,uma interrupção. A idéia transferencial entra na consciência antes de qualquer outra associação porque ela satisfaz a resistência.
Que lugar o analista passa a ocupar quando acontece a transferência?
A catexia de alguém que está parcialmente insatisfeito, que se acha pronta por antecipação, dirige-se também para a figura do médico. Este investimento no objeto recorrerá a protótipos.
Se a “imago paterna”, foi o fator decisivo no caso, o resultado concordará com as relações reais do indivíduo com seu médico. Mas a transferência não se acha presa a este protótipo específico: pode surgir também semelhante à imago materna ou à imago fraterna”
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