A importancia do Curador Ferido na Medicina Atual

O Curador Ferido e sua importância na medicina moderna

Não é incomum termos diversos relatos referentes a falta de empatia na pratica médica contemporânea. Médicos buscam cada vez mais distanciamento de seus pacientes, porem a empatia deveria ser um dos maiores trunfos da relação médico-paciente. É necessário tratar o paciente de forma mais humana, enxergando-o não apenas como um doente.

Nesse impasse, podemos aplicar o arquétipo do curador ferido; para poder tratar uma doença, o curador necessita ter passado pela mesma e ainda guardar as feridas que ela lhe injuriou, tendo ciência, assim, do peso daquela condição na vida de outro ser humano, o que, em tese, seria o puro exercício de empatia na pratica medicinal.

Afinal, como é possível tratar o paciente de forma mais humana e ainda assim não deixar que as emoções e crenças afetem seu julgamento profissional? Conforme o arquétipo proposto por Jung, seria apenas o exercício de conseguir colocar-se na situação do paciente e se esforçar para entendê-la, buscando não apenas obter uma cura biológica, como também um acréscimo na qualidade de vida, visto que um paciente tratado de forma mais humana terá uma vida mais feliz.

Quanto a obrigatoriedade de se ter sofrido exatamente as mesmas feridas, deve-se entender que não é necessário ter passado por uma situação para tentar compreendê-la, porém, quanto maior for a experiência lidando com aqueles sentimentos, melhor a compreensão.

Em suma, o arquétipo do curador ferido deve ser tratado como um questionamento ético da medicina contemporânea, como o médico gostaria de ser tratado caso estivesse no lugar do enfermo, melhorando, assim, não apenas a relação médico-paciente, mas também a qualidade de vida do enfermo.

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