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A psicologia cognitivista de Piaget e a Psicanálise Freudiana

Por:   •  20/10/2016  •  Resenha  •  1.154 Palavras (5 Páginas)  •  1.613 Visualizações

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A psicologia cognitivista de Piaget e a Psicanálise Freudiana

Sigmund Schlomo Freud, nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, foi um médico neurologista e criador da Psicanálise.

Sir Jean William Fritz Piaget, nasceu quarenta anos mais tarde, em Neuchâtel, foi um epistemólogo suíço, considerado o um dos mais importantes pensadores do século XX.

Segundo Figueiredo (2003), o que une esses dois autores é apenas a perspectiva de estudar a gênese do sujeito, levando em consideração sua experiência imediata, mas não se restringindo a essa experiência na busca de compreensões e explicações mais profundas.

Piaget e Freud fazem o caminho do ser biológico ao ser moral. Ambos partem em suas teorizações de certos pressupostos biológicos, mas em nenhum dos casos a experiência imediata dos sujeitos é reduzida a seus condicionantes naturais, porém, os caminhos desses dois autores são bem distintos.

A tentativa de fazer convergir a teoria de Freud e de Piaget - dois ícones nas teorias de desenvolvimento humano - data já do próprio Piaget. Efetivamente, a confluência da psicanálise e do cognitivismo genético pode manifestar-se importante em todos os campos, designadamente na convergência entre a afetividade e emoção, com a inteligência e cognição (Oliveira, 2002). Ainda segundo o autor, ambos concordariam que a construção do conhecimento é um processo inseparável do sujeito epistemológico, quer ele seja concebido como um racional processador de informação ou como um emocional construtor de analogias. Assim, sendo ambos concordariam que as suas teorias são absolutamente inseparáveis das personalidades que lhes estiveram na origem.

Piaget, ex-biólogo, estuda o desenvolvimento das funções cognitivas e da moralidade pelo chamado método clínico. Ele observa o comportamento de crianças e pede a elas que descrevam o que estão fazendo, pede também que justifiquem o que e como. Propõe a elas algumas tarefas para desenvolverem, sempre observando e conversando com elas (Figueiredo, Santi, 2003). O autor revoluciona a teoria do desenvolvimento intelectual. O seu trabalho sobre a criança enquanto "sujeito epistémico" - não enquanto sujeito individual, mas como parte do desenvolvimento do pensamento humano - constitui aquilo que se designa por epistemologia genética (Oliveira, 2002).

Freud, como Piaget, veio da biologia, mas, depois de abandonar o laboratório de fisiologia, cria e dedica à clínica psicanalítica, e tem sua formação em neurologia. Para o autor, o objeto da psicanalise é o inconsciente (Figueiredo, Santi, 2003). Segundo ele, o desenvolvimento humano e a constituição da mente explicam-se pela evolução da psicossexualidade. Um dos conceitos mais importantes da teoria psicanalítica sobre o desenvolvimento é a existência de uma sexualidade infantil.

Subdivisões do desenvolvimento

Piaget sub-divide o desenvolvimento intelectual em quatro estágios. Já Freud, define em cinco estágios o que considera ser o desenvolvimento psicossexual.

Sigmund Freud e o Desenvolvimento Humano


Para Freud a sexualidade inicia desde quando a criança nasce. Para ele, as fases de desenvolvimento humano são distribuídas em: Fase oral, anal, fálica, de latência e genital.

  1. Fase oral (0 a 2 anos) – Nesta fase a zona erógena do bebe é a boca, é através dela que se pode gerar prazer. A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar; a maior parte da energia libidinal disponível é direcionada ou focalizada nesta área. Conforme a criança cresce, outras áreas do corpo desenvolvem-se e tornam-se importantes regiões de gratificação oral.
  2. Fase anal (2 a 3 anos) – a medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas a consciência. Entre dois e quatro anos, as crianças geralmente aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A criança presta uma atenção especial à micção e à evacuação. Nesta fase a criança consegue controlar suas necessidades fisiológicas.
  3. Fase fálica (3 a 6 anos) - essa fase a criança focaliza as áreas genitais do corpo. Freud afirma que essa fase é melhor caracterizada por “fálica” uma vez que é o período em que a criança se dá conta de seu pênis ou da falta de um, ou seja, elas tornam-se conscientes das diferenças sexuais.
  4. Período de Latência (7 a 12 anos) – essa fase está entre a organização sexual infantil e adulta, e compreende uma diminuição do que se pode chamar de atividade sexual. O início desse período é mais tenso e conflituoso que sua finalização, uma vez que a criança vai, aos poucos, interagindo melhor com o mundo que a cerca. Ou seja, a fase de latência corresponde a um aumento gradual no tempo de espera pela satisfação dos desejos da criança. Esta aprende, a partir das frustrações, que nem sempre será imediatamente satisfeita e que isso é importante para que possa se relacionar com outras pessoas.
  5. Fase genital (após a puberdade) – Freud caracteriza essa fase como o inicio da adolescência, onde o comportamento sexual se torna evidente, e a pessoa geralmente começa a se preparar para o casamento e manter relações sexuais. Nessa fase o sujeito procura prazer no outro.

Jean Piaget e o Desenvolvimento Humano

Jean Piaget avalia 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são: Sensório motor; Pré-operacional; Operações Concretas e Operações Formais.

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