Psicologia Cognitivista

PSICOLOGIA COGNITIVISTA

O termo cognitivista se refere ao ramo da psicologia que investiga os processos centrais do indivíduo dificilmente observáveis, como o processamento de informações, organização do conhecimento, comportamentos relativos à tomada de decisões. Estuda também as bases biológicas da cognição, atenção, a consciência, a percepção, memória, a imaginação, a linguagem, a solução de problemas, a criatividade, o raciocínio, as mudanças na cognição em termos de desenvolvimento que ocorrem durante a vida.

A psicologia cognitivista tem raízes na filosofia e na fisiologia que se fundiram para formar o núcleo da psicologia.

O homem e o mundo são analisados conjuntamente, já que o conhecimento é produto da interação entre o sujeito e objeto. As pessoas lidam com os estímulos do meio, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos verbais.

A psicologia cognitivista trata do modo como os indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam as informações que a realidade fornece.

Esse presente trabalho falará sobre memória, atenção, representação do conhecimento, linguagem e pensamento, grandes áreas estudadas pela psicologia cognitivista.

MEMÓRIA

A memória é a capacidade de registrar, armazenar e evocar as informações recebidas e processadas pelo organismo. A memória surge como um processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos, obtidas em experiências vividas.

A memória é uma faculdade cognitiva importante porque ela forma a base para a aprendizagem, assim podemos mudar nosso comportamento através de experiências arquivadas na memória, as informações podem ser armazenadas e posteriormente utilizadas.

Os psicólogos cognitivistas estão interessados na natureza da organização do conhecimento em nossa memória, procuram saber se os conhecimentos procedimentais e declarativos (conceitos) se organizam da mesma forma em nossa memória.

Estudos mostram que o ser humano possui dois tipos de memória: a memória de curta duração ( retém informações por períodos curtos e após um tempo elas são esquecidas) e a memória de longa duração (retém informações através de treinamento e aprendizagem e tem a duração mais longa, sofrem combinações e associações para serem lembradas). Mas também há a memória autobiográfica, a episódica e a sensorial.

A memória pode ser dividida em três processos: codificação, armazenamento e evocação ou reprodução.

ATENÇÃO

Atenção é o processo de selecionar algo, se concentrar num certo momento dentre a variedade de possibilidades disponíveis por meio dos nossos sentidos, memórias armazenadas e outros processos cognitivos. Através da atenção é possível que a mente selecione os estímulos recebidos, dando prioridade a uns enquanto outros são minimizados ou excluídos do processo.

É em função da atenção que as pessoas monitoram sua interação com o ambiente, estimulando a consciência a adaptar-se à situação na qual se encontram, interligando o passado e o presente para dar continuidade às experiências, além de também controlar e planejar ações futuras com base nessa seleção.

As quatro principais funções da atenção são:

• Atenção seletiva: Escolhemos prestar atenção a alguns estímulos e ignorar outros.

• Vigilância: Esperamos atentamente detectar o aparecimento de algo específico.

• Sondagem: Procuramos estímulos específicos.

• Atenção dividida: Distribuimos os recursos de atenção para coordenar o desempenho em mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

A atenção abrange toda a informação que uma pessoa está manipulando. Ela nos possibilita utilizar criteriosamente nossos recursos cognitivos ativos limitados, para responder rápida e corretamente aos estímulos que interessam e também para lembrar uma informação importante.

REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO

A representação do conhecimento compreende as várias maneiras nas quais nossas mentes criam e modificam as estruturas mentais, que representam o que conhecemos sobre o mundo externo. A representação do conhecimento envolve tanto a forma declarativa (saber o quê) como a forma não declarativa (saber como) de conhecimento. É a forma mental pela qual as pessoas conhecem as coisas, as ideias, os eventos que existem fora de suas mentes.

O conhecimento é uma construção contínua, a passagem de um estado de desenvolvimento para o seguinte e sempre interiorizado para formação de novas estruturas que não existiam anteriormente no indivíduo. O conhecimento humano é essencialmente ativo.

LINGUAGEM E PENSAMENTO

A linguagem é uma das características humanas mais distintas, porque o homem é o único ser vivo que faz uso dessa comunicação em ambiente natural, é ela que fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento.

Segundo VYGOTSKY, a linguagem é vista como sistema de mediação: o signo (algo que tem um significado) é o mediador por carregar em si os conceitos generalizados e elaborados pela cultura humana, há, portanto, uma mediação entre os instrumentos do mundo social e os signos.

A linguagem é um marco do desenvolvimento humano, pois, através dela os seres humanos são capazes de providenciar instrumentos auxiliares na solução de tarefas difíceis, superar a ação impulsiva, planejar a resolução de um problema e controlar o próprio comportamento. Assim, a linguagem