CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS TEÓRICOS CLÁSSICOS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: FREUD, PIAGET, WALLON E VYGOTSKY.
Ensaios: CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS TEÓRICOS CLÁSSICOS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO: FREUD, PIAGET, WALLON E VYGOTSKY.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: amanda.s • 14/3/2014 • 3.204 Palavras (13 Páginas) • 805 Visualizações
SIMUND FREUD E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA EDUCAÇÃO
Sigmund Freud nasceu em 1856, é considerado na área científica o pai da psicanálise. Foi um médico Vienense que alterou radicalmente o modo de pensar a vida psíquica. Ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas regiões obscuras, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da Psicanálise.
A Psicanálise, como método de investigação, caracteriza-se pelo método interpretativo que busca o significado oculto por meios de ações, palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos.
Compreender a psicanálise significa percorrer novamente o trajeto pessoal de Freud, a relação entre autor e obra torna-se mais significativa quando descobrimos que grande parte de sua produção foi baseada em experiências pessoais.
Freud afirma em sua autobiografia, que desde o inicio de sua prática médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico e aos poucos foi modificando a técnica de Breuer: abandonou a hipnose, porque nem todos os pacientes se prestavam a ser hipnotizados; desenvolveu a técnica de concentração na qual a rememoração sistemática era feita por meio de conversação normal, abandonando as perguntas e deixando o paciente falar por si.
Em 1990, no livro “A interpretação dos sonhos”, Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento psíquicos, a existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
• O inconsciente:
Exprime o conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência. Esses conteúdos podem ter sido consciente em algum momento e terem sido reprimidos. Ex.: não existem as noções de passado e presente.
• O pré-consciente:
Refere-se aos conteúdos acessíveis à consciência, ou seja, é aquilo que não está na consciência nesse momento, mas no momento seguinte pode estar.
• O consciente:
É o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior. Na consciência destaca-se o fenômeno da percepção, atenção e raciocínio.
Freud nas suas investigações na prática clínica sobre as causas e o funcionamento da neurose, descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflito sexual, localizados nos primeiros anos de vida.
As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência da sexualidade infantil.
A função sexual existe desde o princípio da vida e não só na puberdade como afirma as ideias dominantes.
O período do desenvolvimento sexual é longo e complexo até a sexualidade adulta, quando as funções da reprodução e prazer podem estar associadas tanto no homem quanto na mulher.
As fases do desenvolvimento sexual segundo Freud:
A fase oral: de 0 a 2 anos, a boca é a primeira parte do corpo que a criança pode controlar;
A fase anal: a partir dos dois anos a criança já começa a ter controle da evacuação e micção. Nessa fase começa o treinamento da higiene, é o centro de atenção da criança.
A fase fálica: nesta fase a criança descobre áreas genitais e por consequência as diferenças sexuais.
A fase genital: é quando o objeto de erotização ou desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo – o outro.
Nessas fases, acontecem vários processos e ocorrências. Desses eventos destaca-se o Complexo de Édipo que acontece entre 3 a 5 anos durante a fase genital, nesta fase, a mãe passa a ser o objeto de desejo do menino e o pai é o rival, então ele procura ser o “pai” para ter a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento. Porém o menino, por medo de perder o amor do pai, desiste da mãe, ou seja, ela é “trocada” pela riqueza do mundo social e cultural. O garoto pode então, participar do mundo social, pois já tem seus conhecimentos básicos por meio da assimilação com o pai.
A segunda teoria do aparelho psíquico: entre 1920 e 1923 Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e introduz Id, Ego e Superego.
Id: é o reservatório da energia psíquica onde se localiza os sentimentos da vida e morte, característica atribuída ao sistema inconsciente. Id conhece apenas a realidade subjetiva da mente.
Ego: é um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação, considerando as condições objetivas da realidade. Nesse sentido, a busca pelo prazer, pode ser substituída para evitar o desprazer.
Superego: origina-se das proibições, dos limites e da autoridade, a moral, os ideais, o conteúdo do superego refere-se a exigências socioculturais.
JEAN PIAGET E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA EDUCAÇÃO
Jean Piaget foi um psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. Estudou Biologia, concluindo seu doutorado, mas passou a se dedicar à área da Psicologia. Piaget defendeu a abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica (teoria do conhecimento), centrada no desenvolvimento natural da criança. Ele foi um autor da Teoria cognitiva, e segundo ele o pensamento infantil passa por quatro estágios, na qual, identifica e caracteriza as fases de aprendizagem do ser humano, como:
• Sensório-motor (0 a 2 anos de idade);
• pré-operacional (2 a 7 anos);
• operações concretas ( 7 a 11 ou 12 anos);
• operações formais (11 ou 12 anos em diante). (extraído do PLT 207).
O desenvolvimento do conhecimento, para Piaget é um processo ativo e depende da interação da criança com o ambiente. A partir da infância,
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