A visão das cores

Introdução

As cores são percepções visuais essencialmente subjetivas produzida pela luz, e ela está

em todos os lugares. A retina que está localizada em nossos olhos possuem células preparadas

para captar a luz, são denominadas de cones e bastonetes, cada uma delas tem uma função. Os

bastonetes identificam a intensidade de luz e os cones servem para identificar as cores, essas

celulas transformam uma onda de energia luminosa, ou seja, a luz em impulsos elétricos que

serão interpretados pelo nosso cérebro, unindo todas as informações e então é possível enxergar

as coisas normalmente (Schiffman, 2005).

Pedrosa (2005), esclarece que as cores não podem existir a não ser que o observador a

perceba, onde elas não existem nem ao menos na cadeia de eventos que ocorrem entre os

receptores da retina e o córtex visual, contudo somente quando as informações são por fim

interpretadas na consciência do observador, desta maneira os ‘nossos olhos’, a

interpretação/percepção que as áreas correspondentes do córtex se produzem serem referentes ao

estímulo que foi captado pelo ‘olhos’ (sensações) podem nos induzir a determinados equívocos a

qual se chamará ilusão de óptica, onde poderá ser percebido ou observada pelo disco de Benham,

pois as cores que nele são produzidas não dependem do comprimento de onda ou seja, não

precisa da colaboração da retina. O que normalmente resulta na visão de estímulos coloridos é a

estimulação intermitente causada pela rotação do disco, que vai produzir uma sequência de

eventos neurais que vão imitar os diferentes padrões temporais da atividade neuronal. (Pedrosa,

2009).

De acordo com Schiffman (2005), a luz é uma onda eletromagnética emitida por corpos

luminosos, e é a frequência dessa onda que define se a luz será visível ou não. O olho humano

capta as cores componentes da natureza e percebe três frequências básicas da luz: o vermelho, o

verde e o azul e é a partir dessas cores que são formadas todas as outras. Há duas maneiras de de

se obter cores: a aditiva e a subtrativa. A aditiva obtém tonalidades a partir da soma ou

superposição de cores e a subtrativa a partir de pigmentos das cores.

O sistema aditivo serve para objetos que emitem luz, já o subtrativo é usado para

pigmentos, nesse caso as cores surgem da absorção e reflexão parcial da luz ambiente. As

misturas cromáticas aditivas são bem mais relevantes para a percepção das cores. Existem vários

princípios que comandam essas misturas diferentes, alguns deles são o círculo de cores e outro

mais preciso que consiste na combinação de cores (Schiffman, 2005).

Segundo Schiffman (2005), cada cor vai possuir sua cor complementar, que quando

misturadas no disco de Benham, com as devidas proposições adequadas, a cor e o seu

complemento vão produzir uma mistura de aparência observada como descolorida. Já a mistura

das cores não complementares é resultante em sensações intermediárias que jazem na região dos

círculos entre as cores, sendo assim se duas cores forem misturadas em quantidades iguais surge

desta maneira uma nova cor ao círculo, na metade do caminho entre as quais as cores que a

compuserem.

Neste presente trabalho que se apresenta tem-se como expectativa demostrar, como

ocorre a visualização no processo de mistura de cores, com o objetivo de corroborar ou refutar a

concepção acerca da ilusão de óptica e na interpretação de que um dado estímulo e feito pelo

córtex cerebral.

Método

Participantes

Aproximadamente 25 alunos do quinto semestre de psicologia matriculados na disciplina

de Processos Sensoperceptivos de uma Faculdade Particular do Distrito Federal. O experimento

foi realizado em uma sala aproximadamente 36 m², contendo seis bancadas e aproximadamente

36 cadeiras.

Instrumentos

O instrumento utilizado foi um misturador de cores desenvolvido especialmente para

demonstrações em sala de aula.

Voltagem: 105/125 volts 50/60 Hz.

Velocidade de operação: 100 - 2350 RPM.

Neste equipamento são utilizados discos de papel de cores diferentes.

Procedimentos

1. Foi escolhido um local com iluminação constante, o equipamento foi posicionado à frente de

um fundo neutro (cinza ou branco).

2. O aparelho foi conectado na tomada (110 volts)

3. Os observadores se posicionaram à frente do equipamento.

4. Foram escolhidos os discos de cores (conforme instruções) e colocado no misturador de

cores.

5. O interruptor foi ligado e foi feito o ajuste da velocidade.

Primeira etapa: Regras para cores complementares. Neste ensaio utilizou-se os discos

de papel colorido na cor amarelo