A ÉTICA PROFISSIONAL E BIOÉTICA
Por: Renata Petti • 16/6/2022 • Trabalho acadêmico • 787 Palavras (4 Páginas) • 105 Visualizações
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Centro Universitário Augusto Motta
Campus Bonsucesso
Psicologia
APS 1
ÉTICA PROFISSIONAL E BIOÉTICA
Profª.: Cristiane Dameda
Bruna Gomes Manhães – 17101546
Geise Luci Contado Ferreira 19201205
Renata Teixeira Petti Aniento - 18211120
Teresa Cristina Peixoto de Loreto 15104801
Rio de Janeiro, 28 de abril de 2022
Esta resenha crítica tem como base inicial o filme “Bicho de sete cabeças” onde aborda inicialmente um distanciamento familiar, gerando falta de diálogo e atitudes extremistas entre o pai e filho. Neto, um adolescente introspectivo que se sente incompreendido pelo pai, tem comportamentos mais individualistas e busca nas experiências da rua a falta de compreensão sentida em casa e na fuga de lidar com o relacionamento frio e distante com os pais passa a se aproximar de amigos usuários de drogas, onde encontra acolhimento e distração. Um dia o pai de Neto encontra na roupa do filho um cigarro de maconha e em seguida leva a questão para os familiares, julgando que o filho está usando drogas frequentemente, levando uma percepção extremista de comportamento, sem antes se quer dialogar com Neto (o filho) para entender o que levou o jovem a estar tendo aquela atitude, sem buscar também refletir as ações que podem ter o levado a buscar possível consolo em alguma droga. O pai e familiares decidiram internar Neto em um manicômio sem antes comunicá-lo. Essa atitude do pai pode ser vista como um repasse de responsabilidade e fuga de uma percepção de que as atitudes do filho se originam predominantemente da relação familiar conflituosa.
A partir do momento em que Neto foi internado, criou-se um distanciamento ainda maior com os pais, o levando a sentimentos de raiva, mágoa e abandono. Até então vimos diversos conflitos familiares e individuais de cada personagem que levaram ao ponto de Neto, um rapaz sem nenhuma doença psiquiátrica diagnosticada ser internado em um centro psiquiátrico/manicômio, agravando ainda mais os conflitos já presentes.
Neto é internado sem nenhuma análise psicológica, psiquiátrica e neurológica. Sem realizar exames e sem receber nenhuma consulta. Recebe junto aos demais pacientes, remédios sem nenhuma avaliação prévia. No estabelecimento contém uma quadra ao céu aberto onde se vê homens sem roupas e sem nenhuma higiene deitados no cimento, de baixo do sol e outros fumando cigarro. Ademais, há castigo para os pacientes que não seguem as regras, ficando isolados em um quarto bem pequeno e escuro por dias, além de outros levarem eletrochoques e doses demasiadas de medicamentos.
Os pais de Neto ao visitá-lo encontram o filho completamente dopado e sem domínio completo dos movimentos, pedindo para o tirassem dali. No entanto, eles confiam cegamente no discurso do Psiquiatra, que alega serem comportamentos originados da abstinência das drogas e motivos para maior tempo de internação. É somente após algumas visitas que o pai diz que sua mulher, mãe do Neto, está pedindo o retorno do filho para casa e por isso iria retirá-lo daquele ambiente. O Jovem volta para casa, porém devido a toda medicação sem devida orientação e choques elétricos, acaba tendo seu comportamento alterado e tendo um crise histérica em uma festa. Os pais resolvem interna-lo novamente, onde volta a sofrer todas as práticas desumanas e violentas naquele ambiente. Neto tenta se matar ao ficar preso dentro de um ambiente pequeno e escuro como castigo, leva um fósforo e coloca fogo dentro, porém é salvo a tempo e é retirado novamente do manicômio pelos pais. O pai já demonstra alguma culpa e certo reconhecimento do impacto negativo de suas ações extremistas, enquanto fora daquele horror em que vivia, Neto se encontra com diversas sequelas de tudo que viveu naquele centro psiquiátrico.
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