ANALISE DE FILME CLOUD ATLAS ( A VIAGEM )
Por: nunes_yanne • 25/9/2018 • Resenha • 979 Palavras (4 Páginas) • 402 Visualizações
UNIVERSIDADE TIRADENTES
PSICOLOGIA
JACYANNE DE JESUS SANTOS
ARIELLE SAMUEL DE ANDRADE
ANALISE DE FILME
CLOUD ATLAS ( A VIAGEM )
Aracaju/SE
2017
JACYANNE DE JESUS SANTOS
ARIELLE SAMUEL DE ANDRADE
ANALISE DE FILME
CLOUD ATLAS ( A VIAGEM )
Pesquisa apresentada ao Curso de Psicologia, sob orientação da prof. Ana Beatriz Garcia C. Rodrigues, como um dos pré-requisitos para avaliação da disciplina Teorias da Personalidade. 0020
Aracaju/SE
2017
Cloud Atlas, filme dos irmãos Wachowski e Tom Tykwer, foi lançado no ano de 2012 e no Brasil com o nome “A Viagem” e tem como base o livro de David Mitchell. Com um tema filosófico e cheio de simbologias, a proposta principal do filme gira em torno da conexão da vida, que discorre entre as relações humanas, entre a temporalidade (realidade, mundos e dimensões), que levanta algumas reflexões acerca de como são construídas certas verdades que, se impõe como absolutas sobre nossas convicções.
“A temporalidade é uma propriedade intrínseca da consciência. [...] é possível estabelecer diferenças entre níveis distintos dessa temporalidade, uma vez que nos é acessível intra-subjetividade.” (Beger e Luckmann, 1976). O filme narra seis histórias em diferentes épocas, com igualmente diferentes contextos históricos, sociais e políticos. Apesar disso, são histórias com um mesmo padrão em comum, os quais conectadas umas com as outras, ecoa seus efeitos ao longo do tempo, onde passado, presente e futuro de certa forma se misturam.
Logo no início do filme a personagem clone Sonmi – 451, responde a uma pergunta sobre sua “versão da verdade”, dizendo que “a verdade é singular. As suas 'versões' são inverdades. ” Ela traz à tona a questão da subjetividade do indivíduo sobre que é verdade e do que é real já que à realidade da vida é admitida como “a” realidade. Não requer maior verificação, que se estenda além de sua simples presença. De fato, não se pode existir na vida cotidiana sem estar em interação e comunicação com os outros. O que é verdade/real para o indivíduo pode não ser para o outro e vice-versa.
Esses padrões ficam claro no sentido micro, onde contém os arquétipos da sombra, da anima, ego, persona, etc. Que fica possível notar através da observação da relação entre os personagens onde os comportamentos se exteriorizam e traçam o futuro de cada um, sendo esses padrões a estrutura psicológica de um indivíduo. Averrois (apud Praxedes), dizia que a sociedade é o melhor instrumento para a perfeição do indivíduo. O padrão não pode resistir à maciça demonstração da subjetividade alheia.
Cloud Atlas enfatiza como é a atuação “ação” na vida dos personagens e os comportamentos que sempre se repetem, causando um limite e impedindo o personagem – no caso o indivíduo – de ser quem ele realmente é, como retratado o Velho Georgie na mente de Zachry. Os personagens de Tom Hanks são os casos mais representativos do filme e permanecem com uma personalidade para o mal e à ambição pela maioria das vidas, ao ponto de se ater à mesma pedra azul em duas delas. Essa mesma pedra representa a sua sombra, que é o “Georgie”, interpretado por Hugo Weaving, que utiliza as pedrinhas azuis como botões do eu colete em outro personagem.
Em um sentido macro tem a simbologia dos condicionamentos, normas e regras estabelecidos pela sociedade e cultura, e percebemos que os limites de fora estão interligados com a sombra interior, de certa forma eles reforçam continuamente os limites internos de cada indivíduo, e estes através de suas crenças e ações limitadas e de controle, reforçam o exterior.
“[...] Todo indivíduo tem consciência do fluxo interior do tempo, que por sua vez se funda nos ritmos filosóficos do organismo, embora não se identifique com estes.” (Beger e Luckmann, 1976)
...