ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
Por: psico.2021 • 1/4/2021 • Trabalho acadêmico • 2.181 Palavras (9 Páginas) • 646 Visualizações
ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
1 - Introdução
Já refletiu o porquê temos certa atitude diante de alguma situação, ou talvez, por que somos diferentes dos demais quanto nossa forma de sentir, pensar e agir. Estas questões estão ligadas ao fato de que o comportamento humano está diretamente relacionado à três esperas que determinam o comportamento: a filogenia, onde é considerada a história genética com comportamentos próprios da espécie; a ontogenia, constituída da história pessoal de cada indivíduo suas experiências e aprendizagens e por fim o aspecto cultural onde o indivíduo está inserido.
Para Skinner, assim como o modelo de seleção pelas consequências nos explica as origens e as diferenças entre as espécies, explica-nos as origens e as diferenças dos comportamentos individuais, esse modelo também nos explica as origens e as diferenças entre as culturas (Hübner & Moreira, 2012, p.7).
Sobre a ótica do comportamentalismo, a análise do comportamento é vista como a ciência natural que estuda comportamento dos seres vivos, caracterizando o comportamento como toda e qualquer reação do indivíduo, animal, órgão ou instituição perante o meio que está inserido. “Uma vez que o behaviorismo é um conjunto de ideias sobre essa ciência chamada análise do comportamento, não a ciência em si, o behaviorismo propriamente dito não é ciência, mas filosofia da ciência” (Braum,2019).
Toda base de conhecimento de Skinner entende que a construção da aprendizagem ocorre em um processo onde se começa do mais simples reflexo, para reflexos mais complexos. O processo de condicionamento operante possibilita a modelagem do comportamento, o que pode resultar em comportamentos cada vez mais complexos. “Segundo Skinner (1969b), o comportamento operante é estabelecido nas contingências de reforçamento, ou seja, nas relações entre a ocasião em que uma resposta ocorre, a resposta em si e as consequências reforçadoras” (Hübner & Moreira, 2012, p.168).
Este relatório observacional tem como objetivo demonstrar o desenvolvimento da atividade realizada com uma pessoa por meio de plataforma digital e como as teorias comportamentais se mostra validadas com essa interação. A observação e análise de dados foram feita com base na teoria Behaviorista de Skinner- Análise Experimental do Comportamento.
Objetivos:
Geral (define o propósito da pesquisa);
Analisar o comportamento diante de um teste aplicado com tabelas de pronomes
Específicos (operacionalizam o objetivo geral)
Demonstrar comportamento por parte do terapeuta
Reflexão de princípios norteadores úteis à definição de estratégias terapêuticas
Desenvolver pesquisas básicas e aplicadas para análise do comportamento
1.0 Fundamentação Teórica
Todorov (1989) em seu artigo intitulado A psicologia como estudo das interações afirma que a psicologia estuda interações do organismo com o seu ambiente. Para a análise do comportamento, devem-se estudar as interações do comportamento-ambiente, e não apenas o que o indivíduo faz, pensa, fala ou sente, devendo estar contextualizado.
Comportamento é a interação do organismo com o ambiente, através da seleção filogenética e a seleção ontogenética. Segundo Skinner a causa dos comportamentos é uma seleção por consequência, onde o organismo afeta o ambiente e essa alteração afeta o organismo, ou seja, é uma relação interacionista, bidirecional e histórica.
1.1 Comportamento Operante
No nível operante os comportamentos reflexos são aprendidos de acordo com a necessidade do organismo ou conforme as alterações no seu ambiente, quando busca uma adequação para sua sobrevivência. “O comportamento operante ocorre sem nenhum estímulo externo observável; a resposta do organismo é aparentemente espontânea — no sentido de não estar relacionada com nenhum estímulo observável” (Schultz & Schultz, 1981, p. 280).
O comportamento operante do rato na caixa de Skinner, no entanto, serve de instrumento para garantir o estímulo (o alimento). Quando pressiona a barra, o rato recebe comida; ele não recebe nenhuma comida enquanto não pressionar a barra e, assim, opera no ambiente. (Schultz & Schultz, 1981, p. 280)
A pesquisa inicial de pressionar a barra na caixa de Skinner demonstrou o papel necessário do reforço no comportamento operante. “[...] o comportamento produz consequências e que é controlado por elas. Algumas dessas consequências aumentam a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer. Chamamos essas consequências de reforço” (Moreira & Medeiros, 2007, p.45).
Skinner acreditava que o comportamento operante é muito mais representativo da situação de aprendizagem humana na vida real. Como o comportamento é principalmente do tipo operante, a mais eficaz abordagem de uma ciência do comportamento, alegava ele, consiste em estudar o condicionamento e a extinção de comportamentos operantes (Schultz & Schultz, 1981, p.281).
O comportamento operante é dividido em quatro tipos: reforço positivo: aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a acontecer com a adição de um estímulo reforçador, positivo no ambiente; reforço negativo: aumenta a probabilidade de o comportamento voltar a acontecer com a retirada de um estímulo aversivo; punição positiva: diminui a probabilidade de um comportamento voltar a acontecer com a adição de um estímulo aversivo e punição negativa: diminui a probabilidade um comportamento voltar a acontecer retirando um estímulo positivo.
1.2 Modelagem
Na modelagem o reforço diferencial é utilizado aliado as aproximações sucessivas que seriam os comportamentos mais próximos do objetivo para ensinar um novo comportamento. “A Modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento. O resultado final e um novo comportamento” (Moreira & Medeiros, 2007, p.54).
1.3 Extinção
Referimos a extinção a tendência de uma resposta previamente adquirida se enfraquecer de modo progressivo com a ausência de reforço fazendo com que o comportamento retorne a frequência do comportamento ao nível operante. “A extinção operante ocorre quando um pesquisador retém de modo sistemático o reforço de uma resposta previamente aprendida até a probabilidade
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