AS ORIGENS DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Por: crisferreira82 • 25/1/2016 • Monografia • 10.447 Palavras (42 Páginas) • 365 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - O CONTEXTO DA VIOLÊNCIA
1.1 RAÍZES SOCIAIS DA VIOLÊNCIA
1.2 O PAPEL SIMBÓLICO DA VIOLÊNCIA
1.3 A VIOLÊNCIA INSTITUCIONALIZADA
CAPÍTULO II - VIOLÊNCIA NA EDUCAÇÃO
2.2 FORMA DE VIOLÊNCIA NA EDUCAÇÃO ATUALMENTE
2.3 AS ORIGENS DA VIOLÊNCIA PARA O COMPORTAMENTO AGRESSIVO
2.3.1 A Relação Pais/Filhos
CAPÍTULO III - A RELAÇÃO LINGUAGEM E MENTE DIANTE A VIOLÊNCIA
ESCOLAR: ASPECTOS TEÓRICOS PARA FORMAÇÃO CONCEITUAL
3.1 A TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA DE VYGOTSKY E A EDUCAÇÃO: REFLEXÕES
PSICOLÓGICAS
3.1.1 Processo de desenvolvimento universal do indivíduo
3.1.2 Processo de construção das funções psicológicas superiores
3.1.3 Relação ensino-desenvolvimento
3.1.4 Zona de desenvolvimento proximal e ensino
3. 2 A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM PARA A FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO
3.3 A CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA NA CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA E
PARTICIPATIVA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A violência nas escolas não é uma constante apenas em países subdesenvolvidos. No continente europeu, França e Espanha também sofrem com as conseqüências de estudantes que, ao invés de cadernos e livros, levam armas e munição para as salas de aula e assassinam outros jovens e adolescentes.
O jovem é a principal vítima da violência nas escolas e considerado duvidoso o efeito educativo da instalação de câmeras e alarmes nas unidades. Famílias desestruturadas, uso de drogas e falta de diálogo intra-familiar são algumas das causas para a criminalidade ter conseguido ultrapassar os muros das unidades escolares.
A violência não é exclusividade das unidades escolares localizadas em áreas de pobreza. No entanto, ela tem encaminhamento e resolução diferentes entre as classes sociais.
Entre as possíveis estratégias para o enfrentamento do problema, ver-se melhorias do clima escolar através da participação em atividades ligadas à cultura, artes, esporte e lazer. A capacitação de professores e reformas curriculares, segundo ele, também são fundamentais.
Realçando que a violência não está apenas nos tiros disparados e, que brigas e brincadeiras de mau gosto, muitas vezes ligadas às questões raciais, também aumentam e incitam as agressões nas escolas.
As principais vítimas da violência nas escolas com certeza, na atualidade é a juventude. Há um conceito envolvido, o de vulnerabilidades sociais. Ou seja, de todos os grupos da sociedade, os que estão na maior zona de risco são justamente os jovens. Não podemos dizer que existem regiões mais afetadas no País. Existem tipos diferentes de violência que se manifestam de forma diferente nas várias regiões do Brasil.
Basicamente as principais causas da a violência nas escolas está associada aos mesmos fatores que caracterizam a sociedade: famílias desestruturadas; falta de diálogo intrafamiliar; enfraquecimento nas concepções de ética e moral; uso de drogas; influência da mídia na construção de valores, entre outros.
Também observar quer a violência não é exclusividade das escolas localizadas nas periferias ou favelas, pois que muda é o tipo de violência praticada e o encaminhamento dado à questão pelas escolas. Por exemplo: a questão ligada às chamadas incivilidades, ou seja, à violência simbólica (atual bullying), a qual se manifesta por meio da indisciplina, das agressões verbais e da precariedade de diálogo entre alunos e professores, entre outras formas. Então, o que acontece é que o encaminhamento à solução destas questões é diferente em um bairro de periferia, no qual a solução passa, normalmente, pelos órgãos de segurança pública, do que de um bairro de classe média.
Existem algumas tentativas, mas elas estão acontecendo de forma muito tímida. O tema é pouco pesquisado e apenas recentemente é que existe um olhar acadêmico para a questão. Em conseqüência, temos um panorama marcado pela diversidade de ações que acabam, muitas vezes, acontecendo de forma bastante fragmentada. São muito raros, não só no Brasil, mas em toda a América Latina, programas em grande escala. Isso, de certa forma, é reflexo da falta de pesquisa e produção de dados acadêmicos aceitáveis.
Acredita-se que no Brasil, o enfoque à prevenção vem ocorrendo na melhoria do clima escolar, aliada ao incentivo da participação dos jovens em programas relacionados à arte, cultura, esporte e lazer.
CAPÍTULO I
O CONTEXTO DA VIOLÊNCIA
1.1 RAÍZES SOCIAIS DA VIOLÊNCIA
A violência, muito embora provoque repúdio, mal-estar e conduza a uma situação de desconforto é uma realidade na qual a sociedade está mergulhada historicamente. As relações estabelecidas entre homem e mulher, entre os homens em si sempre foram marcadas pelo uso da força, do poder, ou seja, em outras palavras, da violência. Contudo, como afirma Guerra (1998, p. 21) que conceber o mundo como mutável é “abrir-se a uma possibilidade de ser afetado, ou mesmo, desestabilizado, pela angustia e desamparo”. O que significa que a mudança pode provocar dores, criar instabilidade, mas é necessária e muitas vezes a mudança pode significar violência. Mas, a violência a qual o presente trabalho se refere diz respeito à questões de desequilíbrio da harmonia e da paz que deveria reinar na vida do indivíduo e na escola.
A violência, sob as mais diversas formas de apresentação, transformou-se no foco central de atenção da nossa sociedade. Contudo discute-se freqüentemente a violência como uma realidade isolada, um problema de segurança pública e ou penal, não solucionável pelo saber teórico das disciplinas que se ocupam do comportamento humano e social.
A preocupação dominante com a violência acabou tornando a busca da segurança a grande obsessão da sociedade global. Esse fato domina agora o debate psico-sócio-politico, estimulando uma busca frenética de antídotos e soluções alternativas individuais, sociais e globais. A agressividade é, sobretudo uma manifestação do modelo social e não traço isolado de um comportamento individual ou particular.
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