ATUAÇÃO DP PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO DE CRIANÇAS
Por: L1977 • 2/11/2015 • Resenha • 1.811 Palavras (8 Páginas) • 234 Visualizações
UNIVERSIDADE DA AMAZONIA – UNAMA
PSICOLOGIA
TEMA: A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS
Demandas Contemporâneas em Unidade de Referência
Apresentação da palestrante e experiência profissional
A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS
O que é ser criança?
Que imagem possuímos sobre a criança. Uma das primeiras coisas é perceber o que é ser criança hoje, e que perfil de criança estou trabalhando. O que se verifica hoje que o aspecto dos avanços tecnológicos atuais o espaço da infância ficou reduzido.
Epistemologia da infância
- Infancia = aqueles que não falam;
- Infantil = próprio da infância, ingênuo, tolo;
- Criança = pessoa ingênua, infantil
- Criança Infantil = nomeiam tanto o menino quanto a menina
Esta etimologia = se dá sobre quem vai ser estabelecido o cuidado.
REPRESENTAÇÕES DA CRIANÇA
- Todas essas significações nos remetem a uma representação de criança como aquela que não fala, leviana, imperfeita e assexuada
- Essas representações implicam uma escuta da criança a partir de um determinado lugar social;
- Qual a implicação desta representação no tratamento de criança;
“ A ideia de uma natureza infantil – nos impede de questionar a tessitura desta natureza.”
- Discurso jurídico; (inimputável)
- Discurso Pedagógico; (conteúdo, estudo, carreira.)
- Discurso Psicológico; (em função da criança que não pode ser traumatizada)
.... os mais variados discursos.
O QUE É SER CRIANÇA HOJE?
- Uso da tecnologia;
- Medicalização;
Se a criança está triste, ansiosa, agitada – medicada. Com isso a formação ao um diagnóstico; Por outro lado esta criança vive uma ansiedade dos pais no qual denuncia a doença dos pais.
Pelo uso da tecnologia impõe a criança ao excesso de estímulos sensoriais, no qual podem gerar processos de crises compulsivas.
A CRIANÇA NA PSICANÁLISE
A representação de criança que permeia o ambiente de ideias no qual Freud elabora a Psicanálise é a de uma criança “ingênua, pura tocante e sem malícia”
- Há uma adaptabilidade, uma plasticidade na natureza infantil
Freud, desconstrói a noção de desenvolvimento pautada nesta natureza infantil, a partir:
- Do conceito de Pulsão;
- Da sexualidade;
Em 1905 em seus 03 Ensaios para uma Teoria da Sexualidade, Freud, afirma que a pulsão sexual está presente desde a infância.
- Descobre que os primeiros 05 anos da infância tem uma importância fundamental ( normalmente são delegadas a alguém que não possui nenhuma formação, pois os efeitos posteriores são muito maiores)
Depois percebe que s dificuldades da criança reside no fato de que ela tem de assimilar, em pouco tempo, aquilo que vem da cultura, ou seja, “ o controle de suas pulsões a uma certa medida.
- A NEUROSE, surge quando precisamos conciliar nossos instintos com a cultura.
1- Porém, nem sempre as crianças conseguem fazê-lo, só efetuando uma parte dessa modificação.
A CRIANÇA É UM SER BIOSOCIOPSICOSSOMÁTICO
- A verdadeira terapêutica é aquela que pela criança de maneira global e que prioriza a prevenção. ( a qualquer tempo – atenção básica, media e alta complexidade)
- Surgimento da equipe multiprofissional para a compreensão de um único sujeito (objeto) este procedimento tornou-se um tanto conflituoso.
AS ESTRUTURAS CLÍNICAS
NEUROSE
- A neurose da criança não existe para a Psiquiatria
- A neurose infantil e a neurose da infância (neurose da medicalização, do super desempenho – exigido pelos pais...)
“ há entre as dificuldades da infância e as neuroses das crianças a mesma distância entre o conteúdo manifesto dos sonhos e o conteúdo latente “ ( Freud), ou seja, tudo acontece em função da criança ou do seu próprio desejo.
COMO SE DÁ O FAZER DA PSICOLOGIA?
- Verficação dos sintomas: uma resposta
“ há dificuldade que em nada incomodam a criança, senão a seus pais ou ao meio social no qual está inserida. É o que podemos chamar de “ a criança como sintoma” e não o sintoma da criança.
O sintoma da criança surge quando ela se mostra perturbada pelos conflitos inconscientes. (não surge da mesma forma com os adultos. Ex. uma criança que se sente incomodada com o nascimento do irmão mais novo, passa a querer usar pipo novamente, a ter atitudes infantis)
OBS: a criança manifesta os sintomas da família. As vezes o adoecimento da criança corresponde aos comprometimentos neuróticos dos pais. A criança passa a ser um receptáculo das neuroses da mãe ou do pai.
OBS: tudo o que a criança diz ou faz, precisa ser esclarecido e não respondido. A criança traduz isso em sintomas. Mas antes disso geralmente são interpretados pelos pais, ou seja, muitas vezes a doença nasce da interpretação dos pais. Daí se fará necessário trabalhar os pais.
A CRINAÇA E A LOUCURA
A questão do diagnóstico de Psicose na infância torna-se mais difícil em função das fabulações ideativas, que embora não se organizem como o delírio, dificultam muito o diagnóstico.
“ os truques linguísticos executados por crianças que as vezes, na realidade, tratam as palavras como se fossem coisa e, além, disso inventam novas linguagens e formas sintáticas artificiais constituem a fonte comum dessas coisas igualmente em sonhos e psiconeuroses” ( Freud)
Diferentes das crianças delirantes estão as crianças autistas, estas vivem num vazio, numa solidão entrincheirada, cujo laço com o outro fica impossibilitado.
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