AVA PSICOLOGIA

PROTOCOLO -  TRATAMENTO DO TABAGISMO

O PNCT ( Programa  Nacional de Controle do Tabagismo) é norteado pela  Portaria nº. 571, de 5 de abril de 2013, que atualiza as diretrizes de cuidado à pessoa tabagista no âmbito da Rede de Atenção à Saúde Pública, e institui em seu art. 3º que: “ A atenção às pessoas tabagistas deverá ser realizada em todos os pontos de atenção do SUS, prioritariamente nos serviços de Atenção Básica”.

O Consenso – Abordagem e Tratamento do Fumante (2000), preconiza que o tratamento e abordagem do fumante deverá  ser feito por equipe  multiprofissional.

Em nível municipal, o Programa de Controle do Tabagismo, de acordo com a legislação vigente estabelece como protocolo a seguinte conduta:

PROCEDIMENTO	PROFISSIONAL	CONDUTA DESEJÁVEL
1º Abordagem Inicial do paciente	Enfermeiro da ESF	Detectar  o  desejo do paciente em parar de fumar, e realizar o QTF (Questionário de  Tolerância de Fagerström) Pontuar qual será a fase de início do tratamento, de acordo com escore obtido..
Avaliação prévia sobre o estado Clínico geral do paciente	MÉDICO da ESF	Exame clínico de rotina para verificar patologia pregressa e possibilidade de iniciar tratamento antitabagismo; Rx de pulmão, exames laboratoriais de rotina; Prescrição de fármacos estabelecidos pelo PNCT.
Sessões em Grupo: Terapia Cognitivo –Comportamental em 04 sessões semanais  (com material de apoio =  Manual do Participante e Manual do coordenador); Sessões de acompanhamento mensal do paciente pelo período de um ano.	Equipe Multiprofissional – NASF e ESF (Médico, Enfermeiro, Farmacêutico, Nutricionista, Psicólogo, Preparador Físico)	Realização de Encontros dinâmicos e participativos, com objetivo de levar o paciente à cessação do  hábito de Fumar; Realizar orientações Gerais sobre Sintomatologia Inicial em decorrência da Abstinência. Manter atualizados dados do Cartão Tabagismo do paciente, com anotação dos sinais vitais a cada encontro, e dados sobre a redução do hábito de fumar.

1. ABORDAGEM INICIAL -  

     Profissional: Enfermeiro da ESF (Estratégia de Saúde da Família)

Meta: Avaliar o grau de dependência à nicotina , a motivação do paciente para cessar o hábito de fumar, e observar se houveram  tentativas prévias de cessação e recaídas.

Objetivo: Estabelecer um planejamento terapêutico.

Método: Aplicação do QTF( Questionário de Tolerância de Fagerström).

QUESTIONÁRIO  DE FAGERSTRÖM        

1. Quanto tempo após acordar você fuma seu primeiro cigarro?

Dentro de 5 minutos                ( 3 )

Entre 6 e 30 minutos        ( 2 )

Entre 31 e 60 minutos        ( 1 )

Após 60 minutos                ( 0 )

1. Você Acha difícil fumar em lugares proibidos como igrejas, bibliotecas, etc.?

Sim                                ( 1 )

Não                                ( 0 )

1. Qual o cigarro do dia que traz mais satisfação?

O primeiro da manhã        ( 1 )

Outros                        ( 0 )

1. Quantos cigarros você fuma por dia?

Menos de 10                        ( 0 ) _______

De 11 a 20                        ( 1 ) _______

De 21 a 30                        ( 2 ) _______

Mais de 31                        ( 3 ) _______

1. Você fuma mais frequentemente pela manhã?

Sim                                ( 1 )

Não                                ( 0 )

1. Você fuma, mesmo doente, quando precisa ficar de cama a maior parte do tempo?[pic 2]

Sim                                ( 1 )

Não                                ( 0 )

1. AVALIAÇÃO PRÉVIA SOBRE O ESTADO CLÍNICO GERAL DO PACIENTE

Profissional: Médico da ESF

Meta:  Saber da existência de outras  patologias associadas ou não ao tabagismo, e avaliar grau de risco para início do tratamento.

Objetivo:  iniciar a   prescrição dos fármacos PNCT…

Método: Consulta Médica de rotina, com avaliação dos exames pré-existentes ou solicitação de exames quando necessário.

Rotina: Após  exames clínicos, e verificação do grau de dependência à nicotina, o profissional médico poderá:

• Recomendar   tratamento farmacológico para todo fumante acima de 18 anos, com consumo maior do que 10 cigarros/dia, sendo esta uma medida efetiva para cessação do tabagismo.
• Recomendar tratamento farmacológico sempre que o paciente estiver motivado a  parar de fumar de forma espontânea ou quando o médico conseguir motivá-lo a parar.  Deve-se avaliar o grau de dependência à nicotina, saber sobre experiência pregressa  com fármacos para tabagismo, e considerar a presença de comorbidades. A prescrição deve considerar todos esses aspectos acrescidos das contraindicações, efeitos colaterais e precauções para o uso.
• Não recomendar o tratamento farmacológico em fumantes  que consomem menos de 10  cigarros por dia, menores de 18 anos, usuários de outras formas de tabaco, pois a eficácia  do tratamento nestes casos ainda não está  bem estabelecida.

ADESIVOS DE NICOTINA:

APRESENTAÇÕES: 21 mg; 14 mg; 7 mg a serem trocados em 24 h.