Análise do filme - A Primeira Vista
Por: hblxavier • 12/4/2018 • Trabalho acadêmico • 759 Palavras (4 Páginas) • 1.345 Visualizações
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS
Campo Grande, 13 de março de 2018.
BEATRIZ MARIA JACOB DOMINGUES F. XAVIER
RA: 197566713199
Análise do filme “À Primeira Vista”
O filme “À Primeira Vista”, é uma História verídica, o personagem Virgil, sofre de uma doença chamada catarata congênita com retinite pigmentosa, causando cegueira total. Começou quando tinha um ano de vida e aos três anos já estava completamente cego.
Era um homem bom e feliz, acostumado e adaptado à sua rotina, morava com sua irmã e trabalhava em um SPA, onde conheceu Amy e se apaixonou por ela. Foi sob a influência de Amy que resolveu fazer uma cirurgia para tentar restabelecer sua visão.
Virgil considerava ter uma boa memória e lembrava de algumas coisas antes da perda da visão. Para ele não existia problemas em ser cego. “Eu sinto como pudesse enxergar tudo”. Reconhecia as pessoas pela voz e pelo cheiro, adquiriu habilidades tornando seus órgãos do sentido mais sensíveis ao mundo exterior.
Foi em busca de um tratamento em Nova York, fez a cirurgia nos olhos, mas não foi nada fácil essa nova fase em sua vida. O médico o aconselhou a usar o tato, pois “os dedos dizem ao cérebro e o cérebro por sua vez diz aos olhos, assim irá reconhecer o que está diante de si.”
“Após a cirurgia para catarata os pacientes tornaram-se capazes de distinguir figura e fundo e de perceber cores- o que sugere que esses aspectos da percepção são inatos. Porém como Locke supunha, muitas vezes eram incapazes de reconhecer visualmente objetos que eram familiares pelo tato”. (Myer, 2012: 207)
Ele dizia que “os olhos pregam peças em você, a percepção, a visão..., na vida tudo é diferente, ver não é suficiente, é preciso olhar”.
Sua visão não estava “limpa”, sentiu-se perdido, não entendia o que enxergava. Seus olhos pareciam funcionar, mas seu cérebro não conseguia processar informações, sentia-se “mentalmente cego”, sofria de uma agnosia visual. E segundo Myer (2012), “Nossos olhos, por exemplo, recebem uma energia luminosa e a traduzem (transformam) em mensagens visuais que o cérebro então processa, formando aquilo que vemos conscientemente.”
Vai a um terapeuta visual, se vê no espelho. Tem problemas com profundidade, espaço, distância e formatos, ficou cego antes de desenvolver um vocabulário visual.
“Eu preciso tocar objetos”, dependia do toque, as três dimensões ainda eram confusas, tinha dificuldade em juntar tudo em uma só dimensão. E como o cérebro processa essas informações visuais?
“Impulsos percorrem o nervo óptico até o tálamo e seguem rumo ao córtex visual. Neste, detectores de características respondem a atributos específicos do estímulo visual. Supercélulas de nível superior integram esse conjunto de dados para processamento em outras áreas corticais. O processamento paralelo no cérebro lida com muitos aspectos de um problema de maneira simultânea, e equipes neurais separadas trabalham em sub tarefas visuais (cor, movimento, profundidade e forma). Outras equipes neurais integram os resultados, comparando-os com informações armazenadas e possibilitando percepções.” (Myers, 2012:218)
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