Análise e Sinopse do filme O jardineiro Fiel
Por: leticia_bms • 13/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.352 Palavras (6 Páginas) • 1.948 Visualizações
Centro Universitário Una[pic 1]
Instituto de Ciências Humanas
Psicologia e Política
Professor: Andréa Lima
Amanda Rogério
Ana Letícia Santos
Cleiton Gonçalves
Paula Ramos
Jheniffer Lamounier
Samantha Aléxia
Thaíssa Tamara
Análise e sinopse do filme O jardineiro Fiel
Belo Horizonte
2017
Amanda Rogério
Ana Letícia Santos
Cleiton Gonçalves
Paula Ramos
Jheniffer Lamounier
Samantha Aléxia
Thaíssa Tamara
Análise e sinopse do filme O jardineiro Fiel
Trabalho apresentado no curso de Psicologia do Centro Universitário Una na disciplina de Psicologia e Política ministrado por Andréa Lima.
Belo Horizonte
2017[pic 2]
Sumário
Introdução 3
Contexto histórico 3
A sinopse do filme 3
Explicação-Análise 4
Referências 6
[pic 3]
Introdução
Com base nos nossos conhecimentos, pesquisas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos iremos fazer uma análise do filme “O jardineiro fiel” (2005, Fernando Meirelles), começando por uma contextualização histórica do continente Africano, seguido por um desenvolvimento do filme, e concluindo com uma explicação-análise.
Contexto histórico
O processo de colonização das Américas teve início no século XVI. Após 3 séculos, muitos continentes americanos já haviam sido descolonizados e os europeus estavam em busca de uma nova fonte de recursos para manterem suas industrias.
Com a revolução industrial, países europeus como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e Alemanha, para garantir matéria-prima que agora não poderia mais ser explorada nas américas, tinham grande interesse no continente africano. Nessa época, era considerada civilizada o modo de vida e cultura europeia. Portanto, om o argumento de “salvar as almas selvagens” os europeus entraram na África levando sua religiosidade, mas com a verdadeira intenção de conquistar a África. Em 1884 com a conferência de Berlim foi feita a partilha da África pelo Europeus, a qual um dos motivos era de “promover a paz”, instalando postos científicos, hospitaleiros e pacificadores. Porém, o real motivo era a exploração, além das matérias primas, esses países da África também eram explorados em mão de obra escravizada.
O Quênia que é o país mais retratado no filme “O jardineiro fiel’ tornou-se oficialmente independente em 1963, além disso, nesse mesmo ano começou a fazer parte da ONU. Porém, é necessário expor que apenas o direito no papel não é o suficiente para não haverem explorações, violência, abuso de poder e violação de direitos.
A sinopse do filme
O filme conta a história de um diplomata[1] Justin Quayle, o qual conheceu uma mulher que não concordava com as políticas que foram adotadas pelo país, durante uma exposição em uma palestra. Durante o filme é revelado que Tessa planejou esse encontro e posterior relação amorosa para que fosse possível estudar mais de perto as ideologias que ela defendia. Após casar-se com Justin, Tessa pede para ir à uma viagem ao Quênia com seu marido. Lá descobre várias injustiças, às quais o povo desse país era submetido. Tais como, violência, monopólio dos meios de comunicação e um governo que não governava para o bem da população, deixando-a, assim, miserável, faminta e doente, o que seria um fácil caminho para o controle da massa e, também, o que é mais exposto no filme, que são os testes ilegais de medicamentos.
Quando Tessa está a construir um documento com provas para enviar à ONU, ela é assassinada. Após um tempo, Justin descobre a verdadeira razão do assassinato da esposa, além do real sistema desumano que estava vigente no país. Essas descobertas incluía os testes clínicos ilegais de empresas farmacêuticas para uma nova droga, a Dypraxa, contra a tuberculose. Porém, as pessoas desse teste não sabiam que estavam sendo cobaias. Essa droga tinha por característica muitos efeitos colaterais inclusive a morte de muitas mulheres. Apesar disso, as indústrias ao saber dos efeitos não davam suporte algum à população e escondia os resultados. Justin decide ajudar a concluir o documento, entregando-o às autoridades. Após o envio do dossiê o diplomata, ciente de que vai ser assinado, volta para o mesmo local onde sua esposa foi violentamente morta. Os assassinos contratados pela indústria farmacêutica e pelos governantes africanos o matam, fazendo parecer que foi suicídio. Justin mesmo sabendo que teria o mesmo fim da esposa e de todos que à ajudaram, não desiste de lutar por justiça e pela exposição de dois governos corruptos e morre, lutando contra a corrupção e ajudando o povo africano.
Explicação-Análise
Apesar do continente africano se tornar independente em 1963, a violação dos direitos desses povos é muito bem retratada no filme. A população é tratada com condições desumanas e, apenas, como cobaia de testes para medicamentos. As industrias inglesas contavam com o apoio dos próprios governantes africanos, que não zelavam pelo bem-estar da população, e sim visavam o lucro, pois iriam ter rendimentos junto com a indústria farmacêutica. Além da facilidade de manutenção de um povo pobre, sem informação, submissível e sem opinião para conseguir protestar pelos seus direitos.
Esse contexto demonstra o povo visto como desumano, pois seus próprios representantes deixavam os direitos da população serem, normalmente, violados. Eles não possuíam simples tratamento para sua dignidade, como liberdade e segurança, presente no artigo 3 da declaração dos direitos humanos. Eram constantemente ameaçados e por medo de castigos infringidos pelos oficiais, que estavam vigiando o espaço a todo momento. Muitas vezes, submetidos, a uma forma de tortura cruel e, algumas vezes, levando a pessoa à morte, sem ao menos ser culpado de algo ou tendo como se defender. Isso tudo como parte de controle físico e psicológico, pois tinham suas vidas ameaçadas constantemente. Esse sistema se assimila muito com o totalitarismo, o qual está ligado aos governos nazistas, fascistas e estalinista. Essa forma de governo, a grosso modo, segundo Gonçalves e Lima (Gonçalves A. C.; Lima, A. M., 2017) tem como características fundamentais a propaganda, para a construção de pessoas sem capacidade de pensar ou julgar e o terror, por meio do controle armado e o partido único de massa. Apesar, desse tipo de sistema não haver campos de concentração, para a promoção do terror, é possível ver que o controle da população é presente.
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