Analise dos Grafismos: Através do ensinamento teórico forma analisados os desenhos a seguir
Por: Larissa Zago • 25/3/2019 • Trabalho acadêmico • 2.177 Palavras (9 Páginas) • 326 Visualizações
Analise dos Grafismos:
Através do ensinamento teórico forma analisados os desenhos a seguir:
Desenho 01:
Maria Eduarda de 8 anos representa em seu desenho parte do parquinho próximo a sua casa.
Para Piaget é o período das operações concretas, é marcado pela capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vistas diferentes (próprios e de outros) e de integrá-los de modo lógico e coerente, é marcado também pela capacidade de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas atráves de ações físicas tipicas da inteligência sensório-motor. Os esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente referem-se, à objetivos ou situações possíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta.
Para Luquet é o estágio do realismo intelectual, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha o objeto não é aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nessa fase ela mistura as perspectivas. Representa objetos pelo seu conhecimento intelectual, dá transparência à alguns objetos desenhando o que está dentro do corpo ou de uma casa, por exemplo. Usam legendas e nessa etapa também conseguem representar distâncias, profundidade e posições organizando os objetos no espaço usando uma base de referência.
Para Lowenfeld é o estágio da figuração esquemática, as crianças já conseguem fazer relações de referências socioculturais, para desenharem asas, pessoas, animais, etc. Descobrindo a existência de uma ordem definida nas relações espaciais (SOUZA, 2010, p. 24). Ou seja, neste estágio a criança cria um sentimento atráves dos seus desenhos, que por sua vez cada um está no seu lugar e no seu espaço seguindo uma ordem correta. A criança nesta fase desenha sobre uma linha de base que serve para sustentar seus desenhos, seria o chão, onde ela poderá colocar tudo o que quiser sobre ele. Ela expressa suas idéias de mundo, porém não procuram desenhar com os elementos reais de seu cotidiano e nem têm o interesse de copiá-las, podendo compreender que ela busca descrever os significados em mínimos detalhes por ser uma representação simbólica-esquemática. Ainda nessa etapa, encontramos o que elas mais gostam de traçar: figuras geométricas principal características neste estágio, que a partir disso surge outro elemento marcante que é a superposição com a transparência, que faz seu possível ver os elementos dentro das casas prédios, carros. Nesse sentido, ressaltamos que o processo de evolução da criança está bem visível, podendo perceber que ela já consegue relacionar cores e formas de acordo com sua realidade. O que antes era trasmitido através de suas imaginações e fantasias, agora já consegue expressar seus significados afetivos.
Operações concretas, nessa fase a criança já iniciou seu período escolar, coincidindo com o período demarcado em sua evolução mental. Quando a criança atinge uma idade escolar, muitas mudanças em seu comportamento são notadas, ela apresenta maior poder de concentração e de trabalho em conjunto. A partir dos 7 anos de idade o aluno aprimora sua capacidade de cooperação, solidariedade, pois já podem compreender que o ponto de vista do colega está dissociado do seu. As brincadeiras com regras se tornam muito produtivas nesta idade, pois já são mais fáceis de serem compreendidas com a evolução da linguagem egocêntrica para a linguagem social.
Piaget incluiu em suas pesquisas observações sobre a noção de permanência de peso e volume para crianças maiores e menores de 7 anos. Crianças menores de 7 anos ainda não consideram qualquer modificação em função do fato do açucar ser adicionado à água, sendo sua resposta pitoresca, pois, ele derrete, sumindo de seu campo de visão, simplismente é considerado inexistente.
Somente por volta dos 7 anos de idade é que as crianças assumem a existência da conservação de substâncias, e, ao contrário dos pequenos, o açucar continua na água. Uma resposta mais complexa é dada por crianças maiores de sete anos, que admitem certos pedaços de açucar que dão sabor a ela. Seria, então, esta a fase correta para serem trabalhadas noções de tamanho, peso e volume.
Desenho 02:
Luis Gustavo de 4 anos, representa em seu desenho a mão de Deus estendida sobre sua família.
É uma fase de temas clássicos do desenho infántil, como paisagens, animais, flores, pessoas, super-heróis, buscando um certo realismo. De acordo com Luquet se trata do realismo falhado ou fracassado que ocorre quando é descoberto a identidade forma-objeto e assim a criança procura reproduzir esta forma.
Para Piaget, a criança encontra-se no estágio pré-esquemático, dentro da fase pré-operatória onde há a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Os elementos são dispersos e não relacionados entre si. O uso das cores não tem relação com a realidade, dependendo do interesse emocional.
Segundo Lowenfeld, nesse estágio ocorre a figuração pré-esquemática onde as crianças fazem as figuras humanas e de objeto de acordo com o seu mundo, ou melhor, elas representam o que está em seu entorno com uma "intenção figurativa simbólica". A criança mesmo que relacione os seus desenhos com sua realidade, ela não consegue distinguir o tamanho dos objetos, apresentando exageros e omissões, os seus desenhos ainda não são alinhados e as crianças não tem uma visão geral do que são os desenhos, mas a fabulação e a narração estão sempre presentes em suas atividades.
A criança nessa fase está no estágio sensório-motor, é o período que o bebê é bastante complexo, pois nele ocorre à organização do seu desenvolvimento nos aspectos perceptivos, motor, intelectual, afetivo e social. Começará, portanto, com uns poucos reflexos que irão aos poucos se transformando em esquemas sensório-motor.
Essa é a fase em que a criança não fica parada, ela mexe em tudo explora e é muito curiosa. Já consegue segurar algo para comer e beber, mas ainda não consegue distinguir bem o uso desses objetos. Por volta do final do segundo ano de vida, desenvolve a fase do faz-de-conta revive cenas recorrendo somente a gestos.
Nessa idade também começam a reconhecer a imagem do seu próprio corpo diante do espelho, passando a fazer brincadeiras enquanto observam seu reflexo, aprendem a reconhecer as características físicas começando a construção de sua identidade.
Desenho 03:
Maria Eduarda de 12 anos, a criança se referiu que o desenho era arvores. Não muito detalhista em sua criação ela explicou que gosta de arvores, gosta do que as arvores representarão no mundo, e de como são lindos os pinheiros.
O desenho de Maria Eduarda segundo Piaget está no estágio pseudo naturalismo, nesse momento a criança já desenvolveu o conceito de formas (tanto que seu pinheiro era enorme, segundo ela) e seus desenhos são representativos. Nessa fase ela compreende termos de relações como: profundidade, maior, menor, alto, baixo e etc. Utilizam formas geometricas e cores para distinguirem sexo.
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