Análise Desenho Infantil
Por: Simone Valério • 19/7/2019 • Trabalho acadêmico • 1.185 Palavras (5 Páginas) • 502 Visualizações
Universidade Paulista- UNIP
Campus- Alphaville
Psicologia- Diurno
Turma: PS2/3A06
Psicologia Construtivista
Análise de desenho
Tema: “Minha Casa, Minha Família”
NOME | RA |
Simone Valério Aranha | D35436-1 |
Vitória Ap. Massera de Araújo | D29315-0 |
Ketlen Viturino de Oliveira | D5025F-4 |
Alphaville
Maio de 2018
Sumário
1. Introdução 3
2. Fundamentação Teórica 4
2.1. História do desenho 4
2.2. A Criança e Seu Desenho 4
3. Desenhos 7
4. Conclusão 8
5. Referência Bibliográfica 8
Introdução
O presente trabalho tem por objetivo a análise do desenho infantil, baseado no conteúdo teórico visto em aula em forma de slides, dos autores: Luquet e Lowenfeld.
Serão analisados dois desenhos, feitos por crianças com as idades 10 e 11 anos, e realizados com base no tema: minha casa, minha família.
Fundamentação Teórica
História do desenho
Os primeiros estudos se iniciaram no final do século passado e desde então estão estabelecidos dentro das ideias psicológicas e estéticas.
Inicia-se por volta dos 2 anos o Realismo Fortuito, que é caracterizado por traços feito pela criança sem a intenção de representar algo ou alguém. Nesse mesmo período, a criança também inicia uma associação com os objetos, passando a nomear seus desenhos. O Realismo Fracassado é marcado pelo período em que a criança identifica forma-objeto e tenta reproduzir o que já existe. Esse processo ocorre entre os 3 e 4 anos. Está inserido no período de 2 a 10 anos o Realismo Intelectual. A criança passa a desenhar o que sabe, e não o que vê. O Realismo Visual, geralmente, se inicia por volta dos 12 anos. Nesse período a criança desenha e representa o que vê. A evolução do desenho é marcada por 5 etapas. A primeira etapa por nome Garatuja, se inicia por volta de 0 a 2 anos e nesse período nota-se que a criança tem interesse pelo contraste, fazendo com que as cores tenham um papel secundário. O Pré-esquematismo faz parte da fase pré-operatória, quando a criança descobre a relação entre desenho, pensamento e realidade. Nota-se o aparecimento da figura humana com traços pouco definidos. Já o Esquematismo faz parte das operações concretas. A criança já tem uma noção em relação a figura humana. Essa etapa é marcada também pela descoberta das relações entre as cores. O Realismo está inserido no final da fase das operações concretas. Ocorre nessa fase: consciência maior do sexo e autocrítica, maior rigidez e formalismo, diferenciação de sexo através das roupas, entre outros aspectos. E por último, a etapa Pseudo-Naturalismo. Essa etapa faz parte da fase das operações abstratas e ocorre dos 10 anos em diante. É iniciado pela criança a busca pela sua personalidade. As características sexuais são representadas de formas exageradas e a consciência visual também faz parte desse período.
A Criança e Seu Desenho
Uma das formas em que a criança expressa seu desenvolvimento motor e seu relacionamento social adquirido, é através do desenho. Segundo Lowenfeld, no ato de desenhar é que a criança mostra seus sentimentos e pensamentos. Dessa forma, torna-se necessária a interpretação detalhada dos seus desenhos, analisando:
- Posição do desenho- o desenho feito na parte superior do papel pode indicar a parte intelectual, sua imaginação e a curiosidade sobre as coisas. E, a parte inferior, caracterizar suas necessidades físicas, onde há a expressão sobre o mundo material (o que tem ou gostaria de ter).
- Lado do desenho- o lado esquerdo reflete o passado e o lado direito indica seus pensamentos com relação ao futuro. Desenhando a família, por exemplo, pode caracterizar uma linha do tempo da pessoa mais velha para a mais nova, começando da esquerda para a direita.
- Dimensões do desenho-a criança pode demonstrar tamanhos variados até mesmo dentro de um único desenho. Nos desenhos com formas grandes, demonstrando segurança e onde encontra-se formatos menores sugere certa falta de confiança.
- Traços do desenho- a insegurança também pode ser mostrada nos traços apagados ou com falhas, enquanto os traços contínuos sugerem doçura.
- Cores- a forma que o desenho é colorido também tem sua importância. O vermelho indica vida, o amarelo curiosidade ou alegria, o laranja sugere contato social, a azul tranquilidade e o verde sensibilidade. Quando existe a predominância do negro a criança está simbolizando o inconsciente.
No entanto, é necessário salientar que a avaliação deve ser feita com base em vários desenhos e com análises mais detalhadas e precisas.
Quanto ao processo evolutivo do desenho infantil, inicia-se com as garatujas a partir de 1 ano seguindo aos 3 anos, no início é sem formas e sem controle motor, depois passa a se tornar circulares, nessa fase não são respeitados os limites do papel avançando por toda base, nota-se também, o papel secundário da cor e o uso do material de pintura deve ser composto por folhas ásperas para maior rigidez e lápis de cera. Dos 3 aos 4 anos já se nota um aparecimento de células e esboços de seres humanos, se inicia uma maior rigidez quanto aos limites do papel. a configuração dos desenhos mais clássicos infantis com paisagens e casinhas, por exemplo, se inicia aos 4 e 5 anos, nessa fase pode-se notar mais detalhes nos seres humanos, como suas partes periféricas mãos, pés e cabelos, é nessa fase também que inicia-se a antropomorfização, em que os elementos da natureza adquirem características humanas (esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos). Ao 5 e 6 anos as figuras humanas aparecem vestidas e as cores ganham maior atenção. A noção de profundidade e distância começa a aparecer entre 7 e 8 anos na fase do esquematismo. A partir dos 9 ou 10 anos os desenhos passam a refletir a realidade sinalizando o que consideram importante.
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