A Interpretação de Desenho Infantil
Por: aragosotassi • 25/9/2018 • Artigo • 1.697 Palavras (7 Páginas) • 401 Visualizações
AS ETAPAS DO DESENHO INFANTIL E SEUS SIGNIFICADOS
Cristiane Aparecida Demarchi RA: 108478.
Tassiane Aragoso da Silva RA: 108463.
INTRODUÇÃO
O presente artigo que tem como tema o estudo da interpretação do desenho infantil, e busca compreender o seu desenvolvimento e as etapas contidas nele.
Tem por objetivo entender a possibilidade de usar técnicas para identificar, a manifestação de personalidade contida nas etapas existentes no processo de elaboração dos desenhos e o desenvolvimento da criança através deles.
A partir da consideração do desenho como principal e primeiro ato de expressão do processo de desenvolvimento da criança, e através dele ser possível interpretar as manifestações de personalidade e emoções.
Ressaltar a importância de a criança desenhar, e através disso desenvolver a criatividade e imaginação tendo o desenho como primeira e principal forma de expressão no processo de representação da visão que a criança tem do meio onde vive.
O DESENHO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
A primeira escrita da criança é o desenho, o ato desenhar é a forma de expressão inicial utilizada na infância, que é registrada com o auxilio de um lápis ou giz e uma folha de papel.
Ao desenhar, a criança faz uma representação de conteúdos que habitam em seu mundo, representação essa que é feita por meio de imitação, sendo assim a criança usa sua imaginação e sua criatividade em primeiro momento ainda em desenvolvimento para então, representar figuras existentes em seu cotidiano, nos desenhos aparecem também a capacidade de expressar os medos da criança e as coisas que a traz prazer, as partes que causam alegria em sua vida.
Segundo LOWENFELD e BRITTAIN(1997) Para que se tenha compreensão sobre os significados contidos dentro de um desenho infantil, deve-se exercitar o poder de colocar-se no lugar do pequeno. Quando desenha, a criança transmite revelações a respeito de sua historia, do meio onde está inserida que onde também ela se desenvolve.
Além de expressão artística, o desenho tem se tornado ferramenta pedagógica auxiliadora no desenvolvimento da criança dentro de sala de aula, e em alguns consultórios de atendimento psicopedagogico, o desenho já é utilizado como ferramenta de auxilio no diagnostico de alguns transtornos e dificuldades de âmbito educacional. Através dele é possível identificar diversos aspectos da aprendizagem e do desenvolvimento da criança.
O desenho proporciona inúmeros benefícios a criança, interfere diretamente em sua capacidade criativa, e auxilia em seu desenvolvimento cognitivo e emocional , também colabora com o processo de aprendizagem e a saúde mental da criança.
Pelo desenho a criança expressa sensações, emoções e demonstra percepções. Expressões essas que muitas vezes ela não tem a capacidade de revelar através da fala. O desenho costuma ser parte da vida da criança antes mesmo de seu ingresso na escola, em seu meio de convívio social, quando os adultos disponibilizam matérias para que ela os faça.
Ao ingressar na escola, em contato com outras crianças, e com estimulo do trabalho pedagógico de educadores, as habilidades no ato de desenhar são desenvolvidas. Isso ocorre de dentro do brincar, a partir de aplicações lúdicas junto com as competências a se conquistar e aprender.
De acordo com BOSSA (1999), É de grande importância que ao desenhar a criança não seja pressionada, para que durante esse processo ela desenvolva o prazer pela representação gráfica ali feita, e através dos símbolos expresse a manifestação de sua totalidade cognitiva e afetiva.
ETAPAS DO DESENHO INFANTIL
Lowenfeld (1976) Afirma que através de observações feitas sobre o desenho infantil é possível verificar informações a respeito do desenvolvimento, e levantar possibilidades em torno de comportamentos emocionais e afetivos de uma criança.
Ao longo do desenvolvimento das habilidades motoras da infância, a criança passa por diversas descobertas, onde passa a ter consciência do domínio de suas habilidades, essas em contato com o material para desenho que lhe é disponibilizado, inicialmente, produz apenas rabiscos, quando seu desenho evolui, ela passa a explorar de maneira mais profunda os movimentos que tem, e inicia a utilização dele para se expressar, a criança brinca de faz de conta, verbaliza sua imaginação, suas fantasias, emoções e amplia sua visão de mundo, o desenho é material auxiliador para isso tudo.
Segundo Ferraz e Fusari (1999) a principio, a criança apenas rabisca pelo prazer do movimento e o ato de rabiscar, mas conforme percebe que existe uma ligação entre seus gestos e as marcas que eles são capazes de deixar, seus movimentos passam a ser intencionais. Assim a criança faz linhas continuas ou interrompidas, curvas e rabiscos, sendo assim, ela encontra nesses rabiscos algo a se representar. Por outro lado:
[...] ao se realizar, [o rabisco] torna-se outros, e um objeto privilegiado, porque é o objeto em vias de ser criado pela própria criança. O rabisco individualiza-se condensa-se em alguma coisa que se destaca sobre fundo. O rabisco ocupa um lugar que o gesto da criança pode tender e dilatar ou concentrar ou mesmo modificar, pois acontece que a criança se afasta de um primeiro rabisco para justapor-lhe um outro. Assim se realizam distribuições diversas no espaço, em que cada parte pode reagir mais ou menos sobre as outras. É como um começo de modulação espacial, em que as combinações de cheio e de vazio bem podem começar por ser fortuitas, mas são destinadas a realizar um jogo mais ou menos diversifica do que se poderá reencontrar sob formas mais evoluídas do desenho (WALLON apud FERRAZ; FUSARI, 1999, p. 86).
Sendo assim Pode-se dizer que as representações gráficas das crianças surgem juntamente a suas representações gestuais. Dando assim continuidade no desenvolvimento social da criança de maneira geral, trazendo a ela uma forma de compreensão e representação do mundo e dos objetos que fazem parte de sua vida.
A GARATUJA
Nicolau (2008) aborda as etapas do desenvolvimento do desenho infantil tendo como base a Obra do Desenvolvimento da Capacidade Criadora, de Viktor Lowenfeld e W. Brittain, que caracterizam em três fases: garatujas, pré esquemática e esquemática.
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