Análise Experimental do Comportamento
Por: Adrianapn • 25/5/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 7.682 Palavras (31 Páginas) • 229 Visualizações
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Curso de Psicologia
Adriana Pires do Nascimento
Priscila Silva Vidal
Análise Experimental do Comportamento
Guarulhos
2011
Adriana Pires do Nascimento
Priscila Silva Vidal
Análise Experimental do Comportamento
Trabalho, especialmente elaborado como
parte dos requisitos para a aprovação na disciplina
Análise Experimental do Comportamento:
sob responsabilidade das
Professoras Mara Poltronieri e Sandra Regina da Silva Poça.
Guarulhos
2011
Índice
Introdução------------------------------------------------------------------------------ Pág. 4
Conceitos e Procedimentos – Nível Operante ------------------------------- Pág. 6
Conceitos e Procedimentos – Treino ao Bebedouro ----------------------- Pág. 12
Conceitos e Procedimentos – Modelagem e Saciação -------------------- Pág. 17
Conceitos e Procedimentos – Extinção ---------------------------------------- Pág. 29
Conceitos e Procedimentos – Razão Fixa ------------------------------------ Pág. 34
Referências Bibliográficas --------------------------------------------------------- Pág. 38
Anexos (Folhas originais) ---------------------------------------------------------- Pág. 39
Introdução
Existem muitas ramificações na Psicologia, entretanto parece haver um consenso entre os psicólogos de que os princípios da aprendizagem constituem os instrumentos teóricos fundamentais da Psicologia moderna. Os psicólogos da aprendizagem estão começando a reconhecer cada vez mais o papel do organismo no comportamento. Em virtude da natureza de suas ferramentas e técnicas, eles se vêem consideravelmente limitados à manipulação de estímulos. Os efeitos de tais manipulações são suscetíveis de produzir mudanças no mecanismo fisiológico do sujeito, que se refletem depois como alterações no comportamento e são atribuídas à aprendizagem. (Campos, 1987).
Pode-se definir aprendizagem como uma mudança relativamente permanente de comportamento que ocorre como resultados da prática. Mas nem todos os casos de aprendizagem são iguais. Existem quatro tipos básicos: habituação, aprendizagem complexa, condicionamento clássico e condicionamento operante. (Atkison & Atkison & Smith & Bem & Nolen-Hoeksema, 2002).
De acordo com a perspectiva cognitiva a aprendizagem é a capacidade do organismo de representar mentalmente o mundo e operar sobre essas representações, substituindo o mundo propriamente dito. (Atkinson et. al., 2002).
O estudo do condicionamento clássico foi introduzido por Ivan Pavlov, nos primeiros anos do século XX. Este reconheceu que a aprendizagem consiste em uma associação entre dois estímulos; um originalmente neutro torna-se associado a outro através da repetida união entre eles. (Atkison et.al., 2002; Henry et.Al., 2003; Kandel et. al., 2000).
Toda a teoria que Pavlov desenvolveu foi desencadeada de experimentos feitos em laboratórios a partir de uma aparelhagem específica. (Kandel et. al., 2000).
B. F. Skinner estudou e sistematizou o comportamento operante com base nos experimentos de E. L. Thorndike e a lei do efeito, os comportamentos seguidos de conseqüências positivas tendem a ser repetido e os de conseqüências aversivas tendem a ser evitado. (Kandel et. al., 2000; Atkison et. al., 2002; Henry et.al., 2003; Garret, 1894; Campos, 1987).
O procedimento experimental de Thorndike era realizado com gatos famintos dentro de uma gaiola. Esperava-se que o mesmo desenvolvesse uma atividade de abrir a porta através do mecanismo apropriado de destrave, puxar o arame para baixo ou abaixar a alavanca. Ao sair da gaiola um alimento era oferecido, e após ingeri-lo o animal era apanhado pelo experimentar que o colocava novamente na situação adequada para repetir o procedimento. (Keller & Schoenfeld, 1968).
O condicionamento operante envolve a associação de um comportamento específico com um reforço e é usado para ensinar algo novo ao sujeito. (Atkinson e colaboradores, 2002; Kandel et. al., 2000). É definido como o processo de aprendizagem quando uma resposta se torna mais provável ou mais frequente, através do arranjo de suas conseqüências. (Campos, 1987; Hall 1928).
Em um experimento skineriano, um animal, geralmente um rato, é introduzido em uma câmera experimental; popularmente conhecida como caixa de Skinner. Esta detém o interior vazio, exceto por uma barra em uma das laterais. No interior da caixa, o animal passa a explorá-la e observam-se os seus comportamentos até que o mesmo pressione a barra. A conseqüência de pressionar a barra é o surgimento de uma gota de água advinda de uma cuba, no exterior da caixa. Então toda vez que sentir sede o animal pressionará a barra novamente. Ao aprender a associação do seu comportamento e a sua conseqüência, o fato de pressionar a barra aumentará consideravelmente. (Bock & Furtado & Teixeira, 2002, Atkinson et. al., 2002, Henrry, 2003; Keller & Schoenfeld, 1968; Skinner, 1904; Millenson, 1975).
ANÁLISE DE DADOS DOS EXPERIMENTOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.
Conceitos e Procedimentos – NÍVEL OPERANTE
Data: 01/03/2011
Sujeito: Rato Albino – Rattus Norvegicus de linhagem Wistar.
Procedência: Biotério da Universidade Guarulhos.
Sexo: Fêmea
Idade: 57 dias
Reforçador Utilizado: Água.
Privação: Trinta e sete horas.
Aparelho Utilizado: Caixa de Skinner
Nº da gaiola: 39
Tempo do Exercício: das 21:45h às 22:20h.
1. Definição de Nível Operante e importância para a compreensão do comportamento:
Consiste na observação de um comportamento específico do sujeito experimental e o seu propósito é determinar a força desse comportamento antes que qualquer operação experimental seja introduzida e modifique essa força. O nível operante de resposta a ser condicionada permite avaliar o efeito do reforço comparando a freqüência da resposta antes e depois da introdução do reforço. O reforçamento aumenta a probabilidade de ocorrência de uma resposta já existente no repertório natural de um organismo. A freqüência com que esta resposta surge, antes de um processo qualquer de condicionamento, fornece uma linha-base chamada em linguagem técnica Nível Operante. A comparação de dados obtidos em nível operante com dados obtidos num esquema qualquer de condicionamento, permite-nos avaliar com precisão quais foram os efeitos do condicionamento, em termos de aumento de freqüência, sobre a resposta escolhida. (KELLER, 1966).
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