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As Características de Instituições Totais

Por:   •  7/9/2016  •  Resenha  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  2.083 Visualizações

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As Características de Instituições Totais

Erving Goffman

As instituições são prédios ou fábricas que processa atividade de determinada natureza regularmente. Sua função é captar parte do tempo e do interesse dos seus membros para que o mundo seja propício a eles. Esta tende a ser envolvente e totalizante, porém observa-se, uma grande barreira da interação social com o mundo exterior. As instituições totais podem ser mencionadas em cinco agrupamentos superficiais: instituições que cuidam de pessoas consideradas incapacitadas - pessoas com cegueira, idosos, órfãos e indigentes; lugares para pessoas consideradas incapazes de tomar conta de si mesmas ou ameaçadoras para a sociedade (sem intenções) - sanatórios para tuberculosos, hospitais psiquiátricos e leprosários; para considerados perigosos em sociedade - prisões, penitenciarias, campos de prisioneiros de guerra e campos de concentração; instituições para tarefas técnicas - quartéis do Exercito, navios, internatos, campos de trabalho, colônias, grandes mansões e estabelecimentos para retiros do mundo ou formações religiosas - abadias, mosteiros, conventos...

Aspectos Totais

A centralidade das instituições é a desintegração dos tipos de barreiras que separam as três esferas da vida:

  1. Aspectos da vida conduzidos no mesmo lugar e sob a mesma autoridade única;
  2. Atividade de um membro desempenhada por um grupo maior, fazendo as mesmas coisas e tratados iguais;
  3. Havendo limites de tempo para atividade com regra e normas para todos.

Individualmente, estes aspectos totalitários são encontrados em outros lugares que não são instituições totais. As necessidades humanas pela organização burocrática é o fato principal dessas instituições. Nas instituições totais há uma grande classe de indivíduos que tem contato restrito com o mundo exterior (internos) e uma pequena classe que os supervisiona (staff), criando uma discrepância muito grande de classes com estereótipos antagônicos. A lacuna entre staff e internados é uma principal implicação dos aspectos centrais de instituições totais; e a segunda pertence ao trabalho.

O Mundo dos Internos

O processo de mortificação

O processo de mortificação se dá quando os internos que vem para a instituição como membros confiantes de um “mundo do lar”, que será útil encarar esta cultura que o recruta trazendo consigo para as portas da instituição. Porém, a instituição não mudará seu método e modo de cultura a favor do novo interno. Pelo contrário, criará algum tipo de tensão persistente como ponto estratégico no controle de homens, na qual lhe será tirado elementos de apoio com que contava sua personalidade, chegando assim, a mortificação. Sua identidade pessoal é removida assim como outros bens que possam ter se identificados. Há três elementos de processos de remoção sociológica:

  1. Autoridade tipo escalão: direitos de alguns em repreender outros;
  2. Autoridade de sanções corretivas com variados pontos de condutas;
  3. O mau comportamento em uma esfera de vida reflete-se na posição do indivíduo em outras esferas.

Sistema de Privilégio

São instruções formais e informais que o interno recebe dentro do novo ambiente, podendo o interno ser recompensado seguindo as regras da casa e, assim, receber recompensas. Fazendo com que o interno dedique pensamentos a possibilidades de adquirir estas recompensas, considerando esse o aspecto mais importante da cultura de internos. Caso o interno não se proponha a cooperar será punido.

Alinhamentos de adaptação

Os processos de mortificação e o sistema de privilégios representam as condições a que o interno terá de adaptar-se, empregando diferentes linhas à sua conduta moral, podendo percorrer entre diferentes formas de conduta ao mesmo tempo, através do processo do “recolhimento da situação” que retira sua aparente atenção de tudo, exceto dos acontecimentos ocorridos ao seu derredor. O interno pode desafiar intencionalmente a instituição recusando-se a cooperar com o staff em todos os assuntos. Outro meio é a padronização no mundo institucional que toma a forma de uma espécie de colonização que é considerada pelo o interno como o todo, como algo estável é construído para ele. Num outro ponto, o interno acaba “convertendo-se” totalmente a opinião do staff acerca dele, agindo como o interno perfeito.

Consequências

Logo após serem soltos, os ex-internos terão esquecido grande parte do seu sofrimento dentro da instituição gradativamente. Com o passar do tempo acaba adotando uma conduta chamada “proactive status”. Sua posição social é radicalmente diferente após sua saída e surge uma autoanálise de que nunca mais será o mesmo.

O Mundo do Staff

Padrões Humanitários

O trabalho do “staff” é unicamente relacionar-se com pessoas, que se contradiz entre aquilo que a instituição realiza e aquilo que seus funcionários precisam dizer que faça. Que sua maior função é fazerem vistorias dos objetos e produtos que são assim, consideradas as pessoas.

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