Assédio moral: A violência perversa do cotidiano (Marie-France Hirigoyen)
Por: diasCarvalho • 5/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.976 Palavras (8 Páginas) • 572 Visualizações
FAHESA - Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína
ITPAC - Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda
DIREITO MATUTINO
PSICOLOGIA
Desvendando a perversa realidade
Assédio moral: A violência perversa do cotidiano (Marie-France Hirigoyen)
Bruno Dias Carvalho
Araguaína/ TO
Setembro/2015
Desvendando a perversa realidade
Texto base: Assédio moral; a violência perversa do cotidiano, Marie-France Hirigoyen
´´Antonio J. Santos diz que em sistema que coloca o homem como epicentro do Direito, o reconhecimento do dano moral, como entidade passível de gerar indenização é o coroar do reconhecimento dos direitos da personalidade`` (TRINDADE, 2014, P.572). O dano moral sofrido por uma pessoa e algo irreparável, e não a valor algum que cubra tal ato de agressão contra qualquer ser humano. Hirigoyen nos traz uma nova visão e percepção do que é o assédio moral, a qual ela caracteriza como a violência perversa do cotidiano. No início já nos mostra o quão pesado e quão enlouquecer é sofrer por parte da loucura de ser um narcisista.
Segundo a mesmo não damos a mínima para ao sofrer alheio, pois vemos ao nosso redor diversos casos de assédio moral e não fazemos nada porque somos complacentes a essa perversa violência. O processo perverso se torna destrutivo quando usado ao longo do tempo onde vai desencadeando um transtorno psicológico enorme e talvez até irreversível se não seguidamente for usado os passos certos para se livrar do medo e do jogo de sedução do perversa.
Perverso é a palavra que realmente designa esse ser maligno, que usa de sua perversão e de atos sujos e sórdidos para anular e desencadear transtornos no seu próximo. O perverso não e nada mais do que um narcisista, que está alheio ao sofrimento do outrem e somente querendo o seu bem e o detrimento dos outros.
Violentamente a autora nos joga que a perversão que ocorre no seio da família consegue ser tão destrutiva e ativamente perturbadora, que destrói toda uma hegemonia existente nas relações entre pai, mãe e filhos. Abordando primeiramente os casais, percebemos o quanto as relações afetivas podem até certo ponto ser destrutivas e nocivas para a vida de um dos conjugues, pois, o ser narcisista quebra com o seu agredido e o faz mergulhar em dor por achar que é passível de culpa por uma coisa que nem mesmo sabe se cometeu.
Quase que sempre a agredida nas relações de assedio entre casais e a mulher, que é chacoteada quase que corriqueiramente pelo seu parceiro, porem ela tolera porque acha que pode mudar o parceiro e que também se sacrificaria pelo mesmo.
A violência surge descaradamente nos momentos de crise do casal, em que os dois não entram em consenso por uma mesma coisa. São nesses instantes que o perverso mostra as suas armas e dispõe que com pequenos atos e palavras pode minar e fazer ruir todo o sistema de defesa da parceira.
Projetando todo o seu ódio em seu parceiro os perversos mantem-se altruístas e se sentem com poderes sobre a corpo e a mente dilacerada da vítima, sendo essa mais uma brecha para ele atacar ferozmente. Respingando nos filhos, todo esse ódio destrói a família e a visão de valores da criança o que a prejudica e a destrói futuramente.
Hirigoyen também nos introjeta que o assédio na empresa deriva da conduta abusiva de um superior com um menor ou vice-versa. Faz com que o dano psicológico pressuponha e modifique a personalidade do agredido, podendo levar dentro da empresa em casos que culminem até em assédio sexual.
´´Todas as pessoas estão sujeitas a terem momentos de perversidade moral do tipo descrito em suas relações com os outros. A diferença é que os verdadeiros perversos só sabem se relacionar dessa maneira em todas as esferas de sua vida. Movidos por um egocentrismo extremado e uma total falta de empatia pelos outros, esses indivíduos ainda sentem uma enorme inveja dos que parecem possuir o que eles não têm ou daqueles que, simplesmente, têm prazer com a própria vida´´ (MAYOR Simone Sotto).
Seduzir para enredar essa e uma das técnicas utilizadas pelo perverso, que usa e depois descarta sua vítima, a corrompe e passa indiretamente a suborna-la. É nessa etapa em que o perverso faz com que a sua vitima passe a agir como ele bem quer e faça o que ele bem deseja. Interfere ele com seu pensamento o pensar da vítima, que fica alheia a si mesma.
Os laços que os prendem agora são outros, pois o perverso já sabe que a vítima já está ´´fisgada´´ e usa desse saber para comunicar-se perversamente ou melhor dizendo não se comunicar, pois evitar falar com a vítima após o seu enredamento e uma de suas ferramentas para a tortura psicológica do agredido.
Falando difícil é como se ele emposse superioridade, desestabiliza então a vítima, pois a cada difícil palavra ela tem que se submeter a perguntar o significado para o seu agressor, que com isso infla ainda mais o seu ego. Mentir, desqualificar e dividir são as principais armas para destruir e pôr fim a vítima, assim como um animal faminto devora a sua presa.
A violência se torna ainda mais perversa quando o agressor percebe que a vítima esta como a água escorrendo de suas mãos, ou seja, ela tenta reagir e isso faz com que o agressor aumente suas doses de tortura. Ao livre pensamento de escape da vítima o agressor começa a sentir mais fúria e por fim sua tarefa de demolir o outro passa a ser sistemática.
A biologia explica, depois que o animal escolhe a sua vítima, ele vai até o fim na caçada para abater e se alimentar da mesma, isso faz o perverso que se alimenta das lagrimas e da destruição do agredido.
Nascida da língua francesa a palavra perversão significa revirar, e é exatamente isso que o perverso faz, revira e torna do avesso a vida da sua presa. Ele e megalomaníaco e acha que é referência de algo, mais não passa simplesmente de um conturbado emocionalmente que descarrega todas a s suas frustações na sua vítima a qual se culpabiliza por esse ato macabro do agressor.
Sendo paranoico ele busca sempre ser inteligente e conhecedor de leis, para que no momento oportuno possa e saiba como contorna as devidas leis lhe aplicadas. Acha ele que vive em uma competição, onde se não atacar será atacado.
Comparada a um objeto pelo perverso, o agredido se torna alvo de uma rivalidade incompreensível é inadmissível. Mirando nos pontos mais fracos de sua presa ele a ataca com toda a sua selvageria e com todo o seu arsenal de maldades insolúveis.
Sendo transparentes as vítimas acabam por ser taxadas de ingênuas, se mostram demais e isso da brecha para o agressor entrar, e como ela ainda não entende o que ocorre ela não reage da maneira correta e esperada que é se defendendo. Porém, é nesse ponto em que ela percebe a agressão e, por conseguinte para de se vitimar e começa a agir.
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