Autocontrole infantil
Ensaio: Autocontrole infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thatiannegil • 29/11/2014 • Ensaio • 2.208 Palavras (9 Páginas) • 255 Visualizações
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Autocontrole infantil
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Controlar os instintos é fundamental para o sucesso e a felicidade. Entrevista cedida pelo psicólogo Victor Dalla Nora para Margarida Telles jornalista da Revista Época em colaboração para a matéria “Controlar os instintos é fundamental para o sucesso e a felicidade” – edição de 13/11/11-
1- Como é possível identificar que uma criança tem problemas com o autocontrole, e não é apenas “manha”?
Psicólogo : Acredito que as “manhas” sejam mais facilmente identificadas do que problemas ligados ao autocontrole, pois, se tratando apenas de “manha” a problemática não se apresenta de maneira constante e se trata apenas (por parte da criança) de uma tentativa de chamar a atenção dos pais, em busca que estes realizem seus desejos.É interessante notar que em algumas situações a criança adquire o traquejo de como ter realizadas determinadas vontades, como por exemplo: se tem pais repressores e autoritários e não lidam bem com a birra da criança, ao invés de gritar e chorar, ela poderá psicossomatizar uma febre, criando sintomas para que assim tenha seu desejo realizado.Já nos problemas de autocontrole há sinais de agressividade precedidos de um imediatismo constante. É interessante notar que problemas relacionados a autocontrole também se manifestam na relação entre os próprios pais. Tais relações, muitas vezes, se pautam em agressividades ou, de modo contrário, são bastante permissivas. Este fenômeno contribui para a perda de autocontrole da criança, já que esta reproduz modelos familiares e a partir disso, os pais, muitas vezes imaturamente, passam novamente a reproduzir algum descontrole frente à situação, gerando um ciclo vicioso.É importante observar como se dá a relação entre pais e filhos e em quais situações ocorrem esse descontrole.
2- Que tipo de atitudes podem demonstrar que a criança não lida bem com o autocontrole?
Psicólogo : É possível identificar comportamentos como agressividade física ou verbal (a criança bate, chute e/ou xinga); desejos constantes a serem saciados a todo custo não sabendo lidar com a negação; necessidade de serem vistas pela família (querem chamar a atenção em busca de solucionar uma possível carência afetiva).
3- Existe alguma idade em que esse domínio deve ser trabalhado com mais ênfase, para que a criança se torne um adulto equilibrado?
Psicólogo : Não há uma idade particular. O equilíbrio na vida adulta é resultado de um processo que ocorre na linha histórica do individuo, começando a partir da infância. Ou seja, os vínculos estabelecidos com as figuras parentais, os vínculos afetivos, a forma de criação, a experiências vivenciadas pelo infante, os valores transmitidos no núcleo familiar, tudo isso influi no processo de constituição da personalidade. Por exemplo, quando uma criança cresce em um ambiente no qual há dialogo e espaço para que se manifeste, ou no qual os pais expliquem e orientem seus filhos a respeito de determinados comportamento e atitudes, possivelmente essa criança se tornara um adulto “equilibrado”. Por outro lado há pais que são mais permissivos, se apresentam para a criança como um recurso para realização de seus desejos e não como um modelo. É importante salientar que os pais deveriam enxergar a criança como um potencial adulto - não a colocando em uma posição de fragilidade e a superprotejam a todo instante - estimulando com que a criança pense, visando que o desenvolvimento de alguma autonomia por parte do infante.Algumas dicas para que os filhos sejam mais críticos a autônomos:- orientar nas atividades dos filhos- incentivar o diálogo, compartilhando formas de pensar e propondo reflexões sobre as razões de determinadas atitudes ou comportamentos-solicitar objeções da criança quando ela se recusa a concordar;-exercer controle nos pontos de divergência, não sendo uma figura punitiva, mas apenas instituindo a perspectiva de adulto,-reconhecer que a criança possui interesses próprios e maneiras particulares.
4- Como é o tratamento para as crianças e pais que buscam ajuda?
Psicólogo : Psicoterapia familiar objetivando mudança frente à dinâmica das relações estabelecidas no contexto familiar. Também é possível que haja uma atuação do psicólogo no espaço familiar, para que se possa observar alguns aspectos desta falta de autocontrole.-
5- Os pais e a criança participam de conversas ao mesmo tempo?
Psicólogo : Em alguns momentos sim, em outros não. Há momentos de individualidade, tanto da criança quanto dos pais, possibilitando a escuta de ambos os lados.-
6-Que tipo de tema é abordado com os pais?
Psicólogo : Os temas variam de acordo com o caso, com suas nuances, mas se centra na problemática da relação entre pais e filhos. De modo geral são trabalhadas questões como a infância dos pais, o modo como se enxergam como pais, a expectativa que depositam em relação aos filhos e a dinâmica da relação familiar.-
6- O descontrole da criança pode indicar o descontrole ou falta de disciplina de seus pais?
Psicólogo : Sim, os primeiros comportamentos que adquirimos na vida são por intermédio da criação e muitas vezes a criança manifesta aquilo que aprendeu em seu seio familiar.-
7- Quanto tempo costuma durar o tratamento para esse tipo de caso?
Psicólogo : Todo tratamento psicológico varia de acordo com a situação em que o indivíduo ou indivíduos se encontrem, suas nuances, a motivação de cada sujeito envolvido no trabalho terapêutico frente à mudança. Mas normalmente até que o momento em que se consiga superar a queixa inicial, possibilitando recursos aos envolvidos para que evitem futuros sofrimentos.
Controlar os instintos é fundamental para o sucesso e a felicidade
Entrevista cedida pelo psicólogo Victor Dalla Nora para Margarida Telles jornalista da Revista Época em colaboração para a matéria “Controlar os instintos é fundamental para o sucesso e a felicidade” – edição de 13/11/11
1- Como é possível identificar que uma criança tem problemas com o autocontrole, e não é apenas “manha”?
Psicólogo : Acredito que as “manhas” sejam mais
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