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TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS TRAUMATICO

Por:   •  24/2/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.555 Palavras (11 Páginas)  •  418 Visualizações

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UNIVERSIDADE CEUMA[pic 1]

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO E PROCESSOS DE GESTÃO

ALESSANDRA SEREJO ANDRADE

ANA BEATRIZ DE CASTRO DINIZ

GABRIELLE FERREIRA DE OLIVEIRA

ISIANE SILVA SERRA

KARLA RENATA MACHADO BUNA

KHEOON WHYLCK RIBAMAR MUNIZ TORRES

WYRNNA MARIA DOS SANTOS OLIVEIRA

SÃO LUIS – MA

2019

ALESSANDRA SEREJO ANDRADE

ANA BEATRIZ DE CASTRO DINIZ

GABRIELLE FERREIRA DE OLIVEIRA

ISIANE SILVA SERRA

KARLA RENATA MACHADO BUNA

KHEOON WHYLCK RIBAMAR MUNIZ TORRES

WYRNNA MARIA DOS SANTOS OLIVEIRA

TRANSTORNO DO ESTRESSE PÓS – TRAUMÁTICO (TEPT):

Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia Organizacional e do Trabalho e Processos de Gestão como requisito para obtenção de nota.

Orientador (a): Ana Flávia Carvalho

SÃO LUIS – MA

2019

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO
  2. CONCEITO E ASPECTOS HISTÓRICOS
  3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
  4. DIAGNÓSTICO
  5. TRATAMENTO
  6. PREVENÇÃO
  7. TEPT NO CONTEXTO DO TRABALHO
  8. CASO CLÍNICO
  9. CONCLUSÃO
  10. REFERÊNCIAS

 

  1. INTRODUÇÃO

As nossas experiências cotidianas geralmente nos marcam e até ajudam a formar aspectos específicos de nossa personalidade e comportamento, construindo os indivíduos que se mostram a sociedade de forma também diária, bem como podem justificar situações, problemas e até mesmo quadros patológicos desenvolvidos ao longo da vida de cada um de nós.

Nesse aspecto, o transtorno ou estado do estresse pós-traumático (TEPT) anuncia-se, ao demonstrar sintomas atuais, oriundos de experiências do passado, onde as marcas de tal experiência podem causar feridas dolorosas que só se mostrem depois de um certo período de tempo, onde toda a carga estressora vem à tona, deixando o evento do passado atual e presente.

Essa realidade se fez comum no pós-guerra, onde os soldados e civis apresentaram sintomas e sinais, aparentemente, isolados, mas um olhar atento revelou uma realidade peculiar onde todos os horrores da guerra foram revividos, fora do espaço físico e até temporal da guerra. Esse transtorno não se limita apenas ao pós guerra, mas faz referência a todos os sintomas e sinais apresentados, depois de uma experiência traumática, onde o indivíduo seja submetido a violência física, psicológica e/ou sexual, com ou sem contato físico, ou ainda os mesmos fatos acontecidos com pessoas próximas.

  O presente trabalho faz um resgate conceitual sobre esse transtorno, identificando-o também no espaço de trabalho, onde os indivíduos também podem estar sujeitos a relações abusivas e violentas, de curto ou longo prazo de duração, que podem gerar os sintomas associados a este transtorno. Faremos um panorama histórico apresentando a conceituação, características, diagnostico, tratamento, prevenção e finalizaremos apresentando um caso clinico.

  1.  CONCEITO E ASPECTOS HISTÓRICOS

O Transtorno do estresse pós-traumático ou o TEPT trata-se de um distúrbio de ansiedade caracterizado pela resposta tardia e/ou resultante de um evento traumático ou por uma situação de estresse.

Quando o portador relembra a situação causadora do sofrimento ele revive a situação, como se aquele episódio estivesse ocorrendo novamente naquele momento e com as mesmas sensações de dor e o sofrimento que o agente estressor causou, um dos principais sentimentos é a angústia.

Essa recordação pode ser reconhecida como “revivescência”, que a partir dela desencadeia uma série de alterações neurofisiológicas e mentais. Os desastres naturais ou produzidos pelos homens, acidentes graves, testemunho de morte violenta ou ser vítima de tortura, estupro, terrorismo ou qualquer outro crime são as causas mais comuns do TEPT.

Desde o século XIX, as consequências psicológicas tem sido objeto de estudo. Em 1889, o neurologista Herman Oppenheim focou-se aos estudos dos distúrbios que estavam presentes nas vítimas de acidentes ferroviários e constatou certos sintomas, depressão, angústia, delírio, entre outros, descritos por muitas das pessoas que vivenciaram aquela situação traumática. A partir disso, ele reconheceu a existência de uma nova patologia, a neurose traumática, no qual foi conceituada como uma anormalidade psíquica presente no sistema nervoso central.

“O diagnóstico do estresse pós-traumático surgiu pela primeira vez em uma classificação psiquiátrica oficial em 1980, passando a ser estudado em vários países e populações. É um transtorno prevalente, crônico, incapacitante, resistente ao tratamento e pouco diagnosticado” (BUCASIO et al., 2005).

Segundo o CID-10, o transtorno do estresse pós-traumático afeta 1% a 3% da população geral.

  1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A característica essencial do transtorno do estresse pós-traumático é o desenvolvimento de sintomas característicos após a exposição a um ou mais eventos traumáticos, incluindo revivência persistente, embotamento relacionado à responsividade geral, esquiva e excitabilidade aumentada. Os sintomas de revivência mais típicos do TEPT manifestam-se na forma de recordações ou pesadelos, que tendem a ser cenas ou aspectos relacionados à experiência traumática (APA, 2002). Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos para aparecer.

Geralmente, as pessoas com TEPT apresentam sintomas de cada uma das quatro categorias a seguir:

Sintomas de intrusão: A situação traumática pode reaparecer diversas vezes em forma de memórias indesejadas, involuntárias ou pesadelos recorrentes. Algumas pessoas têm flashback onde revivem o evento traumático igual no dia do ocorrido.

Sintoma de esquiva: A pessoa que evita atividades, situação ou pessoas que possa recordá-la do trauma. Pode também tentar evitar pensamentos, sentimentos ou conversar sobre o evento traumático.

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