CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO
Por: Luiz Manoel Martins • 26/2/2019 • Resenha • 605 Palavras (3 Páginas) • 176 Visualizações
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA DE SÃO PAULO. Referências técnicas para Atuação de Psicólogas (os) na Educação Básica/ Conselho Federal de Psicologia. Brasília: CFP, 2013. 58p. | Texto 02 |
NOMES: RITA DE CASSIA LIMA DE SOUZA
RA: C75EBA-7 DATA: 20/02/2019
O Eixo 4 traz alguns desafios enfrentado pelos psicólogos escolares, pontuando diretrizes e norteando o caminho do profissional. O eixo comunica a importância da discussão do protagonismo da psicologia escolar, desde a sua formação versus atuação, discutindo um papel mais social e ativo do psicólogo, o envolvimento em políticas públicas pedagógicas, demonstrando assim, como temos muito espaço para percorrer. As referências técnicas desenrolaram um posicionamento crítico frente ao cotidiano escolar, buscando mais inclusão, práticas de compromisso social e político, esquipes multidisciplinar dentro do corpo escolar, inclusão da comunidade como corpo importante, problematização e consideração do subjetivo sem minimizar sua importância frente ao fenômeno educacional, ações continuadas e proposito de mudanças, descontruindo assim o modelo médico/ clínico de atuação, rompendo com a judicialização, medicalização e patologização.
Os desafios enfrentados pelo psicólogo precisam de um novo olhar da escola, romper com a atuação tradicional do profissional é um grande obstáculo, pois é preciso ver as infinitas possibilidades de atuação. E necessário uma reflexão do que se espera do psicólogo no campo educacional, assim, valorizando e potencializando a construção de saberes. O profissional precisa estar sustentado pelo técnico- cientifico, pois isso irá potencializar suas ações e resultados.
Os desafios da modernidade requerem do profissional diversas habilidades, entre elas, a adaptação de estratégias de ensino aprendizagem, agora comprometida com a transformação da realidade social dos alunos, comunidade e professores, a escola precisa construir junto um projeto político pedagógico que atenda de maneira a respeitar a subjetividade de cada um, sem excluir, discriminar e patologizar, incluindo de maneira definitiva a comunidade, enxergando nela um grupo de potencial saber, interlocutor de ações benéficas para o fenômeno da educação. É necessárias novas formas de intervenção integrada com a comunidade e poder público, garantindo direitos e possibilidades a todos inseridos.
As intervenções precisam ser pautadas em diretrizes que possam atender a todos interessados, esses interesses emergem de práticas como:
- Compreensão do cotidiano que constrói a vivência escolar.
- A escola como lugar privilegiado de convivência social e inserção de diversas realidades.
- Um olhar diferenciado a constituição da complexidade social, pedagógico e institucional em que são apresentadas as problemáticas da realidade educacional.
- Valorização integral do profissional da educação, vendo nele um agente de transformação e potencializador do processo educacional.
- Valorização e ênfase na produção inventiva de alunos e professores, incluindo sua subjetividade e expansão territorial dos pensamentos, com o intuito de formar pensadores críticos que transformem sua realidade.
- Colaboração integral de todos na elaboração de estratégias ético-político-pedagógicas que são utilizadas no cotidiano das escolas.
Ações são propostas com base nesses aspectos acima apresentado, repensando assim, as estratégias pedagógicas até agora utilizadas, repensando a complexidade que é o processo de escolarização e abortando de vez a presença de pensamentos como: a criança considerada problema e causadora do fracasso escolar. O processo precisa resgatas a parceria integral e efetiva de os envolvidos na escolarização, questionando e analisando rotineiramente, as informações e troca de experiências entre todos. O resultado disso é o profissional repensando e criando estratégias que valorizem o coletivo, atendendo a realidade institucional, articulando com outras redes, incluindo a comunidade e a família. O intuito é que sejam atendidas as enormes carências da escola, desde problemas de natureza socioeconômicos até psicológicos e familiares, ou seja, tudo que interfere na prática de desenvolvimento do aluno, sendo pessoal e social, e que infelizmente, leva a discriminação e a marginalização do sujeito.
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