Cancer infantil

Título: Do diagnóstico à sobrevivência do câncer infantil: perspectiva de crianças

Autores: Isabelle Pimentel Gomes¹; Karinna de Abreu Lima²; Larycia Vicente Rodrigues³; Regina Aparecida Garcia de Lima4; Neusa Collet5

1Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB. Professora do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria da UFPB. Enfermeira da Clínica Pediátrica da UFPB. Bolsista FIOTEC. João Pessoa, Paraíba, Brasil. Email: [e-mail]

2Enfermeira Hematologista e Hemoterapeuta do Hospital de Hematologia de Pernambuco (HEMOPE). João Pessoa, Paraíba, Brasil. E-mail:[e-mail]

3Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Modelos de Decisão e Saúde do Departamento de Estatística da UFPB. Enfermeira Hematologista e Hemoterapeuta do HEMOPE. João Pessoa, Paraíba, Brasil. E-mail:[e-mail]

4Doutora em Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail: [e-mail] 

5Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria da UFPB e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB. João Pessoa, Paraíba, Brasil. E-mail:[e-mail]

Revista:

Data:  Florianopolis Julho /Setembro 2013

Vol: 22 Nº 3

Link: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072013000300013 

Sobre o que o autor escreve?

O autor escreve sobre o processo de diagnostico a sobrevivência do câncer a partir da perspectiva da criança.

Por que ele escreve?

Para relatar um pouco mais sobre a doença em crianças e informar também que as famílias conversam com as crianças sobre vários significados que o câncer possui.

Ele diz que quando a criança é diagnosticada com câncer os sentimentos de medo e incerteza são mais intensos, pois a criança ainda está no início da sua vida e pode ser que não chegue a realizar sonhos e desejos.

São esses os significados que a família pode transmitir para a criança.

O autor também fala a respeito do impacto da doença e do tratamento na vida desses portadores de câncer, pois isso é muito importante para o atendimento adequado a sua necessidade. Algumas medidas são necessárias para um bom tratamento, tais como, implementação de medidas preventivas e de proteção de agravos, entre várias outras.

Desta forma, o objetivo foi compreender o processo de diagnostico a sobrevivência do câncer a partir da perspectiva da criança, em busca de subsidio para o cuidado de enfermagem, as crianças com condições crônicas.

Como ele fez a pesquisa?

Através de um estudo exploratório com análise de dados em um Hospital Público no Rio de Janeiro.

Utilizando uma adaptação da técnica do desenho- estória com tema para coleta do material. Esta técnica constituiu- se na reunião de processos expressivos motores (o desenho) e aperceptivo dinâmico (verbalização temática).

É um recurso por meio do qual a criança tem a possibilidade de produzir discursos com a sua história de vida, sua visão do mundo, revelando seu modo de ver e pensar a realidade. A pesquisa foi realizada com 7 crianças.

Resultado: Foram identificados diferentes casos durante a análise do material coletado. Os quais foram organizados para um melhor entendimento dos fatos, que vieram à tona por meio de experiência das crianças a saber: o diagnóstico, o tratamento, a emergência da oncologia, o período escolar e a sobrevivência após o tratamento.

 

Analise e Discussão

O diagnostico

Todas as informações aqui contidas são baseadas nos relatos das crianças portadoras da doença crônicas. Pois em seus depoimentos elas usam com propriedades os termos técnicos usados pelos médicos, porque com a doença e a hospitalização seja ela por tempo indeterminado a criança ao ter um contato bem próximo com toda essa rotina passa a conhecer de todos os nomes técnicos utilizados durante seu tratamento. E assim acaba ficando mais fácil até para elas de lidarem com a doença.

As crianças com a doença crônica em fase escolar têm o conhecimento de sua condição e sua capacidade de compreensão, passa a fazer parte do dia a dia da criança o convívio com profissionais da área da saúde, com tantas idas para o hospital. É o que faz com que a criança passa a ter um maior conhecimento dos termos técnicos utilizados pelos médicos. E todo esse conhecimento que a criança passa a ter sobre sua doença, ela torna-se um possível participante na tomada de decisões no seu processo de saúde, e isso deve ser respeitado pela equipe de saúde, em considerar as preferências pessoais dela.

Afinal, ali elas já têm o conhecimento da doença e sua forma de tratamento, e por isso não se deve negligenciar tornando-as passivas do tratamento do câncer.

O cotidiano do tratamento

As crianças que fizeram parte desse estudo viviam em condições financeiras restritas. Isso elas mesmas relatam em depoimentos. Muitas delas dependem de transportes públicos para ir até o hospital, e moram muito longe, acabam tendo que acordar muito cedo, pegam transito, pois o que é mais comum na cidade do rio de janeiro, e fora que os transportes são desconfortáveis para ter que se passar assim tanto tempo até a chegada ao hospital.

As crianças sempre vão acompanhadas de um dos responsáveis (pai/mãe) ou até mesmo os dois se existe a possiblidade de ambos acompanharem.

A equipe medica precisa conhecer o ambiente familiar, as interações existentes em seu âmbito familiar para assim poder atender todas as suas necessidades. Buscando assim fortalecer e manter o vínculo apoiador para reduzir o estresse do cuidador principal das crianças com câncer.

O fato das crianças já se integrarem sobre a doença faz com que elas já saibam o que vai acontecer, e isso pode causar sentimentos controversos, a questão dela saber sobre a doença faz com que ela se sinta preparada para assim enfrenta-la, de forma que ela possa minimizar o estresse, porem, por outro lado  dependendo de como seu organismo reagir a todo o medicamento isso pode causar outros tipos de sentimentos, como a vontade de desistir do tratamento para não ter que passar mal toda vez que toma a medicação. E é por isso que existe uma equipe medica muito grande disponível para essas crianças para que não as deixe desistir do tratamento, explicando que certos sintomas fazem parte dos efeitos colaterais da medicação. Mais que é necessário para que eles tenham a cura da doença, uma vez que existe essa possibilidade.